Vida Fodona #582: Primeiro Vida Fodona de verão

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Ainda em janeiro.

James Blake + André 3000 – “Where’s The Catch!”
Beck – “Readymade”
Jards Macalé + Tim Bernardes – “Buraco da Consolação”
Yma + Lau – “Sun and Soul”
Against All Logic – “Know You”
Sharon Van Etten – “Seventeen”
Racionais MCs – “Preto Zica”
Massive Attack – “Be Thankful For What You Got”
Dr. Dre – “Let Me Ride”
Tim Maia – “Manhã de Sol Florida, Cheia de Coisas Maravilhosas”
Janelle Monáe + Brian Wilson – “Dirty Computer”
Zombies – “This Will Be Our Year”
Cidadão Instigado – “Como As Luzes”
Ava Rocha – “Beijo no Asfalto”
Can – “One More Night”
King Crimson – “21st Century Schizoid Man”
Flaming LIps – “Suddenly Everything Has Changed”

King Crimson no Brasil!

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Inacreditável! Um dos maiores nomes da história do rock progressivo, o grupo King Crimson tocará no palco Sunset do Rock in Rio – e não é especulação: o próprio grupo postou em sua página no Facebook. Reunido em 2013 (primeiro como um septeto e agora como octeto, com três baterias!), o grupo liderado por Robert Fripp vem se apresentando cada vez mais e acaba de anunciar uma turnê comemorativa de seu cinquentenário, que deverá ter 50 apresentações na Europa e na América, começando em junho pela Europa e terminando no Brasil no dia 6 de outubro.

Como é bem pouco provável que o grupo toque seus shows com mais de duas horas no festival carioca, a minha aposta é que eles tocarão apenas seu primeiro clássico, o álbum de estreia In the Court of Crimson King, marco zero da comemoração do cinquentenário do grupo que completa 50 anos de seu lançamento exatamente quatro dias depois do show do grupo no Brasil. A formação atual da banda inclui o saxofonista Mel Collins, o baixista Tony Levin, o percussionista Pat Mastelotto, o baterista Gavin Harrison, o vocalista de guitarrista Jakko Jakszyk, o baterista Bill Rieflin, o baterista Jeremy Stacey (sim, três bateristas) e, claro, Robert Fripp tocando guitarra, teclados e disparando seus Frippertronics.

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A turnê faz parte do enorme pacote que o grupo preparou para o cinquentenário de sua existência – seu primeiro ensaio aconteceu no glorioso 13 de janeiro daquele mesmo 1969, no Fulham Palace Café, em Londres, e inclui uma série sensacional de lançamentos. O primeiro deles é uma seleção de 50 faixas raras do grupo que serão lançadas semanalmente por David Singleton, que gerencia o selo do grupo, Discipline Global Mobile. A primeira faixa desta seleção, chamada de KC 50, também marca o primeiro contato profissional entre Singleton e Fripp. Depois que apresentou ao produtor a faixa de abertura de seu primeiro álbum, Fripp teve de ouvir que a faixa era ótima, mas os solos eram exagerados demais e que ela iria precisar de um edit pra tocar no rádio. Ainda sem conhecer o trabalho – e o humor – de Fripp, Singleton foi desafiado a fazer um radio edit para a faixa que era o cartão de visitas de uma das bandas mais complexas da cultura pop, “21st Century Schizoid Man”. Ele publicou a faixa inclusive comentando que não gosta do resultado hoje, mas é uma boa introdução para esta seleção.

Além das faixas digitais (que irão colocar o grupo pela primeira vez nas plataformas de streaming), o King Crimson ainda lançará duas caixas de discos (uma em vinil cobrindo o período entre 1972 e 1974 e outra em CD cobrindo o período entre o fim dos anos 90 e 2008, completando toda a discografia do grupo em 5.1)…

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…os últimos três discos de sua série de seu clube de colecionadores (incluindo a recém-descoberta gravação da mesa de um show da época do disco Larks Tongues in Aspic, em 1972), uma caixa comemorando o cinquentenário de In the Court of Crimson King, o relançamento da biografia In the Court of King Crimson, de Sid Smith, que estava fora de catálogo, um documentário (Cosmic F*Kc, dirigido por Toby Amies) e uma edição limitada de pôsteres com a imagem completa da capa e da contracapa do primeiro disco da banda, numeradas e autografadas pelo próprio Fripp (mais informações no site da gravadora).

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Agora é torcer por um show em São Paulo – ou mais de um, imagina!

King Crimson ♥ David Bowie

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“King Crimson tocou ‘Heroes’ de David Bowie no Admiralspalast de Berlim como uma celebração, uma memória e uma homenagem. O show aconteceu trinta e nove anos e um mês após as sessões de gravação originais no Hansa Tonstudio próximo ao Muro de Berlim”, escreveu Robert Fripp, autor da guitarra que conduz a música original de David Bowie, ao anunciar o EP Heroes (já à venda), às vésperas da turnê que seu renascido King Crimson fará pela América do Norte no meio deste ano (datas aqui). A nova versão mantém a sensibilidade do clássico single.

