Belíssima a apresentação que a cantora e compositora paulistana Sophia Ardessore realizou nesta terça-feira no Centro da Terra. Acompanhada por uma banda enxuta e precisa – os teclados de Nichollas Maia e a bateria de Matheus Marinho, ambos regidos pelo baixista Fi Maróstica -, ela singrou para além de seu primeiro álbum, Porto de Paz, se aventurando num novo alto mar e por algumas primeiras vezes – tanto tocando em público só com o violão, quanto estreando canções inéditas e celebrando uma parceria de menos de mês, quando convidou a nova amiga Mari Merenda para dividir os vocais em duas canções. Cada vez mais segura de sua voz, Sophia ainda explorou canções alheias enquanto não tinha dificuldades para dominar o público.
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A cantora e compositora paulistana Sophia Ardessore começa a preparar o território para seu próximo álbum no espetáculo Canta para Subir, que encerra a temporada de música do Centro da Terra em setembro, nesta quarta-feira. Acompanhada por seu diretor musical Fi Maróstica, que toca contrabaixo e escreveu os arranjos com o tecladista Nichollas Maia, que também estará no palco, a cantora começa a traçar os próximos passos a partir de seu disco de estreia, Porto de Paz, lançado no ano passado. O novo espetáculo trabalha a partir da ideia de contrastes e terá intervenções visuais idealizadas por Jonas Malferrari e conta com os músicos Abner Phelipe (guitarra), Matheus Marinho (bateria) e Lucas Alakofá (percussão), além dos dois já citados e ainda terá a participação da Mari Merenda. O espetáculo começa pontualmente às 20h e os ingressos podem ser comprados antecipadamente neste link.
Satisfação imensa celebrar, na próxima quarta-feira, dia 4 de novembro, a obra deste mestre da cultura brasileira que completaria 80 anos neste 2023. Waly Salomão é mais reconhecido pelas parcerias musicais que fez com nomes como Maria Bethânia, Jards Macalé e Gal Costa, mas no espetáculo Waly Salomão: Dito e Lido mergulhamos em sua poesia com nomes de peso: Jadsa e Guilherme Held entrecruzam suas guitarras para criar o território sonoro em que os poetas Joca Reiners Terron, Natasha Felix e Julia de Carvalho Hansen percorrem os textos deste mestre baiano. É o segundo espetáculo que concebo e dirijo ao lado da Juliana Vettore, da Capivara Cultural e uma das responsáveis pelos encontros Zapoetas, depois de celebrar a vida e obra de Leonard Cohen no ano passado. O espetáculo acontece no auditório do Sesc Pinheiros a partir das 20h e os ingressos já estão à venda neste link. Abaixo, a sinopse que fizemos para esta apresentação: Continue
Era inevitável e os ingressos estão quase no fim: depois da comoção (pro bem e pro mal) da apresentação em que Caetano Veloso tocou seu clássico disco de 1972, Transa, ao vivo, no Rio de Janeiro – acompanhado de ninguém menos que Jards Macalé, Tutty Moreno e Áureo de Souza -, o show inevitavelmente ressurgiria em São Paulo. E não é dentro de festival nem nada: o espetáculo acontece no dia 25 de novembro no antigo Espaço das Américas (agora Espaço Unimed) e a versão paulistana ainda conta com a presença de Angela Rô Rô, que também tocou no mitológico álbum gravado em Londres. Os ingressos estão acabando (garanta logo o seu neste link), mas algo me diz que vai ter uma nova data (e se tiver no domingo talvez eu consiga assistir). Fora que isso é show pro Caetano rodar o Brasil todo, com público sentado, em teatros, como deve ser.
Acabaram de ser anunciados os locais e datas das atrações do Primavera na Cidade, shows que antecedem o festival Primavera Sound São Paulo que acontece no primeiro fim de semana de dezembro. São doze atrações nacionais e internacionais que se dividem entre o Áudio e o Cine Joia e cujos ingressos estarão disponíveis primeiro para quem comprou a opção “passaporte” na hora de pegar os ingressos da edição brasileira do festival catalão. A primeira noite do Primavera na Cidade acontece no Cine Joia, quando o grupo paulistano Pluma abre para o aguardado show do grupo experimental Black Midi, no dia 29 de novembro. No dia 30, são dois lugares ao mesmo tempo: o Cine Joia recebe o mitológico grupo inglês Slowdive, com abertura do grupo curitibano Terraplana, enquanto o Áudio tem shows exclusivos do mais famoso filho de Fela Kuti, quando Seun Kuti e sua banda Egypt 80 encerram uma festa que começa com o DJ carioca Carlos do Complexo e a visceral cantautora mineira Bia Ferreira. No primeiro dia de dezembro, o Cine Joia recebe o grupo indie canadense Metric, com abertura da produtora de música eletrônica colombiana Lucrecia Dalt e o Áudio traz Róisín Murphy fechando uma festa que ainda terá shows da diva Luiza Lian e do DJ Playero, portorriquenho que é um dos papas do reggaeton. Os ingressos para o público que não comprou ingressos para o Primavera começam a ser vendidos a partir do dia 14 de novembro – e tem mais informações sobre isso lá no site do festival.
