Giancarlo Rufatto: Grandes Clichês, Grandes Hipérboles

O primeiro nome a subir no palco do Centro da Terra neste mês de setembro é outra dívida pendente desde 2020. Convidei o paranaense Giancarlo Rufatto para voltar a fazer shows no início daquele ano, quando ele ainda estava cogitando a possibilidade de voltar com uma banda, voltando a ensaiar coletivamente o que poderia ser o início de um novo disco. Aí aconteceu o que aconteceu e, recluso como todos naquele meio de semestre bizarro e ele começou a lançar suas Canções de Distanciamento Social, que o fizeram retomar os trabalhos artísticos de forma solitária. E é assim que ele finalmente chega ao palco do teatro, sozinho com sua guitarra, com apenas uma participação de um músico convidado em algumas músicas, mostrando seus Grandes Clichês, Grandes Hipérboles neste segunda-feira, a partir das 20h. Os ingressos para a apresentação podem ser adquiridos antecipadamente neste link.

Centro da Terra: Setembro de 2022

Entrou setembro e a programação deste mês no Centro da Terra vai para todos os lados que você possa imaginar. Começamos segunda que vem, dia 5, com a volta do paranaense Giancarlo Ruffato aos palcos depois de dois anos e meio de pandemia, seguido da dupla Luiz Thunderbird e Lucinha Turnbull, na véspera do feriado, dia 6. Na outra segunda, dia 12, começo a primeira temporada feita em parceria com um selo, no caso o paulistano Matraca Records. Tempo Presente reúne quatro novos artistas que o selo lançou neste 2022, cada um em uma segunda-feira. A primeira, dia 12, fica a cargo do guitarrista baiano Uiu Lopes, que mostra músicas de seu primeiro disco solo, que ainda sairá este ano. O mesmo acontece com o grupo paulistano Pelados, que, no dia 19, mostra músicas de seu próximo disco, reinventando o indie rock brasileiro. Depois, dia 26, vem Pedro Bienemann, que mostra as canções de seu EP Vulgo, finalizando a temporada no dia 3 de outubro, com um show da banda Lau e Eu. Na segunda terça-feira do mês, dia 13, é a vez de Bruno Schiavo desconstruir seu disco A Vida Só Começou, lançado em 2020, apresentando um espetáculo audiovisual ao redor do conceito do disco. No dia 20, a paulistana Ina começa a mostrar seu primeiro disco solo, Chão, que será lançado em breve. E, finalmente, dia 27, na última terça-feira do mês, Marina Marchi mostra suas composições solo e versões para outros artistas à frente de seu quarteto. Os ingressos já estão à venda e podem ser comprados neste link.

Vida Fodona #744: Primavera inconstante

Muitas emoções, vamos lá…

Ouça aqui.  

Polimatias: Chega mais, Giancarlo Rufatto

A novidade de 2021 do Polimatias é que teremos convidados de vez em quando – e começamos o ano com a presença deste compadre que já foi citado algumas vezes no programa. Eu e Polly Sjobon temos a satisfação de receber o querido Giancarlo Rufatto e juntos dissecamos 2020 à luz da cultura – filmes, séries e discos (inclusive os do Gian) que foram lançados neste período, conjecturando também sobre como esta época vai ser lembrada no futuro no que diz respeito às artes.

Assista aqui:  

Os 75 melhores discos de 2020: 71) Giancarlo Rufatto – Canções do Distanciamento Social

“Às vezes ignoro o mundo, a crise, o clima – eu troco tudo por só mais uma canção”

Enfim o terceiro volume

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Depois de lançar os dois primeiros volumes de suas Canções do Distanciamento Social nos dois primeiros meses da quarentena, o bardo indie paranaense Giancarlo Ruffato retoma sua produção depois de um semestre sem novidades – e inverte a proporção no novo capítulo: em vez de duas versões alheias e uma faixa própria, preferiu mostrar duas autorais – a desesperançosa “Vivendo dentro dos seus próprios sapatos” e a irônica “Pense Positivo” – e regravar uma canção alheia, o hino caipira “Chico Mineiro” que, como explica no texto de apresentação do novo disco, foi a primeira música que aprendeu a tocar no violão e que “era a música que meu avô pedia pra que eu tocasse quando era adolescente”. O novo volume também é o fim de uma trilogia que Giancarlo só percebeu depois de finalizar o novo disco.

