Rebecca Black x Beatles

Você acha que é fácil separar um do outro? Entra nesse site Friday in the Life e veja se você acerta tudo… Dica do Fred.

As baladas dos Paralamas

Herbert Vianna talvez seja um dos maiores chorões do pop brasileiro, fossa e dor de cotovelo é com ele mesmo – e essa coletânea organizada pelo Fred, Paraladas, vem justamente salientar esse traço triste bem distante dos momentos mais eufóricos que caracterizam sua banda. Classe.

Quem precisa de Maria Bethânia?

Quando temos Fred Leal não para resgatar a poesia em língua portuguesa no passado, mas para apontar o futuro desta mesma poesia – a um real por dia. Conheçam 365 Poemas a Um Real.

Tumblr do dia: The Lisa Simpson Book Club

Como não amar a Lisa? A dica é do Fred.

Bacon do Brasil

Em seu novo blog, Fred dá uma dica para melhorar a moral dos bancos junto à população.

Contagem regressiva pro outono

Mas se você odeia o calor siga o tumblr novo do Fred, que, inspirado numa piada que eu fiz em cima do já clássico tumblr do Mutlei, criou sua contagem regressiva para o outono

Paul McCartney 2010

Fred já havia me mostrado esse vídeo há um tempinho, mas o Bruno postou na semana passada e eu lembrei que não havia colado aqui. Agora sim – e a coincidência não-coincidente: com o Fred vi os shows em Buenos Aires e com o Bruno o primeiro daqui de São Paulo.

John Lennon 2010

E num misto de pilha pós-show do Paul e luto dos 30 anos sem John, Fred sugeriu uma turnê solo de John Lennon caso ele estivesse vivo hoje e pensou em como seria o repertório de DUAS noites de show do John em 2010, vê lá.

With a little help from my friends

A minha passagem por Buenos Aires na semana passada contou com as digníssimas presenças de três entidades do meu panteão pessoal: Carbone, que editava o há muito inativo e-zine Ruídos na virada do milênio, e os dois patrões da Fubap, Fred e Rafa, estes dois finalizando um tour porteña que já batia os dez dias. Carbone teve que partir antes do segundo show, por isso não pode nos acompanhar no almoço da quinta-feira passada em Puerto Madero, devidamente registrado no vídeo acima pelo Rafa.

Apples in Stereo – e só

Texto que escrevi pro blog do Estadão sobre o SWU falando dúnico show que vi no festival até agora.

Foi com dor no coração que eu disse não ao Rage Against the Machine. Não tanta dor assim, metade é floreio textual. Mas quando vi as condições a que o SWU submeteu seu público, assim que cheguei na Fazenda Maeda para assistir apenas aos Apples in Stereo, fiquei feliz em ter escolhido não ficar até o fim do primeiro dia do festival. E nem precisei ficar sabendo dos relatos deprimentes de horas de tortura em trânsito para sair do festival (#radioheadfeelings) como sentir o frio na pele para identificar o tamanho da roubada. Apenas vi a minúscula estradinha de terra que o evento colocou para escoar todos os sabe-se lá quantos mil carros que os diferentes estacionamentos iriam escoar. Não havia anoitecido ainda, mas já dava para antever o mar de luzes traseiras vermelhas à frente do pobre motorista, cercado por outros em idêntica situação – vendo o êxtase de ver sua banda favorita ao vivo transformar-se numa raiva incontrolável contra o amadorismo semiprofissional da indústria de entretenimento brasileira.

Por isso, disse não ao Rage. Led Zeppelin de minha adolescência, havia jurado para mim que ainda os veria em vida, dane-se se voltassem só pela grana (e como se tocar música não fosse o trabalho dos caras). Mas como promessas para si mesmo são as mais tranquilas de serem abortadas, deixei para lá. Mas o fator determinante que me fez ir ao SWU em seu primeiro dia foi uma bandinha minúscula dos Estados Unidos, que, com quase vinte anos de carreira, é uma pequena nota de rodapé na história da música pop, mas que também é quase um capítulo inteiro em uma das minhas partes favoritas da história do rock: a psicodelia. O Apples in Stereo faz parte do mesmo coletivo Elephant 6 que deu ao mundo o Olivia Tremor Control, o Neutral Milk Hotel e o Elf Power, bandas que, do fim dos anos 90 até hoje, ajudam a manter acesa a chama da lisergia entre os nomes no rock independente do século 21. E era a principal atração – a única internacional – de um dos palcos do festival.

Liderada por Robert Schneider (que foi entrevistado pelo Fred Leal no C2 Música deste sábado e no Link desta segunda), a banda vem abandonando o lado barroco lo-fi de seus primeiros discos nos últimos anos, dando mais ênfase à faceta pop e objetiva de hits fáceis de ser lembrados. Seu disco mais recente, Travellers in Space and Time, é um dos melhores álbuns de 2010, mesmo que esteja longe de ser lembrado pelas listas de melhores do ano, tanto do público quanto da crítica. Por serem comercialmente minúsculos, quase sempre não são lembrados nesta hora.

Mais um motivo para assistir aos Apples – eles disputariam público com uma das raras apresentações dos Los Hermanos e tocariam quando a dupla canadense MSTRKRFT tocasse na tenda de dance music. Dois concorrentes de peso, para tirar público da banda. O espaço dedicado aos Apples estaria, portanto, mais transitável, menos abarrotado, mais civilizado. Em condições normais, os Apples in Stereo teriam tocado em São Paulo num palco do Sesc, talvez no Espaço +Soma ou no Studio SP, o que inevitavelmente tornaria sua apresentação disputadíssima. Mas no ambiente do festival, ela tornou-se praticamente um luau para os fãs da banda.

Um show redondíssimo, de pouco mais de uma hora, em que a banda esmerilhou todo seu pop psicodélico futurista e radiante para um público pequeno, mas completamente em sintonia com a banda. Em pouco mais de uma hora, se divertindo tanto quanto o público, a banda criou uma bolha de boas vibrações que praticamente os isolou do clima de vinho barato do SWU (mesmo que a única bebida alcóolica à venda fosse cerveja). Alternando principalmente músicas dos dois últimos discos (Travelling e New Magnetic Wonder, de 2007), o show também funcionou por ter evitado o complexo de épico que reinava sobre o festival.

Terminado o Apples in Stereo, logo logo ouviria o Mars Volta funcionando como trilha sonora perfeita para ir embora. O som de pesadelo – não estou ficando velho, Mars Volta é bem ruim mesmo – funcionava como um presságio para o tumulto e o pânico que reinaram sobre a madrugada. Estava de volta à estrada antes das 22h e li, pela internet, a confusão que aconteceu durante o show do Rage Against the Machine.

A dúvida agora é saber se vale à pena chegar na fazenda de novo nesta segunda-feira a tempo de ver o Yo La Tengo e encarar Josh Rouse e Cansei de Ser Sexy antes dos Pixies (Queens of the Stone Age eu passo, muito obrigado). Mas a certeza é única – mesmo que tenha Linkin Park e Tiesto depois dos Pixies, acho válido sacrificar o bis da banda americana para não pegar o perrengue da saída. Pois, não duvide, muita gente vai ficar só até os Pixies – o suficiente para tumultuar aquela minúscula estrada de terra.