
Lana Del Rey foi uma das participantes do concerto beneficente anual estadunidense Harvest Moon, organizado por Neil Young para arrecadar fundos para instituições de apoio a crianças com dificuldades ou doenças raras, e aproveitou a oportunidade para cantar uma versão de chorar para a eterna “The Needle and the Damage Done”, do mestre canadense. Além dela, também tocaram, neste sábado num camping no Lago Hughes, na Califórnia, artistas como Beck, Tyler Ramsey, Muireann Bradley, Masanga Marimba e a nova banda do próprio Young, Chrome Hearts. E agora eu não consigo pensar em algo que possa me acalmar tanto a alma quanto um disco da Lana cantando o repertório do velho Neil. Olha esses vocalises no fim da música…

Imagina você estar tocando uma música de um artista alheio com sua banda, num pequeno show na rua à luz do dia quando o próprio artista, ao ouvir a música quando estava passeando, sobe no palco e assume os vocais? Foi isso que aconteceu neste sábado, na cidade californiana de Santa Barbara, nos EUA, quando a banda Fastest Kids in School tocavam a ótima “West Coast”, do meu disco favorito da Lana Del Rey, Ultraviolence, de 2014, e ninguém menos que a própria Lana, que havia saído de casa para tomar um sorvete, ouviu sua música sendo tocada em público e subiu ao palco para cantar com o grupo. Que sonho! Que mulher!

Dos maiores nomes do K-pop, as integrantes da banda Blackpink – possivelmente o maior girl group de todos os tempos – estão dedicando-se a divulgar suas carreiras solo enquanto não lançam mais nada coletivamente, além dos shows. E embora minha favorita seja Lisa (que lançou um dos melhores discos de dance music do ano, o ótimo Alter Ego), provavelmente a mais conhecida de todos – pelo menos deste lado do planeta – é Rosé, que ano passado emplacou um hit com Bruno Mars, a insuportável “APT.”. Mas essa semana ela resolveu mostrar que não está nessa só pra fazer o povo dançar e, em uma apresentação no programa do entrevistador Howard Stern, puxou duas músicas alheias para mostrar a amplitude de suas referências, ao emendar a balada “Norman Fucking Rockwell” de Lana Del Rey com a imortal “50 Ways to Leave Your Lover”, de Paul Simon. Ficou fino, saca só.

Lana Del Rey deu sua benção a Addison Rae. Não bastasse ter colocado a nova cantora sensação para abrir seus dois shows no estádio de Wembley, em Londres, Lana ainda a chamou para dividir o palco no final do segundo show, nesta quinta-feira, quando cantou a bela “Venice Bitch” e convocou Rae para cantarem juntas seu primeiro grande hit, “Diet Pepsi”, emendando com “57.5”, da própria Lana. Não custa lembrar que Addison havia acabado de estrear ao vivo a música “Money is Everything”, em que ela canta que “queria enrolar um com a Lana e ficar chapada com a Gaga”. Começou bem!

Segunda passada rolou o Met Gala em Nova York, vocês já devem ter cansado de ver os looks e modelitos que desfilaram pelo baile, mas uma das festas que rolaram no after da noitada – especificamente a da joalheria Cartier, que aconteceu no Bemelmans Bar, e contou com a presença de várias celebridades, como Emma Chamberlain, Miley Cyrus e Aimee Lou Wood. Até que no meio da festa, Jon Batiste sentou ao piano e Lana Del Rey surgiu para cantar algumas músicas com o músico norte-americano, entre elas Erykah Badu’s “Bag Lady” da Erykah Badu, “God Bless the Child” eternizada por Billie Holiday e “Candy Necklaces”, que os dois gravaram no disco mais recente de Lana, Did You Know That There’s a Tunnel Under Ocean Blvd?. E ficou tão bom que os fãs começaram a perguntá-la em sua conta semioficial no Instagram se não era o caso de deixar esse papo de disco country pra lá e abraçar logo um disco de jazz. Imagina…

Ela prometeu e eis mais uma música nova de Lana Del Rey, outra balada, desta vez chamada “Bluebird”. A música nova começa acompanhada por um violão dedilhado e apesar das ótimas estrofes características da caneta de Lana e do belo solo gaita acompanhado por cordas, derrapa ao começar por um refrão adocicado demais, que faz a faixa perder a força de saída, recuperada lentamente no decorrer de seus versos, deixando-a aquém da recém-lançada “Henry, Come On”, esta sim já um clássico da cantora.

Lana Del Rey mal lançou o primeiro single de seu novo álbum (a lindíssma “Henry, Come On”) como aproveitou o auê pra postar um longo vídeo no Instagram em que ela, depois de agradecer a todos envolvidos nessa nova fase, menciona que talvez o disco atrase e que talvez ele mude de nome de novo (além de ter avisado que semana que vem tem música nova, chamada “Bluebird”). Não bastasse isso, descobriram que a capa do novo single é um print de tela do celular, com direito inclusive à barra de rolagem relativamente visível no canto direito. Ai ai essa mulher… ❤️

Lana Del Rey lançou música nova de surpresa nessa sexta-feira, começando a mostrar o que seria seu “disco country”, que se chamaria Lasso até o meio do ano passado, até que ela mudou de ideia e trocou o título pra The Right Person Will Stay, além de ter tirado da cabeça a ideia de fazer um disco country. “Henry, Come On” é o primeiro single oficial de seu décimo álbum, anunciado para o dia 21 de maio e não é exagero dizer que é uma balada clássica à sua moda. Bem-vinda de volta.