Demoramos quase um mês, mas eis o primeiro e único Vinteonze de março, uma vez que o mês que se encerra foi de muito trabalho na paralela e pouca gravação. Vamos tentar reverter esse quadro e a existência desse terceiro episódio do ano é a prova de tal intuito. No papo de hoje, Woody Allen, Reinaldo Morais, o século 20 dos irmãos Coen, quem é esse tal de Criolo, Rebecca Black, Hitchcock, Verocai, Jorge Luis Borges e Braulio Tavares, teclados QWERTY, a existência da alma, o filme novo do Tarantino, V de Vingança, e mais detalhes sobre a festa de Quinze Anos do Trabalho Sujo, que traz o primeiro Baile Veneno de 2011. Na trilha sonora, Good Vibes do Gary Bird e o primeiro disco da Gang 90.
Ronaldo Evangelista & Alexandre Matias – “Vinteonze #0003“ (MP3) (link alternativo pro MP3)
Veja em tela cheia.
E me lembrem de falar do Hitchcock outro dia, tou com uma história massa pra contar.
Desta vez, à brasileira:
Pedro Vidotto é brasiliense e criou um monte de outros posters do tipo – todos em seu site.
Se você gostou desses, sugiro também o espanhol Hexagonall, o americano Brandon Schaefer, o Supertrunfo de fontes do Face 37, os livros-game de Olly Moss, os filmes de papel do Spacesick, os pôsteres do polonês Grzegorz Domaradzkis, o Tarantino do canadense Ibraheem Youssef, a filosofia pop do Mico Toledo e os super-heróis pulp de Steve Finch.
A tradição de Michael Scott começou com ninguém menos que Alfred Hitchcock (na verdade, ele diz “as the girl said”). Vi no Office Tally.
O designer Brandon Schaefer segue uma linha parecida com a do minimalista espanhol Hexagonall – e ambos pertencem a uma cena global de remixadores visuais do inconsciente coletivo que, através do design, relêem o século 20 e o começo deste 21 com perspectivas bem além dos clichês que os cercam. Nessa mesma linha, vale conferir o Supertrunfo de fontes do Face 37, os livros-game de Olly Moss, os filmes de papel do Spacesick, os pôsteres do polonês Grzegorz Domaradzkis, o Tarantino do canadense Ibraheem Youssef, a filosofia pop do Mico Toledo e os super-heróis pulp de Steve Finch. E estes são apenas alguns dos que republiquei por aqui. Há muito mais.
Curtiu o trabalho do cara com os pôsteres do Tim Burton? O espanhol Hexagonall também fez umas versões minimalistas para clássicos – velhos e novos – do cinema. Separei uns aqui:
Outra criação do espanhol, desta vez em vídeo.
A primeira chama-se Psychosith, a segunda Force by Forcewest.
Já falei da seqüência psicodélica de sonho em Um Corpo Que Cai, mas o que dizer deste encontro entre Hitchcock e Salvador Dali em Quando Fala o Coração (Spellbound)? Incrível.
E por falar em plano-seqüência, separei alguns clássicos pra matar o tempo. Começando pelo principal deles, o ousado início de A Marca da Maldade, de Orson Welles. Se ele inventou o cinema em Cidadão Kane, com esse filme ele inventou o cinema B:
Tem vários outros aí embaixo:
E, ali, no meio de Um Corpo que Cai, um mestre deixa-se alucinar pelo sonho:
1967 ainda estava bem longe (o filme é de 1958), mas o dia da bicicleta aconteceu dia 19 de abril de 1943 e o Portas da Percepção é de 1954. Fora Freud. Kibei do Rafa.