Vamos esquentar outra sexta-feira, desta vez em novo endereço: pois neste penúltimo dia de agosto faremos a primeira edição da festa Inferninho Trabalho Sujo no Cineclube Cortina. A noite conta com duas bandas que estão entre os nomes para ficar de olho da nova cena musical brasileira: o grupo paulistano Os Fonsecas, que lançou seu disco Estranho pra Vizinha há pouco tempo, e o grupo catarinense Exclusive Os Cabides, que acabou de lançar o ótimo Coisas Estranhas, que vai ser mostrado ao vivo pela primeira vez em São Paulo neste dia 30. Além das duas bandas, a noite abre com a discotecagem da Lina Andreosi para, no final da noite, eu e Francesca incendiarmos a pista como de praxe. O Cineclube Cortina fica na Rua Araújo, 62, no centro, abre a partir das 21h e os ingressos já estão à venda neste link.
Bem boa a primeira edição do Inferninho Trabalho Sujo na Porta, que aconteceu neste sábado com discotecagem minha, da Pérola, da Fran e da Lina e, claro, com o show da banda Celacanto, que está cada vez mais afiada. Com um pé no indie rock e outro no rock progressivo, a banda desbrava um território musical complexo e difícil, trabalhando com o entrelaçamento de texturas, andamentos e timbres ao mesmo tempo em que cantam sobre questões existenciais e sentimentais de nossas vidas. O vocalista Miguel Leite puxa o grupo com sua voz e guitarra, acompanhado de perto sempre do segundo guitarrista Eduardo Barquinho, do baixista Matheus Arruda e o baterista Giovanni Lenti, que singram por melodias tortuosas e arranjos intricados enquanto tem a atenção completa do público que compareceu à Porta. Foi demais!
A primeira atração do Inferninho Trabalho Sujo em seu segundo ano é o grupo de indie-prog Celacanto, que apresenta-se neste sábado, 17, na festa que agora também acontece na na Porta (Rua Fidalga, 648. Vila Madalena). A casa abre às 18h e fica aberta até a meia-noite e antes e depois do show discoteco com as lindas Pérola Mathias, Francesca Ribeiro e Linda Andreosi. Os ingressos para entrar custam R$ 25. Vamos?
Só quem foi sabe. Os Boogarins levaram o público que lotou o Picles no aniversário de primeiro ano do Inferninho Trabalho Sujo para lugares distantes dentro de si mesmo ao improvisar por quase duas horas em mais uma Sessão de Cura e Libertação – estava lembrando com eles, após a sessão, que a última que eles fizeram com público presente foi quando os chamei para tocar no Centro Cultural São Paulo quando fazia curadoria de lá. De alguma forma, portanto, o quarteto goiano estancou o pesadelo que atravessamos nos últimos anos, com Dinho soltando na voz os demônios em nome de todos os presentes, Benke derretendo-se nas paredes enquanto sua guitarra rasgava o ambiente, Fefel entre o baixo e o synth criando linhas melódicas que funcionavam como bases para o metrônomo preciso – e free – do baterista Ynaiã Benthroldo. Uma noite épica que continuou comigo e a Fran naquela pistinha que todos conhecemos bem. E em breve teremos grandes novidades sobre o Inferninho…
Agora já pode contar: vamos comemorar um ano de Inferninho Trabalho Sujo em grande estilo na semana que vem, trazendo ninguém menos que os grandes Boogarins, que armam mais um ritual de cura e libertação na próxima quinta, dia 25, no palco da noite que incinera corações e quadris com a fina flor da melhor música produzida no Brasil hoje, epicentro do caos em Pinheiros que também está fazendo aniversário — seis anos de Picles! E depois dos goianos, eu e Fran assumimos mais uma vez a madrugada, desfilando hits e fazendo todo mundo dançar. Os ingressos já estão à venda! Viva o Inferninho Trabalho Sujo e viva o Picles — e essa é só a primeira novidade deste primeiro aniversário. Outras virão! Queima!
Começamos as comemorações de um ano de Inferninho Trabalho Sujo nesta sexta-feira ao reunir duas jovens deusas do rock que estão começando a mostrar seus trabalhos e colocar as garras de fora. A carioca Janine apresentou-se pela primeira vez fora de sua cidade com um convidado na segunda guitarra Marco Antônio Benvegnú, o homem por trás do codinome Irmão Victor, e mostrou que sensibilidade e peso podem caminhar lado a lado e mesmo que sua aparência frágil parecesse indicar ao contrário. Além de Marco, ela contava com sua banda habitual (Bauer Marín no baixo e Arthur Xavier na bateria) e alternava seus vocais entre um microfone e um gancho de telefone, que distorcia sua voz, fazendo uma apresentação concisa e na mosca.
