Abrindo a Boca

Um imprevisto me fez perder o primeiro show do Inferninho Trabalho Sujo desta quinta-feira (désolé Laure), mas cheguei a tempo de ver a forte presença da novíssima banda Boca de Leoa, que conheci no meio do ano. O entrosamento entre as três instrumentistas – Nina na guitarra, Duda no baixo e Bee na bateria – faz a base perfeita para que a outra Duda, a vocalista, dominass o público com seu carisma , que lotou o Picles, para cantar juntos músicas que ainda nem foram gravadas. Uma apresentação forte de uma banda promissora, que deixa de engatinhar para dar seus primeiros passos – e já avisaram que o primeiro disco está vindo. Depois, eu e a Fran seguramos a pista até o final da noite, quente como nunca!

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Inferninho Trabalho Sujo apresenta Laure Briard e Boca de Leoa

Tá achando que tá quente? Nesta quinta-feira as coisas ficam ainda mais calorosas com a segunda edição do Inferninho Trabalho Sujo no mês de aniversário do Trabalho Sujo, quando recebemos duas atrações de peso no Picles: a noite começa com a francesa Laure Briard, que está em turnê pelo Brasil e desembarca nesta quinta em São Paulo, e segue com a banda de MPB-indie (ou seria indie-MPB) das minas do Boca de Leoa. A noite começa ás oito e até às nove ninguém paga pra entrar – e depois dos shows, eu e a Fran atiçamos o público enfileirando hits de diferentes épocas e gêneros com a única premissa: botar todo mundo pra dançar. O Picles fica no coração daquele canteiro de obras chamado Pinheiros, no número 1838 da Rua Cardeal Arcoverde. Vamos?

Sessão atordoo

O Inferninho dessa quinta-feira foi uma sessão atordoo vindo de dois lugares extremos do ruído. A noite começou com o show inacreditável do Monch Monch, overdose de barulho elétrico concentrado e atirado em cima da plateia num ventilador de sujeira, caos cavalgado pelo carisma irrefreável do mentor da bagaça, Lucas Monch, despedindo-se do Brasil antes de embarcar numa temporada sem passagem de volta pra Portugal – e de lá vai saber pra onde. Depois veio a versão quarteto do Test – o QuarTest – e se Barata e João sozinhos já cimentavam uma parede de som extremo apenas com guitarra, vocal e batera ouvido adentro, juntos do Berna no baixo e do Sarine na percussão criavam duas novas camadas de densidade pra apresentação, cada um deles frequência sonora distinta. Depois e eu Fran seguimos na pista, abrindo os trabalhos com a nova dos Beatles e emendando Gilberto Gil com Dua Lipa e terminando a noite só no forró (é, pois é…).

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Inferninho Trabalho Sujo apresenta Test e Monch Monch

E vamos ao primeiro Inferninho Trabalho Sujo deste novembro de aniversário dos 28 anos do Trabalho Sujo (serão três, vai anotando) quando reúno duas atrações incendiárias. A primeira é o último show da Monch Monch, liderada pelo geniozinho Lucas Monch, que vai sair do Brasil ainda este mês sem previsão de retorno breve. Depois vem o Test, a banda mais barulhenta do Brasil, em sua versão quarteto, com Berna no baixo e Mariano na percussão. E há a possibilidade de encontro de forças antes do fim da apresentação das duas bandas. Depois dessa colisão é a vez de retomar a pistinha com a comadre Francesca Ribeiro e vocês sabem o que acontece quando ocorre essa conjunção, né? O Inferninho acontece quinta sim quinta não no melhor buraco de São Paulo, nosso querido Picles, ali no coração moribundo do canteiro de obras chamado Pinheiros, no número 1838 da rua Cardeal Arcoverde. Vem com a gente!

Inferninho Trabalho Sujo apresenta Yma

E a felicidade de ter ninguém menos que Yma como atração da edição desta semana do Inferninho Trabalho Sujo? Um dos grandes nomes da cena independente paulistana, a cantora e compositora está aos poucos burilando o que deverá ser seu segundo disco solo, mas mostra músicas do excelente Par de Olhos e outras novidades nesta noite de quinta-feira, que tem entrada livre até às 21h. O show deve começar pelas 22h e logo após a apresentação da Yma eu e a Fran atacamos uma saraivada de hits para não deixar ninguém parado! O Picles fica no número 1838 da Cardeal Arcoverde, na meiota de Pinheiros, e a noite vai longe… Vamos?

Do nada, um saxofonista

Tem coisas que só no Inferninho Trabalho Sujo… No meio do showzaço que a Grand Bazaar fez nessa sexta-feira do Picles, alguém da plateia chega nos saxofonistas João Barisbe e Fernando Sagawa. Conversa vai, conversa vem, o sujeito parece se entender com os dois e sai da frente do palco. Logo depois surge com um case, puxa um sax de dentro e rasga um solo no meio da folia balcânica do sexteto, que dominava a plateia sem a menor dificuldade, fazendo todo mundo agachar e pular, terminando a apresentação botando o público do Picles numa roda que tomava conta de todo o lugar. Depois da banda, eu e a Fran botamos a casa abaixo, como de praxe (ainda mais quando a festa cai na sexta, afff). E fica aqui o registro das ideias que brotaram no camarim: o show Grand Bazaar toca Skank (me chama que eu dirijo hahahah) e o bloco carnavalesco Grand Blooco. Pra ninguém dizer que esqueceu, hein.

