E quem matou foi o Teams…
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E o New Order, que está em plena turnê pelo Japão, desenterrou, nesta terça-feira, em Ozaka, uma música que não tocava ao vivo desde 1987! “State of the Nation” saiu originalmmnte como uma faixa-bônus da versão em CD do disco da banda de 1986, Brotherhood, mas tornou-se mais conhecida ao entrar na clássica coletânea que o grupo inglês lançou no ano seguinte, Substance 1987. Será que eles estão aprontando alguma coisa, pra recuperar essa música sem nenhum motivo aparente?
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Um dos maiores atores do cinema norte-americano foi-se nesta quarta-feira numa morte bizarra, quando Gene Hackman, sua esposa Betsy Arakawa e o cachorro deles foram encontrados mortos em sua casa na Califórnia, nos EUA. Hackman tinha 95 anos e é tranquilamente um dos maiores nomes da história do cinema e mesmo que seu padrão de atuação não o coloque como um dos nomes que lemmbramos quando falamos dos grandes da sétima arte, seu currículo é a prova contrária disso: protagonista em clássicos como Operação França (em suas duas partes, em cada uma delas abrindo uma nova faceta obscura de seu detetive Jimmy “Popeye” Doyle), Bonnie e Clyde, A Conversação (em que carrega o melhor filme de Coppola praticamente nas costas), O Destino do Poseidon, O Jovem Frankenstein, três Superman (como Lex Luthor!), os Royal Tenenbaums de Wes Anderson, Mississipe em Chamas, Reds, Os Imperdoáveis de Clint Eastwood, A Firma, Maré Vermelha e A Gaiola das Loucas tem uma marca registrada que o torna tanto facilmente reconhecível como completamente novo, devido à sua forma de atuação mais contida e de baixo perfil, característica de sua criação como filho da classe operária da Califórnia. Um mestre.
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Um dos shows mais clássicos da história do rock volta às telas de cinema em 2025 – inclusive no Brasil! Pink Floyd at Pompeii MCMLXXII traz o grupo britânico tocando nas ruinas de Pompeia em 1971, sem público, numa das apresentações mais memoráveis da história e será relançado pela primeira vez em áudio (em versões em vinil, CD e Dolby Atmos com áudio remixado e remasterizado); além de versões em Blu-ray, DVD e projeções em salas Imax por todo o mundo, no dia 24 de abril. As vendas começam no dia 6 de março e basta cadastrar-se no site do grupo para saber mais informações sobre as salas de exibição e sobre as vendas. É preparar-se do jeito certo e ir pro cinema. Vamo?
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Antes do carnaval ainda tivemos mais uma aula do curso Bibliografia da Música Brasileira que estou ministrando com a Pérola Mathias no Sesc Pinheiros e dessa vez entramos nos anos 1960 falando sobre como a bossa nova impactou sobre uma geração que, menos de dez anos depois, moldaria um novo conceito de música popular brasileira resumida por uma sigla quase homófona do nome do partido de oposição que a ditadura militar permitiu existir para fingir que não era uma ditadura, algo que conversa bastante com a própria existência deste momento da música brasileira que não é nem um gênero musical nem um movimento. Aproveitamos para falar sobre o surgimento do jornalismo cultural e da crítica de música popular no Brasil e como estes fomentaram as bases destas novas gerações em textos que circulavam tanto nos diários, semanários e revistas quantos nos livros que compilavam estes textos, sejam jornalísticos ou acadêmicos. Para isso, tomamos como centro da discussão livros de Zuza Homem de Mello, Nelson Motta e Ana Maria Bahiana, além do Balanço da Bossa e Outras Bossas, organizado por Augusto de Campos. Na próxima semana não temos curso (pois é quarta de carnaval), por isso só voltamos dia 12 de março, quando terminamos de falar sobre o século 20 antes da última aula. (📷: @anacarol_pmachado)
#bibliografiadamusicabrasileira #sescpinheiros
E vamos para mais um mês de atrações musicais no Centro da Terra e uma vez em março depois do Carnaval já podemos falar que 2025 está à toda. Às segundas-feiras quem segura as quatro apresentações de março é a banda Os Fonsecas, formada por jovens talentos da cena paulistana (o guitarrista Caio Colasante, o vocalista Felipe Távora, o baterista Thalin e o baixista Valentim Frateschi), que dividiu suas apresentações de sua temporada Quem Vê, Pensa em quatro noites distintas, dedicadas especificamente a uma leitura profunda de seu disco de estreia (Estranho pra Vizinha, com direito a convidados), outra só para releituras de autores contemporâneos, uma outra para improvisos e a última para apresentações de canções inéditas. Na terça (dia 11), os músicos Cacá Amaral e Paula Rebellato apresentam seu novo projeto, chamado Qamar, cujo título da apresentação (Significa Lua) traduz seu sentido. Na terça seguinte (dia 18), é a vez de Rômulo Alexis e Anaïs Sylla mostrarem um novo trabalho que estão desenvolvendo juntos, o coletivo de improviso Luz Negra, que reúne inúmeros artistas (Daisy Serena, Marcela Reis, Henrique Kehde, Monaju, Giba Fluxus, Ana Dan, Belle Neri, Cris Cunha, Du Kiddy Artivista, Minarê, Beatriz França, Lucas Brandino e Ivan Batucada, além dos dois) para misturar diferentes disciplinas, sob poética e política em um movimento contínuo de viabilização de novas estéticas, inspirados nas vanguardas experimentais afrodiaspóricas dos anos 1950 e 1960, no espetáculo Axioma. E a última terça-feira do mês assisti ao rebatismo da antiga Monstro Amigo, que agora torna-se Monstro Enigma, no espetáculo Rebatismo do Monstro, ritual sônico em que misturam dissonâncias e rítmicas tortuosas, do punk progressivo ao erudito neandertal a poesia urbana paulista, com a participação da cantora Daíra. Os espetáculos acontecem sempre pontualmente às 20h e os ingressos já estão à venda no site do Centro da Terra.
