Editora Ática (1965-2015)

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Empenhado, nos últimos meses, na reformulação da emblemática coleção Vaga-Lume e de outras séries tradicionais do catálogo, e fazendo planos para 2016, o departamento editorial da Ática foi surpreendido na sexta-feira, 2, com a notícia de sua extinção. Isso, em meio às comemorações pelos 50 anos da editora – hoje, assim como a Scipione, ela pertence ao grupo Somos Educação (ex-Abril Educação).

Assim, a Maria Fernanda, em sua coluna Babel no Estadão, nos dá a péssima notícia sobre o fim da Editora Ática, casa de séries que ensinaram pelo menos duas gerações a tomar gosto pela leitura (com as clássicas Coleção Vagalume e as antologias Para Gostar de Ler). Não se sabe o destino das coleções, mas fica aí uma dica no ar pra quem quiser se espelhar no exemplo da editora para fazer os jovens retomar o hábito de ler – e começar novas Coleções Vagalumes, em outro formato, com outros autores, outras histórias e novo público.

O prefácio do livro de Carol Bittencourt, por Bruno Medina

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O tecladista do Los Hermanos escreveu sobre o livro de fotografias que a querida Carol fez da última turnê da banda, em 2012 – postei a íntegra lá no meu blog no UOL.

A antologia da contracultura, por Fabio Massari

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Foi daquelas situações em que demora pra ficha cair. O antigo ídolo e hoje broder Fabio Massari me chamou pra almoçar porque queria falar comigo sobre trabalho e no meio do almoço – uma moqueca daquelas – ele lança a bomba: queria que eu traduzisse uma antologia de entrevistas feitas pelo V. Vale, criador do clássico zine californiano Search & Destroy, responsável por nutrir o punk americano da costa oeste na virada dos anos 70 para os 80, que na década seguinte se transformaria na revista RE/Search. O convite já foi aceito antes mesmo de eu saber que as entrevistas incluíam nomes de ícones da contracultura anglofônica como Timothy Leary, William Burroughs, Devo, Patti Smith, John Waters, Ballard, Jello Biafra, o casal Lux Interior e Poison Ivy dos Cramps, Lydia Lunch e os Throbbing Gristle, entre outros.

Maior responsa! Mas taí o livro à venda, pela grande Ideal Edições (acompanhe essa editora), e ele foi batizado com o singelo título de Alguém Come Centopeias Gigantes?, tirado da entrevista do velho Bill. Bati um papo rápido com o Massari sobre o livro, o terceiro de sua coleção Mondo Massari.

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Como foi o seu primeiro contato com a Search & Destroy ou RE/Search?
O primeiro contato se deu por conta das pesquisas dedicadas ao punk rock – antes mesmo de conseguir umas cópias originais de S&D, antes também dos reprints, já tinha ouvido falar muito do Vale e da sua missão. Sempre tive muito interesse nessas empreitadas editoriais heróicas, de corte fanzinesco…Essas publicações sempre tiveram a cara do dono: Bomp, Slash, Sniffin Glue e muitas outras e, claro, Search & Destroy. Mas comecei mesmo pelos livrões clássicos da editora Research.

E como conheceu o Vale? Quando o conheceu já pensava em editar uma antologia brasileira?
Conheci o Vale no começo de 2014 e de cara saímos falando de uma coletânea para o Brasil – projeto inédito na história da editora. Acho que de alguma maneira sempre quis fazer algo com a RE/Search, era um projeto que estava esperando a hora certa pra acontecer.

Qual entrevista doeu ficar de fora da antologia?
De cara posso dizer que as que eu queria mesmo estão no livro. Mas tem tanta coisa …Por exemplo, do período Search & Destroy tem uma do Iggy Pop que é absolutamente insana – mas eu não queria enlouquecer ainda mais o tradutor! (tks bro). A banda inglesa Cabaret Voltaire quase entrou; e os dois volumes da RE/Search dedicados aos Zines trazem material realmente surpreendente.

E o Mondo Massari? Fala um pouco sobre a coleção. Algum lançamento à vista?
A ideia é lançar tanto títulos meus quanto de outros autores, dentro desse amplo e caleidoscópio espectro mondomassariano. A experiencia HQ do Malcolm foi bem legal. Tenho uns projetinhos pessoais em estágio lento de desenvolvimento. E gostaria de ter algo de ficção no selo – podia ser algo estranho, transrealista esquema Rudy Rucker ou…um livro tipo o Favelost do Fausto Fawcett, esse era um que eu gostaria de ter na etiqueta.