Depois de Janine foi a vez de Luiza Pereira (ex-vocalista da banda Inky) mostrar toda a força de seu novo projeto solo, Madre. Formando um trio ao lado da baixista Theo Charbel e do baterista Gentil Nascimento, ela aumentou consideravelmente o volume e transformou seu trio em uma usina noise que ia pro extremo oposto da leveza de sua voz, rugindo eletricidade como se sempre tivesse feito isso da vida. E só quando passou da meia-noite – e quando comecei mais uma pista daquelas com a comadre Francesca Ribeiro – que alguém veio me cumprimentar pela escolha de duas bandas pouco convencionais para comemorar o dia do rock – e eu nem me lembrava que tinha isso! Mas quando o assunto é comemoração, aguarde que a próxima edição do Inferninho, dia 25, será épica e histórica! Aguarde e confie.
O primeiro Inferninho Trabalho Sujo do semestre também marca o início das comemorações de um ano da festa no Picles! E nessa sexta-feira, 12 de julho, tenho o prazer de receber duas deusas do rock em um encontro que promete: primeiro, direto do Rio de Janeiro, temos a elétrica Janine e, daqui de São Paulo, a intensa Madre, que farão duas apresentações irmãs e intensas, acendendo o fogo que vai queimar a noite toda. E depois das apresentações ao vivo, eu e Fran mais uma vez tomamos conta da pista incendiando a noite com hits que não deixam ninguém parado! O Picles fica no número 1838 da Cardeal Arcoverde, no coração de Pinheiros, os shows começam a partir das 22h e a noite vai até alta madrugada! Queima!
Uma sexta em plena quinta-feira! Essa foi a vibe do último Inferninho Trabalho Sujo do semestre, que contou com duas atrações musicais desnorteantes, cada uma à sua maneira. A noite começou com o quarteto indie-prog-jazz Cianoceronte, ainda mais azeitados do que da última vez que os vi ao vivo, justamente quando estrearam o novo baterista Demian Verano. Com o novo integrante completamente sincronizado com os outros três (a tecladista e vocalista Eduarda Abreu, o baixista Victor Alves e o guitarrista Bruno Giovanolli), a banda nem precisa trocar olhares para acompanhar as trocas de andamento e tempo que seu som quase todo instrumental propõe, numa apresentação que ainda contou com a participação do saxofonista Gabriel Gadelha. Showzão.
Depois foi a vez da dupla Desi & Dino fazer sua estreia oficial, segundo os próprios. Juntos, Desirée Marantes e Dinho Almeida reuniram eletrônicos e pedais para, cada um com seu instrumento, puxar vibes espaciais e oníricas: Dinho com a guitarra cheio de efeitos e o vocal completamente à solta e Desi com seu violino hipnótico, empilhando camadas de drone com melodias improvisadas. Os dois colocaram a plateia do Picles – que, mais uma vez, reunia boa parte da cena independente cheia de curiosidade – em um transe bem específico, por poucos minutos que abriam portais nas cabeças dos presentes. Puro delírio. Depois pude receber de volta a querida Francesca de volta à nossa pistinha e foi uma noite daquelas, quem foi sabe. E te prepara porque o julho do Inferninho Trabalho Sujo, comemorando um ano na ativa, vai pegar fogo! Aguarde e confie.
O último Inferninho Trabalho Sujo do mês de junho acontece excepcionalmente numa quinta-feira, mas com o mesmo fogo da sexta. A noite começa temperada pela psicodelia indie-prog do grupo Cianoceronte, que mistura rock clássico com música brasileira e está produzindo seu primeiro álbum. Depois deles é a vez da dupla Desi & Dino, formada pela violinista e produtora gaúcha Desirée Marantes ao lado de seu compadre goiano Dinho Almeida, dos Boogarins, que conduz a noite numa viagem daquelas. Depois recebo de volta a querida Francesca Ribeiro, que nos presenteia com o calor de quem acabou de voltar de sua primeira turnê internacional para inflamar ainda mais as temperaturas madrugada adentro. Quem conhece sabe… O Picles fica no número 1838 da Cardeal Arcoverde e a primeira banda entra às dez da noite, por isso chega cedo pra sentir todo o calor dessa noite junina…
Ava Rocha incendiou o Inferninho Trabalho Sujo nessa sexta-feira ao subir sozinha no palco do Picles em quase duas horas de apresentação. Ela começou só com a voz, puxando pessoas para o palco para participar de seu ritual enquanto emulava percussão e pedia palmas do público e logo foi cercada por outras pessoas – amigos, conhecidos ou não – que transformaram a apresentação solitária numa celebração coletiva, que por vezes virava puro delírio (como quando o baixista Klaus Sena subiu na batera e puxou “Joana Dark”) por outras tornava-se introspecção pura (como quando ela pegou a guitarra e fez todos cantarem seus hits como “Você Não Vai Passar” e “Transeunte Coração”). Perto do fim, ela chamou seu tecladista Vini Furquim para passar algumas músicas de seu disco mais recente Néktar, fechando uma noite histórica. E depois eu e Fran encerramos o inferno astral desta última com a discotecagem mais bizarra que fizemos nos últimos tempos. Tudo estranho, mas deu tudo certo.