#centrodaterra2025
Daniel Murray fez um recital impecável nessa quinta-feira, encerrando a programação de música de fevereiro, no Centro da Terra. Só no palco com seu violão, mostrou pela primeira vez ao vivo as 24 minipeças de seu Vista da Montanha, ciclo autoral que compôs para seu instrumento e que confessou ter sido batizado pelo Google, pois quando registrou a primeira destas obras pelo celular, ainda de forma caseira, o aplicativo de gravação sugeriu a localização que se encontrava – batizada de “vista da montanha” por ser literalmente isso – como título do arquivo, batizando de forma lúdica peças complexas e delicadas, passeando entre o violão erudito e o popular para formar uma linda paisagem instrumental que calou o teatro por mais de uma hora, para ser ovacionado de pé por alguns minutos após a execução. O calor da recepção desta primeira audição de sua obra forçou o autor a voltar para um bis, quando trabalhou um tema tradicional italiano seguido de uma versão pessoal para “Água e Vinho”, de Egberto Gismonti. Sublime.
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Encerramos, nesta terça-feira a programação de apresentações musicais de fevereiro no Centro da Terra com o violão solo de Daniel Murray, que mostra pela primeira vez no palco seu ciclo autoral Vista da Montanha, composto por 24 miniaturas compostas para seu instrumento como um contraponto às obras do artista plástico Gabor Geszti e propondo uma escuta da diversidade, através de melodias que nascem de uma leitura livre do perfil das montanhas, se atendo a sonoridades e texturas que reaparecem variadas a cada peça. O espetáculo começa pontualmente às 20h e os ingressos estão à venda no site do Centro da Terra.
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Que noite maravilhosa que foi este encerramento da temporada Adupé que Lenna Bahule nos proporcionou nesta última segunda de fevereiro no Centro da Terra – um encontro de duplas transcendentais que respiravam como um mesmo organismo. Os irmãos Kiko e Ed Woiski misturando harmonia e ritmo no encontro de seus instrumentos elétricos – a guitarra e o baixo -, os percussionistas Ari Colares e Kabé Pinheiro deitando a mão no couro para dar o equilíbrio e a tensão rítmica da noite, as vozes – e percussões – de Lenna e Juçara Marçal se encontrando em picos e vales emocionais, que horas exprimiam força, outras transpiravam delicadeza, nos levando para dimensões extracorporais e fazendo todo mundo se segurar nas poltronas no limite para sair dançando junto, como foi o caso das três intervenções corpóreas puxadas pelas danças de Kabé, uma delas com chocalhos nos tornozelos, outra com sapatos de sapateador e a última ao lado da dona da noite, que lavou a alma de todos os presentes que lotaram o teatro com sua liderança, encanto, leveza e rigidez, tudo encarnado numa mesma pessoa maravilhosa. Uma noite que todos guardarão na memória.
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Grupo de jazz funk idealizado pelo baixista Juninho Sangiorgio e pelo baterista Rodrigo Saldanha, o sexteto Bufo Borealis está prestes sa lançar seu terceiro álbum, batizado de Natureza, que consideram seu disco mais livre – e dão uma amostra do que vem por aí ao antecipar o segundo single, “Urca”, que será lançado nesta terça-feira, em primeira mão aqui no Trabalho Sujo. “É o nosso disco mais plural, com composições de todos os integrantes e referências que vão do On The Corner de Miles Davis ao Check Your Head dos Beastie Boys, passando por Curtis Mayfield e Lou Donaldson”, explicam os dois fundadores do grupo, que ainda conta com Anderson Quevedo (sax), Paulo Kishimoto (percussão e sintetizadores), Tadeu Dias (guitarra) e Vicente Tassara (piano). “Este trabalho mostra um claro amadurecimento e intensa conexão musical entre nós, que nos últimos anos fizemos inúmeras apresentações totalmente diferentes umas das outras, deixando a música cada vez mais aberta ao improviso e mais livre de estereótipos”. O disco sai no dia 6 de março e conta com participações da vibrafonista Nath Calan, do trompetista Daniel Gralha e do baterista Clayton Martin. “Urca”, com seus diferentes climas e atmosferas, é um bom exemplo do que os dois falam, e tem seu clipe dirigido pela videoartista Julia Ro, que também faz as projeções nos shows do Bufo, que o montou a partir de imagens filmadas pelos integrantes da banda.
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