A intensa quarentena da música brasileira em 2020

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O Sesc Pinheiros está começando um projeto chamado Radar Sonoro, que irá registrar a movimentação da música brasileira durante a quarentena de 2020. O projeto trará textos e vídeos que dissecam como anda nossa produção nesta época tão estranha e para inaugurar a série, me chamaram para escrever um panorama de como foram estes primeiros quatro meses de clausura e como artistas de diferentes cidades e gêneros musicais estão conseguindo trabalhar neste período. Escrevi sobre esta intensa quarentena e pincei vinte artistas que lançaram seus trabalhos desde que entramos neste estado de suspensão. Confere lá no site do Sesc. E na sexta, às 11 da manhã, entrevisto o Felipe S., do Mombojó, sobre seu disco Deságua, cujos planos de lançamento tiveram que ser redesenhados por conta da pandemia.

Mais canções de distanciamento social

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Giancarlo Ruffato segue sua série de EPs gravada durante a quarentena lançando o segundo volume de suas Canções de Distanciamento Social. Desta vez, além da inédia “Hey, Este é o Meu Jeito de Suportar os Nossos Dias”, ele faz versões para Cascavellettes (“Lobo da Estepe”) e Roxette (“It Must Have Been Love”).

Um longo outono

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O bardo paranaense Giancarlo Rufatto estava preparando a retomada de sua carreira quando, como todos nós, foi surpreendido pera quarentena e obrigado a manter-se isolado do convívio social. “Não estava planejado gravar nada em 2020”, ele me explica por email como começou a pensar em Canções do Distanciamento Social – Vol.1, que lança nesta sexta. “Eu havia começado ensaiar com a uma pequena banda para shows e era isso que eu queria fazer, mas a pandemia mudou os planos de todo mundo. A canção original do disco “Não Pretendo Me Embrutecer” surgiu no começo do ano e ela dizia muito sobre esse desejo de não querer ficar isolado e não se transformar em uma ilha de solidão, então achei que era uma boa grava-la. E a sonoridade minimalista do EP tem a ver com o que eu quero fazer ao vivo um dia.”

Ele conta como o disco começou a materializar-se. “Tudo mudou e com esse período de quarentena, trabalhando de casa, precisei criar um cronograma pra manter atividades mentais em dia, tipo exercício físico mesmo. E brincando de publicar versões no Instagram as canções vieram, foram me divertindo e desviando a solidão. Curto discos de volumes, mas ideia de ter volumes na atual conjuntura é um tanto distópica, parte do pressuposto que o distanciamento social veio pra ficar infelizmente e a produção online nos manterá ativos. Curiosamente nunca estivemos tão ativo como nas ultimas semanas, é um distanciamento físico e não social.” Ele não queria fazer vários volumes, mas pelo visto prepara-se para isso. “Gostaria que não tivesse volume 2, mas parece que teremos volume 2, 3… um pra cada mês. Se nada mudar no final de abril deve sair o volume 2.”

Além da nova canção, ele também fez versões introspectivas para os hits “The Whole of the Moon” dos Waterboys e “Ando Meio Desligado” dos Mutantes. “As versões saíram de um destes exercícios de imaginar um outro universo em que essa canções possam existir e que sejam pontos fora da curva do que as pessoas estão acostumadas a ouvir nelas. No caso de “Ando Meio Desligado” acabou se surgindo uma canção sobre isolamento e tesão reprimido, tipo Bruce Springsteen em “I’m on Fire”. “Whole of the Moon” é uma das minhas canções favoritas de todos os tempos, simplesmente amo a frase ‘I wondered, I guessed and I tried. You just knew’, fiz basicamente pra cantar essa parte.”

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Vida Fodona #595: Esse frio não dá

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Mesmo assim sigo firme.

Talking Heads – “The Overload”
Doors – “Cars Hiss By My Window”
Nina Becker – “Toc Toc”
Garotas Suecas – “Bucolismo”
Letuce – “Quero Trabalhar com Vidro”
Giancarlo Ruffato – “Alfredo”
Boogarins – “Despreocupar”
Cornelius – “Smoke”
Nicolas Jaar – “Keep Me There”
Music Go Music – “Warm in the Shadows”
Paulinho da Viola – “Roendo As Unhas (Victor Hugo Mafra Redit)
Cesar Camargo Mariano + Nelson Ayres – “Os Breakers”
TLC – “Waterfalls”