Materinha que escrevi hoje sobre o novo layout, os novos blogs e o fato do site do Link agora estar em WordPress.
‘Link’ estreia novos site e blogs
Área de tecnologia do estadão.com.br agora utiliza a plataforma de publicação aberta WordPress
Desde a terça-feira passada, 19, o site do Link está de cara nova. Mais do que isso: a área de tecnologia do portal estadao.com.br inaugurou nada menos do que seis blogs, cada um deles voltado para aspectos específicos da cultura digital. Mas por trás do novo layout e da nova distribuição de conteúdo, há uma novidade que não transparece aos olhos: nosso novo site é publicado em WordPress.
O sistema de publicação aberto começou como uma ferramenta para facilitar a produção de conteúdo em blogs, mas aos poucos foi sendo adotado por diferentes veículos online e, hoje, meios tradicionais como os jornais The New York Times e Le Monde, a agência de notícias Reuters e o canal CNN utilizam a plataforma para publicar conteúdo em seus sites.
O WordPress já vinha sendo utilizado em outros blogs do estadao.com.br desde que o colunista do Link, o jornalista Pedro Doria, tornou-se o editor-chefe de conteúdo digital do Grupo Estado, mas o Link é o primeiro caderno do Grupo a utilizar a plataforma em toda sua publicação, além dos blogs. Doria inclusive aproveita a nova fase do Link para voltar à blogosfera. Depois de matar seu blog no ano passado, o jornalista retoma seu blog com ênfase nas transformações que a tecnologia vem impondo ao jornalismo e à comunicação.
Os outros cinco blogs ficam sob a guarda dos repórteres do caderno. Cada um deles aborda um assunto diferente do universo digital – mobilidade, cultura livre, hits da internet, games e dicas de tecnologia. Assim, a produção de conteúdo do Link, além de acompanhar as principais novidades do universo digital, também aborda assuntos que não estão na pauta do noticiário e pode tratar de temas e situações que acontecem em paralelo às notícias do dia.
Com o novo site, também queremos estabelecer um vínculo direto com o leitor, para saber o que você tem achado de nossa cobertura e que assuntos você acha que deveriam estar em nossa pauta. A pequena enquete na nova home é só um aperitivo do canal de comunicação que queremos criar entre o Link e seus leitores. Estamos apenas começando a assistir uma série de mudanças que acontecerão no decorrer do ano, tanto no Link quanto no portal estadao.com.br.
Este, inclusive, apresenta mais uma novidade a partir de hoje, quando inaugura uma área dedicada ao Twitter, em que o leitor pode encontrar os últimos tweets de cada uma das editorias do Estado. Outra novidade também será lançada hoje quando, na Campus Party, inauguramos o sétimo blog do Link. Link Tempo Real é um blog dedicado às coberturas e transmissões de eventos – como o nome entrega – em tempo real. Isso mesmo: em menos de uma semana, já temos sete blogs.
E podem esperar que mais novidades virão: e em menos tempo do que você pensa.Já tem mais novidades no forno que devem aparecer ainda em fevereiro. Mas, para isso, contamos com a sua.
Tem de tudo
LOL
É o nosso blog dedicado às manias, memes e obsessões online. Quem comanda o LOL (acrônimo para rindo alto, em inglês) é a Ana Freitas.
P2P
Sob o comando de Tatiana de Mello Dias, o blog discute como a tecnologia está mudando a cultura e fala de direitos autorais, cultura livre, pirataria e legislação.
Personal Nerd
Formatar o computador, instalar programas, mexer no Twitter, bloquear popups. O blog de Fred Leal resolve todos seus problemas relacionados à tecnologia.
Que Mario?
Resenhas, curiosidades e notícias sobre o universo dos games, sob a batuta de Jocelyn Auricchio. Videogame também é cultura – e o blog vai explorar isso a fundo.
Sempre à mão
Celulares já mudaram a forma como nos comunicamos ao levar a web para todo lugar. O blog de Filipe Serrano fala de tudo que tem a ver com mobilidade.
E não é só a cara: o Link agora é publicado em WordPress, depois de anos de insistência. E, pra começar, já temos seis blogs novos – além do do repórter de economia Renato Cruz, cada um dos repórteres do Link agora tem o seu (Tati cobre cultura livre, conteúdo digital e legislação, Filipe cuida de mobilidade, Fred é o Personal Nerd, Jô manda as novas dos games e a Ana vigia o lado freak da internet) e o Pedro Doria volta à blogosfera. E eu garanto: não é nem a primeira das novidades do Link em 2010. Em fevereiro mesmo já vem muito mais coisa…
É, o comunicador da florzinha, um ícone da web 1.0, está ameaçando uma volta. O remix aí de cima não é grande coisa, mas a compilação de ruídos do passado é do nível do ruído que o modem de conexão discada fazia.
