Texto que escrevi pra matéria de capa sobre televisão que publicamos esta segunda no Link.
Ano de Copa do Mundo, ano de TV nova
Como sempre, o mercado aproveita o torneio para lançar novas tecnologias; convergência, transmissão digital e TV 3D são as de 2010
A Copa do Mundo não é o evento esportivo mais popular do planeta só pelo fato do futebol ser o esporte mais popular do mundo – mas também por ter a TV como sua principal aliada. Televisionado desde a edição de 1954, na Suíça, o evento ganhou ainda mais popularidade graças a avanços tecnológicos que foram introduzidos tanto nos aparelhos quanto na transmissão do torneio.
Não vai ser diferente em 2010, com um agravante: esta será a primeira Copa em que a internet surge como principal ameaça real à audiência da TV. Além disso, a legislação brasileira exige que qualquer aparelho de TV com 32 polegadas ou mais venha com decodificador de TV digital embutido até julho.
Junte essas novidades à corrida tecnológica que vem acontecendo na última década e temos o encerramento de um ciclo: TVs de tela fina deixaram de ser artigo de luxo para entrar na rotina das pessoas.
Isso sem contar uma série de recursos e tecnologias que vêm invadindo o vocabulário. A antiga divisão entre LCD e plasma de alguns anos já rendeu novas terminologias, como LED, HDMI, Full HD e TV 3D.
Com os novos modelos que se conectam à rede e ao PC, a TV ressurge não como um eletrodoméstico que estimula a passividade, mas como central de entretenimento doméstico que conecta internet, computador, game, celular, players portáteis e pendrives – tudo num mesmo aparelho que, aos poucos retoma o papel central que já teve na casa das pessoas e que ficou para trás com a ascensão da dupla computador e internet.
Este ciclo de renascimento não vai fechar em 2010. Mas durante este ano já veremos o que é promessa há alguns anos chegar ao mercado de fato.
Por outro lado, a popularização da tela fina ainda não foi o suficiente para determinar o fim da velha TV de tubo, que ainda é o modelo que mais vende no Brasil – embora não seja o tipo de aparelho mais popular no mundo. Além de emperrar a onda de conectividade total dos modelos mais novos, o tubo de raios catódicos, quando descartado, agride muito mais o meio ambiente do que as TVs finas.
Nesta edição, tentamos entender o que irá acontecer com um dos aparelhos mais populares que existem em um ano que pode definir de vez seu papel nos lares do mundo.
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Meus dois centavos sobre o Google Buzz…
Lembra de quando o Google apareceu? Seu visual clean mostrava que não eram necessários todos aqueles links e diretórios – característicos do Yahoo, o grande mecanismo de busca dos anos 90 – em uma página dedicada apenas a procuras feitas online. A solução do Google era um ovo de Colombo: só com um campo de busca sob um logo colorido, ele relembrava a todos que menos era mais.
Lembra de quando o Facebook apareceu? Seu visual clean mostrava que uma rede social não precisava parecer uma penteadeira de madame (o MySpace) nem uma sala de pré-escola (o Orkut). A solução do Facebook foi arquitetônica nos dois sentidos: ao oferecer um ambiente em que se deve reter o público-alvo, o site apresentava-se agradável, organizado, hierárquico, cool. Tanto sua arquitetura de informação quanto seu acabamento visual têm exatamente o mesmo peso. O site deve ser fácil de ser entendido, utilizado e percorrido, além de, por que não, agradável.
Eis os dois gigantes da internet hoje em dia. E agora, ao lançar um serviço de mensagens instantâneas muito parecido com o Twitter integrado ao seu e-mail, o Google tenta se reinventar de olho em tempos mais – para usar uma palavrinha da moda– “sociais”.
Em outras palavras, assumiu que o Facebook – a maior rede social do mundo – é seu principal rival.
Mas entre o Buzz e uma rede social envolvendo todos os serviços e produtos Google, há um longo caminho. O serviço recém-lançado, no entanto, não é o primeiro flerte do gigante rumo a uma plataforma mais social. O YouTube e o seus Maps já têm elementos de rede social, seu Reader permite compartilhamento de conteúdo. Mas foi com o Buzz que o Google assumiu que quer mudar sua natureza.
Eis o problema central: o Facebook sempre foi uma rede social. É um ambiente murado, em que todos que querem estar ali concordam em ficar apenas ali. Já o Google é o oposto disso. Começou como uma porta de entrada para a internet e está aos poucos crescendo um muro ao redor dela. E se, para usar o Google, for preciso estar dentro destas paredes, muita gente vai pular fora.
Isso fora a questão da interface, que ainda é bisonha – confusa, feia, sem hierarquia, quase aleatória. Parece um rascunho do Google Wave. Não seria o caso de o Google lembrar de como era quando começou?
Avisei segunda e volto a lembrar aqui: tou com um blog novo no Link que não vai ser relinkado aqui com a mesma freqüência que as matérias que publico no caderno. Para quem ainda não passou por lá, destaco a história por trás do anúncio do Radiohead no Twitter, um Mario Bros dos tempos do Império Romano, o lançamento do iPad para você montar, uma homenagem ao Xkcd, um site que mostra o que aconteceu no ano em que você nasceu, um encontro entre Mario e Sonic e uma nova hora mágica, além dos bastidores do Link.
Lá do blog do Filipe.
E ainda neste mesmo tema, o Gustavo pinçou os melhores comerciais do Superbowl deste ano. Os dois melhores, o primeiro com a Megan Fox, o outro com os Simpsons e o último com o Grizzly Bear:
Os outros você vê no TV sem TV.
• Uma crise diplomática no e-mail de Tenzin • A maior população online do mundo • Nova classe média chinesa impulsiona mudanças sociais e políticas no país • Produtos originais Made in China • Um ‘Super Kindle’ para fazer frente ao iPad • E-readers são forçados a mudar • Por enquanto, cliente perde com a disputa • Filme sobre torrent feito para a internet • Google x Apple x Adobe x Microsoft: é o HTML 5 • A volta do sapo: ‘Zuma’s Revenge’ • Ovi Mapas transforma celular Nokia em navegador GPS • Notebook para jogadores discretos • Kindle alternativo é caro pelo que é • Remake de MSX tem sabor retrô • Adeus extensão misteriosa • LG com Android é simplesinho • Adolescentes não gostam mais de blogs • Engadget suspende área de comentários • Skype lança versão para iPhone 3G • ‘Prince of Persia’ chega aos cinemas em maio • ‘Planet Telex’ • Vida Digital: Emicida •
Poizé, não bastasse todo o resto, agora abasteço um blog no Link. E esse blog eu vou linkar menos aqui.