O crowdfunding do Bruno Aleixo

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Nosso português favorito vai lançar o primeiro livro – e é de gastronomia! Faça 50 pratos (49 são iguarias…) existir e bancar mais uma áudio-temporada da série de Bruno Aleixo. Eis o conceito do livro:

Livro onde falo dos meus 49 pratos preferidos. Inclui textos apreciativo-descritivos, contextualização histórica, críticas e receitas.

Já muitas vezes me têm perguntado pelos 50 pratos do Jogo dos 50 Pratos. Só são conhecidos 3: carapaus à espanhola (calhou-me a mim), jardineira (calhou ao Manuel João Vieira) e cocó (calhou ao Nuno Markl). Sobram 47. Alguns bons, outros mais ou menos, metidos à força só para perfazer os 50.

Resolvi escrever um livro sobre eles. Como são, onde os comi a primeira vez, que recordações me trazem, porque é que gosto deles, como se fazem, etc. Tudo isto vai lá estar. E com ilustrações feitas por mim, em esferográfica, sobre guardanapo ou toalha de mesa.

Bónus: por cada 25 livros vendidos, faço um episódio de Aleixo FM para a internet

SOBRE O PROMOTOR
Sendo uma personalidade influente da vida portuguesa, já estava na altura de lançar um livro sobre mim. O povo assim o pediu. E nada diz mais sobre o carácter dum homem do que aquilo que ele põe no prato, sobretudo a nível de quantidade.

Vivo em Coimbra. Tenho 58 anos mas pareço mais novo. Estudei na Faculdade de Direito mas sei falar sobre assuntos relativos a todas as outras faculdades (mais que muita gente que la tenha tirado o curso).

Considero-me uma autoridade a nível de cozinha na óptica do utilizador. Sou a pessoa que Portugal precisa neste momento, uma vez que sou imune às pressões da Era da Gourmetização em que vivemos. Já ameacei e/ou insultei, à conta disso, diversos jornalistas.

Mais informações no site do crowdfunding. Abaixo, Bruno explica a aposta que originou o nome do livro:

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Olha que simpática essa “superprateleira” criada pela loja Artori Design – um ímã estrategicamente colocado dá toda uma graça à pequena estante.

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Guerra nas Estrelas para quem nasceu no século 21

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Aproveitando o auê ao redor do novo episódio de Guerra nas Estrelas, a Lucasfilm convocou três jovens autores (Alexandra Braken da série The Darkest Minds e os autores de livros infantis Adam Gidwitz e Tom Angleberger) para recriar os três primeiros filmes da trilogia original com sua própria abordagem. O resultado é que Guerra nas Estrelas virou A Princesa, O Canalha e o Caipira (The Princess, The Scoundrel, and The Farm Boy), O Império Contra-Ataca virou Então Você Quer Ser um Jedi (So You Want to Be a Jedi) e O Retorno de Jedi virou Cuidado com o Poder do Lado Negro! Os três livros serão lançados no mês que vem e as capas – lindaças – podem ser vistas abaixo:

Livros de Wes Anderson

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Um esteta cinematográfico, Wes Anderson nunca escondeu sua bibliofilia – e este vídeo reúne alguns exemplos de sua paixão por livros espalhadas por seus filmes, seja pela linguagem escrita ou pelo objeto livro em si.

Toda ficção num pôster

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Não é bem um infográfico – está mais para uma árvore genealógica -, mas é um belo poster que interrelaciona os diferentes gêneros de ficção na literatura, chamando atenção para as principais obras de cada departamento.

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(Clique para ampliar)

Dá pra comprar aqui.

Todo grande filme é inspirado num grande livro

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E essa idéia da Penguin de vender livros como se fossem filmes?

Todas as letras de Bob Dylan num livro que pesa mais de seis quilos e custa cinco mil dólares!

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A editora norte-americana Simon and Schuster está elevando para um novo patamar as publicações de luxo dedicadas à música – e reuniu todas – TODAS – as letras de Bob Dylan (inclusive as de todas as versões de sua extensa coleção pirata Bootleg Series) num volume tão denso que pesa nada menos que 6,3 kg. O livro custa salgados duzentos dólares, mas uma edição ainda mais azeda chega a nada menos que US$ 5 mil, pois apenas estes 50 exemplares virão com um autógrafo do próprio Bob. É preciso ser muito fã…