Sentindo falta do Inferninho Trabalho Sujo, né? Pois não dá pra terminar esse intenso setembro sem aquecer corações e mentes mais uma vez lá no Picles, reunindo outras duas bandas que, quem conhece sabe: a primeira delas é o Fernê, que reúne Chico Bernardes, Manu Julian e Theo Cecato em uma avalanche de noise e doçura, enquanto a segunda, Madrugada, reúne os irmãos Dardenne, capos do Seloki, à Paula Rebelatto do Porta, em um transe kraut da pesada. E como de praxe, depois dessas duas surras de som alto é a vez de queimar a pista até se acabar de felicidade comigo e a Fran misturando R&B, pop brasileiro, música eletrônica, indie rock, K-pop e o que mais der na nossa telha! Lembrando que quem chegar antes das 21h não paga para entrar e que o Picles fica no número 1838 da Cardeal Arcoverde, no coração de Pinheiros. Vamos que vai ser épico!
Enio começou sua série Encontros Híbridos nesta terça-feira no Centro da Terra, quando desfilou seu repertório ao lado de músicas de seu convidado da vez, o pianista pernambucano Zé Manoel, de quem visitaram juntos “Adupé Obaluaê” e “Canção e Silêncio”. Mas o baiano aproveitou a oportunidade para reverenciar a Bahia por muitos de seus autores, intérpretes e sonoridades, passando por “Sorte” (de Celso Fonseca e Ronaldo Bastos, eternizada por Gal e Caetano), “Me Abraça e Me Beija” (do mestre Lazzo Matumbi, canonizada pela atual ministra da cultura Margareth Menezes) ou “Emoriô” (de Gilberto Gil e João Donato), além de reverenciar Letieres Leite e Olodum (lembrado na eterna “Deusa do Amor”). Enio também mostrou as músicas de seu primeiro disco que ainda não se materializou, tocando diferentes instrumentos (guitarra, teclado, baixo) e disparando beats quando mostrou que seu cancioneiro também avança pelo hip hop e pela música eletrônica. Mas um dos grandes momentos do encontro ocorreu logo no início da noite, quando o anfitrião e seu convidado dividiram uma das músicas mais agudas do pianista, a infelizmente atual “História Antiga”.
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Maior satisfação receber o encontro entre o baiano Enio e o pernambucano Zé Manoel, que misturam seus repertórios num show único nesta terça-feira no Centro da Terra, como parte dos Encontros Híbridos idealizados pelo primeiro. Este, parceiro de artistas como Larissa Luz, Marcia Castro, Luedji Luna e Xênia França e entre outros, encontra-se com o consagrado pianista que já colaborou com nomes como Juçara Marçal, Vanessa da Mata, Amaro Freitas, Letieres Leite e Tiganá Santana. O espetáculo começa pontualmente às 20h e os ingressos podem ser comprados neste link.
O banco dono do melhor festival de São Paulo desse ano até agora já mandou avisar que a edição de 2024 tá com data marcada. A primeira edição do C6Fest esmerilhou bonito ao trazer atrações tão diversas quanto Weyes Blood, Kraftwerk, Jon Batiste, Samara Joy e Tim Bernardes cantando Gal (mas pecou por separar públicos e palcos uns dos outros com ingressos carésimos) acontecerá nos dias 18 e 19 de maio do ano que vem, marcando uma redução de um dia em relação à versão deste ano. O anúncio também não menciona se haverá edição no Rio de Janeiro, já que o famigerado “save the date” (quando vamos voltar a falar português?) só mencionava São Paulo, mas também não sabemos se seguirá no Ibirapuera. Não há nenhuma especulação sobre atrações, mas entre os nomes que acho que tem a ver com o festival que queria que viessem para cá cogito Kali Uchis, Blur (só pra dar uma cutucada no Primavera haha), Neil Young, Boygenius (nem curto, mas o show deve ser massa) e Aphex Twin (com Arca, de repente?).
Se na penúltima apresentação de sua temporada Águas Turvas no Centro da Terra Dinho Almeida reuniu sua família de escolha, juntando amigos/vizinhos para uma jam onírica em torno de seu novo repertório, nesta última segunda-feira de setembro ele embarcou em uma viagem ainda mais cossangüínea ao convidar sua irmã Flávia Carolina para entoar suas canções. E não só as de Dinho, mas também as dela e inclusive uma do pai dos dois, finalizando a temporada no mesmo tom terapêutico esteve presente nessas noites. A entrega superou as expectativas: as vozes dos irmãos têm um encaixe perfeito, mesmo com timbres parecidos, e o ritmo de Flávia, que por vezes alternava instrumentos de percussão, explicava a mão direita de Dinho na guitarra, tornando riffs e acordes quase sempre pulsantes. Uma noite linda de uma temporada transformadora. Voa, Dinho!
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