Impressão digital #0033: Charlie Chaplin e o celular em 1928
E eis minha coluna de domingo passado no Caderno 2.
Um celular em 1928?
A viajante do tempo de Chaplin
A cena é muito rápida, não dura nem cinco segundos. Mas em um determinado momento do filme O Circo, que Charles Chaplin filmou em 1928, uma mulher aparece passeando na rua. Uma de suas mãos está próxima de sua orelha. E ela vem falando, aparentemente sozinha. Foi o suficiente para que o cineasta irlandês George Clarke ficasse intrigado. Ele assistiu à cena por outras tantas vezes, até chegar à estapafúrdia conclusão de que a senhora estaria falando num telefone celular! Em 1928!
Não bastasse ter chegado a essa conclusão nonsense, Clarke decidiu tentar buscar uma explicação para como, nos anos 20, uma pessoa estaria usando um aparelho que levaria mais de cinco décadas para ser criado. A explicação lógica – e ainda mais absurda – a que ele chegou merece até dois pontos para ser anunciada: ela teria vindo do futuro!
Foi o suficiente para que ele lançasse sua louca teoria no YouTube, com imagens do filme original, e passasse dos quatro milhões de visitas em seu vídeo. A história remetia a outro caso pitoresco quando, entre 2000 e 2001, um suposto viajante do tempo chamado John Titor, vindo do ano 2036, começou a deixar mensagens em fóruns online anunciando as coisas que ainda estavam por vir.
Mas como a história de Titor, o celular de Chaplin provou ser só uma piada de mau gosto. E o blog Live Science atestou que a senhora “do futuro” estava apenas usando um dispositivo para facilitar a audição… Cada uma…
Pela internet
Amy Winehouse dá sinais de vida
O próximo disco de Amy Winehouse vem sendo aguardado há mais de três anos, quando a Keith Richards de saias emplacou seu hit “Rehab” no mundo inteiro. Desde então, ela não gravou mais nada e sua vida pessoal escorreu ladeira abaixo, em brigas e excessos em geral. Mas eis que nesta semana uma nova música de Amy apareceu online. A música, na verdade, não é propriamente nova, afinal “It’s My Party” é cover de um clássico soul dos anos 60, gravado por Leslie Gore. Mas foi colocado na rede pelo antigo produtor de Amy, Mark Ronson, que gravou com a cantora três faixas para um disco-tributo ao maestro Quincy Jones, que ainda será lançado. Não é material do disco novo dela (ainda sendo gravado, vai saber em que estágio) e o vocal não é lá grandes coisas, mas pelo menos, uma novidade: ela está viva e cantando!
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