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Inferninho Trabalho Sujo apresenta Grand Bazaar

Enquanto o tempo não se decide entre chuva, calorão ou frio, uma coisa a gente garante: a temperatura no Inferninho Trabalho Sujo é sempre quente! E em mais uma edição na sexta-feira, eu e Francesca Ribeiro estamos dispostos a fazer todo mundo se acabar de dançar ao chamado da renascença beyonceística, desbravando todas as fronteiras musicais que façam as pessoas sair do chão. Mas antes disso temos o prazer de começar a noite com o galope desenfreado do Grand Bazaar, hidra de multicabeças que também não deixa ninguém parado, seja canalizando energias dançantes do leste europeu ou do bom e velho rock’n’roll. E você já sabe: chegando antes das 21h não paga para entrar! O Picles fica no número 1838 da Cardeal Arcoverde, ali no coração de Pinheiros, e a noite sempre vai atéééé altas. Vamos?

Bruxaria noise

Mais um Inferninho Trabalho Sujo que deixou o Picles intenso, dessa vez com jorros de energia elétrica capturados por duas bandas que mal têm registros fonográficos e puxadas por vocalistas endiabradas. A noite começou com a força do Fernê, grupo que conta com dois Pelados (o baterista Theo Cecato e a vocalista Manu Julian) e um Chico Bernardes em sua formação, cada um deles mostrando facetas musicais bem diferentes das que são mais conhecidas. A banda é completa com a guitarra noise de Max Huszar e o baixo de Tom Caffé, passeou por músicas próprias e versões personalíssimas para “Terra” (Caetano Veloso) e “Hunter” (Björk) e é impressionante como Manu torna-se outra vocalista com essa formação, completamente entregue ao palco e deixando sua voz voar solta. Logo depois foi a vez do quinteto Madrugada solapar o público com sua parede de krautrock improvisado, com os irmãos Dardenne (Yann na bateria e Otto no baixo), puxando bases hipnóticas e pesadas desta vez acompanhadas de um novo integrante, o percussionista Thalin, que também toca na Dupla 02, nos Fonsecas e no Eiras e Beiras, e deu um tempero especial ao molho dos irmãos. À frente, dois dos donos do Porta (o guitarrista Raphael Carapia e a tecladista e vocalista Paula Rebellato) soltam os cachorros do barulho em cima do público, Paula especialmente catártica, conduzindo a pequena massa com seus gritos dilacerantes, efeitos sonoros entre o terror e o pesadelo e o carisma enfeitiçado de sempre. Depois desse choque de som, eu e Fran seguimos à noite quase sem fôlego, mas lá pelas duas da manhã a pista estava pegando fogo! E a próxima edição é na sexta que vem, hein!

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Inferninho Trabalho Sujo apresenta Fernê e Madrugada

Sentindo falta do Inferninho Trabalho Sujo, né? Pois não dá pra terminar esse intenso setembro sem aquecer corações e mentes mais uma vez lá no Picles, reunindo outras duas bandas que, quem conhece sabe: a primeira delas é o Fernê, que reúne Chico Bernardes, Manu Julian e Theo Cecato em uma avalanche de noise e doçura, enquanto a segunda, Madrugada, reúne os irmãos Dardenne, capos do Seloki, à Paula Rebelatto do Porta, em um transe kraut da pesada. E como de praxe, depois dessas duas surras de som alto é a vez de queimar a pista até se acabar de felicidade comigo e a Fran misturando R&B, pop brasileiro, música eletrônica, indie rock, K-pop e o que mais der na nossa telha! Lembrando que quem chegar antes das 21h não paga para entrar e que o Picles fica no número 1838 da Cardeal Arcoverde, no coração de Pinheiros. Vamos que vai ser épico!

Inferninho Trabalho Sujo apresenta Os Fadas e André Medeiros Lanches

A semana começou quente, mas depois baixou esse frio nada a ver e a gente só sabe combatê-lo de uma forma: se acabando! Então toma mais uma Inferninho Trabalho Sujo que vem em dose dupla de rock deste século. Quem começa a noite é a explosão de ruído e melodia dos paulistanos Os Fadas, que são seguidos logo depois pelo quarteto de Juiz de Fora André Medeiros Lanches, enfileirando mais doses de canções e barulho na cabeça dos presentes. E depois eu e a comadre Francesca Ribeiro derretemos a pista com aquela mistura quente de dance music, R&B, hip hop, rock e música brasileira (e uma pitada de Kpop, por que não?) que deixa a pista cheia até o fim da madrugada. O Picles fica no no número 1838 da Cardeal Arcoverde e se você chegar antes das 21h não paga para entrar. Vem!