Ave King Crimson

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Uma das bandas mais complexas e completas da história, o King Crimson vem passando discretamente por uma fase inacreditável, que começou como um rumor sobre uma formação com vários integrantes, boatos sobre um possível primeiro show desde anos 70, que materializou-se em não apenas um, mas alguns shows, transformou-se em turnê e agora chega ao disco numa versão da banda com sete cabeças tocando ao mesmo tempo. O guitarrista maestro Robert Fripp reuniu integrantes de diferentes fases da banda (o saxofonista e flautista Mel Collins, o baixista Tony Levin, o guitarrista Jakko Jakszyk e três bateristas, Pat Mastelotto, Gavin Harrison e Bill Rieflin) numa formação dos sonhos que tem revivido alguns dos momentos mais emblemáticos da carreira do grupo ao vivo. A caixa Radical Action to Unseat the Hold of Monkey Mind reúne três discos com gravações da banda do ano passado no Japão, na França e no Canadá e tem versões que trazem registros em vídeo desta apresentação, como a impressionante versão ao vivo para “Starless”. Como o produtor e parceiro de longa data de Fripp David Singleton escreve no encarte do box:

“É uma espécie de truísmo na história do Crimson que qualquer show que seja filmado não será aquele em que o céu encontra-se com a terra e descem os anjos. A presença de câmeras e de operadores introduz um elemento intrusivo na relação entre o artista, a música e o público. Nossa solução foi voltar ao conceito de “TV pirata” e priorizar a música e a performance mais do que as imagens. Tínhamos um único câmera – Trevor Wilkns, que sofreu! – nesta turnê e ele filmava todas as noites com uma série de câmeras escondidas discretamente no palco onde a elas não atrapalhariam nem o artista ou o público. O compromisso portanto não é o visual e sim o da música.”

Aos céticos ou não-iniciados na banda que se convenceram pela balada inicial sugiro que joguem o cursor lá praquele tempo mágico, 4:20 – e boa viagem.

Vida Fodona #453: Clima meio marciano

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Aumenta o som pra mesma altura do calor!

Deerhunter – “Game Of Diamonds”
Sexy Fi – “Pala Noturna”
Little Joy – “Brand New Start”
Say Lou Lou – “Instant Crush”
Milk & Bone – “Coconut Water”
Max Frost – “White Lies”
Mary J. Blige – “Right Now”
Disclosure + Eliza Doolittle – “You & Me (Flume Remix)”
Chet Faker + GoldLink – “On You”
Steely Dan – “Rikki Don’t Lose That Number”
Mutantes – “Mande Um Abraço Pra Velha”
King Crimson – “Sailor’s Tale”
M83 – “Lower Your Eyelids To Die With The Sun”
Nuuro – “Diamante”

Venhaqui.

Atenção: King Crimson passando som

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Robert Fripp não deixa filmar os shows da volta atual do King Crimson, mas tem postado vídeos no YouTube de vez em quando dessa turnê, como essa passagem de som em Madison, nos EUA, no fim de semana passado, veja só:

A foto que ilustra o post saiu da página oficial da volta da banda – tem mais aqui.

O King Crimson voltou à ativa

Já começou a turnê norte-americana da nova encarnação do King Crimson, mas como o David Fricke disse na Rolling Stone:

The future of this Crimson beyond the U.S. tour, especially in studio-album form, is uncertain. “Crimson as a musical undertaking can’t be judged from its records,” Fripp said in a recent British interview. “It can only be judged by live performance.”

He emphasized the latter point in Albany, in a pre-recorded welcoming announcement played over the PA a few minutes before showtime. “Embrace the moment,” Fripp suggested in his soft, precise speaking voice, firmly requesting that the audience turn off and stow all electronic devices. “Use your ears to record and your eyes to video.”

It worked. I periodically looked around the hall, for the tell-tale glow of cell phone cameras and recorders. There were none, all night. If you want a piece of this “Schizoid Man,” you have to be there.

Então enquanto Fripp não registra oficialmente estas apresentações, só nos resta nos contentar com dois vídeos, um com um solo de seus novos três bateristas, Pat Mastelotto, Bill Rieflin e Gavin Harrison:

E uma velha versão para o maior clássico do grupo, “21st Century Schizoid Man”, gravada no Hyde Park em 1969 e uploadada no próprio canal do King Crimson no YouTube:

Tomara que algum maluco se disponha a trazê-los ao Brasil… Imagina…

Vida Fodona #430: Tacale pau

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Trago-lhes boas notícias!

Outkast – “Chronomentrophobia”
Electric Guest – “American Daydream”
Caxabaxa – “Vizualizada”
Meters – “Come Together”
Souleance – “Segrados do Samba”
Gilberto Gil – “Toda Menina Baiana (Tahira Re-Edit)”
Tim Maia – “Brother Father Mother Sister”
David Bowie – “Golden Years”
Steely Dan – “Rikki Don’t Lose That Number”
Alvvays – “Archie, Marry Me”
Unknown Mortal Orchestra – “So Good At Being In Trouble”
Daft Punk – “Giorgio by Moroder”
Sonic Youth – “Becuz”
King Crimson – “Sailor’s Tale”

Aqui.

A incrível volta do King Crimson

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Robert Fripp está à toda com a nova nova reunião do King Crimson – é a oitava encarnação da banda mais específica do rock progressivo e, além de Fripp, a formação 2014 conta com os bateristas Gavin Harrison, Pat Mastelotto e Bill Rieflin, o baixista Tony Levin, o saxofonista Mel Collins e o guitarrista Jakko Jakszyk. Ele postou até um vídeo no mês passado dando uma palhinha do que vem por aí (além de umas fotos).

A banda faz 17 shows no segundo semestre, apenas em algumas cidades dos Estados Unidos. Por enquanto.

E por falar em King Crimson…

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E essa banda tocando “21st Century Schizoid Man” em cima de segways?

Cacete.