Hoje no Prata da Casa: Maíra Freitas

, por Alexandre Matias

Quem encerra a programação do Prata da Casa de julho é a Maíra Freitas, pianista de primeira, que fica entre a música instrumental, o jazz, a bossa nova e o samba. O show começa às 21h, no Sesc Pompéia, e os ingressos começam a ser distribuídos uma hora antes. Abaixo, o texto que escrevi para o show dela.

O samba sempre esteve associado a instrumentos de corda (como violão ou cavaquinho) e percussão, mas o piano nunca foi um parente distante – afinal ele é, essencialmente um instrumento de cordas e de percussão e foi através dele – e do violão de João Gilberto – que o gênero transmutou-se na bossa nova. Maíra Freitas, pianista de formação clássica, lembra desta conexão ao dividir o holofote entre seu instrumento e sua bela voz, que apesar de nos remeter para as praias cariocas dos anos 60, também nos envia tanto para o samba de roda quanto para os antigos sambas-enredos, influências que vieram do berço, uma vez que seu pai, Martinho da Vila, revolucionou ambas searas. Sua abordagem, no entanto, é quase de câmara, como pede sua formação original. Mas isso não deixa o calor do gênero de fora, nem o suíngue macio que escorre entre seus dedos, pelas canções.

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