• Onde você está • Misture o Twitter com o Google Maps • Você vai querer que todo mundo saiba onde está • Em toda parte •Será que o Google é maior do que a China? • Será que o Google Earth descobriu ‘El Dorado’? • Do desespero real à organização virtual • Ruínas de uma civilização moderna • Do Skype para o fixo • Para rechear o fotolog • Violência medieval • Cada mergulho é um flash • Vida Digital: Jonney Shih, 59 anos, engenheiro e presidente da Asus • Made in Taiwan •
• 2010: de zero a cem em onze dias • Realidade alternativa • CES 2010, a maior feira de tecnologia do mundo • Google lança telefone: o que ele quer com isso? • Expectativa: E o tablet da Apple, hein? • O dia em que o reality show encontrou a web • Espiando a web pela TV • A anti-mídia social e a invsão no ‘Big Brother’ • Aproveite as férias para dar uma geral no seu computador • iPhone de macho • TV e 3G em um plugue •Sem distorção e sem potência • Roteiro sob escrutínio •Qual o futuro da memória? • Marcelo Branco, da Campus Party •
Materinha de apresentação da edição do Link de hoje.
2010: de zero a cem em onze dias
Ninguém poderia prever. Mas a década mal havia começado e uma notícia pegou todos de surpresa. Um gigante online entrava com tudo num mercado tradicional pagando bilhões de dólares. Quando a America Online anunciou a compra do grupo Time Warner por US$ 164 bi no dia 10 de janeiro de 2000, há exatos dez anos e um dia, o mundo parou para discutir a importância daquilo que parecia ser apenas uma novidade da década anterior e que, ano recém-começado, dava pistas de que deixava de ser uma rede de contatos entre adolescentes, tecnófilos e acadêmicos para mexer de forma agressiva no resto do mundo.
2010 não começou com um único anúncio bilionário, mas com várias notícias de diversas áreas distintas que sacramentam a importância assumida pelo mundo digital. A começar pela maior feira de tecnologia do mundo, a Consumer Electronics Show (CES), em Las Vegas, que em todo janeiro, desde 1967, apresenta produtos e tendências que irão dominar o ano. Se em 2009, a feira foi abalada pelas notícias da crise econômica mundial, em 2010 ela já prometia a recuperação do mercado de tecnologia.
Se fossem só as novidades da CES 2010, já teríamos motivo para começar o ano com boas notícias: TVs e carros que acessam a internet, entretenimento doméstico incorporando o 3D, novas marcas se estabelecendo no mercado, computadores cada vez menores e integrando funções de outros aparelhos, tecnologia “vestível”, rivais para o Kindle. O Link esteve em Las Vegas e mostra nesta edição as principais novidades da feira que terminou no domingo.
Duas notícias paralelas à CES mexeram com a própria feira. O anúncio do Nexus One, o telefone do Google, não foi feito na terça-feira passada por acaso – ele simplesmente ofuscou quaisquer outros celulares que foram apresentados em Las Vegas, pelo simples fato de ter sido feito pelo Google.
O anúncio do novo aparelho – cujas expectativas foram aquém do esperado – pode, de cara, mudar completamente o relacionamento entre fabricantes e operadoras. E mostra uma faceta inesperada para a empresa – não bastasse ir para o mercado de celulares com seu sistema operacional, o Android, o Google agora atua no mercado de hardware.
A outra novidade que abalou a CES nem sequer é notícia, mas apenas um rumor que começou a circular no final do ano passado e causou até a subida das ações da Apple. Um suposto lançamento anunciado para o final deste mês jogou luz sobre um aparelho que estava fora do foco das novidades tecnológicas. E bastou uma especulação para que concorrentes apressassem o lançamento de seus próprios tablets. Pois é sabido que, como aconteceu com o MP3 player e o celular com muitas funções, uma vez que a empresa de Steve Jobs lança um determinado produto novo, é o suficiente para que outras marcas se animem e corram para entrar neste mercado.
A outra novidade é brasileira e veio na quarta-feira, quando a TV Globo anunciou os participantes da décima edição do Big Brother Brasil e nada menos do que cinco dos novos candidatos do reality show são personalidades que já eram conhecidas em diferentes nichos da internet.
Pode parecer bobagem, mas é uma prova de que até a principal emissora do País passa a dar atenção para a cultura digital em sua programação – o que é bem diferente de exibir URLs na tela da TV ou acessar a programação via internet. A fusão entre reality show e web 2.0 veio apenas escancarar uma suspeita – a de que, independente da plataforma em que as pessoas estejam, seja TV ou internet, é cada vez mais comum exibir-se para os outros e não se preocupar com a própria privacidade. A nova edição do Big Brother Brasil, que começa amanhã, pode acelerar essa tendência, além de desafiar a disposição das celebridades de nicho num veículo de massa.
Em entrevista recente ao Link, o futurólogo Alvin Toffler afirmou que estava cada vez mais difícil fazer previsões sobre o futuro da tecnologia. O próprio anúncio da compra da Time Warner pela America Online, que parecia criar um novo gigante online, deu com os burros n’água e foi eleito neste ano, pelo jornal inglês Telegraph, como a pior fusão de empresas da década passada.
Mas do mesmo jeito que aquela notícia antecipou a importância da internet na década passada, será que estas primeiras notícias de 2010 podem funcionar como um aperitivo dos próximos dez anos? Ou será que é melhor chutar o que pode acontecer na próxima década? Na dúvida, escolhemos as duas opções.
É isso aí: os caras recriaram, fala a fala, personagem a personagem, o filme de Macaulay Culkin via Twitter. Machinima? Arte? Publicidade?
Um original do Ace of Spades.