É o Que Temos, de Bárbara Eugenia

, por Alexandre Matias

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Eu sou fã do Journal de Bad, disco de estréia da Bárbara Eugênia, mas ele é mais uma compilação de boas canções do que propriamente um álbum, pelo menos aos meus ouvidos. O mesmo não acontece com seu segundo disco, o recém-lançado É o Que Temos. Ao lado de uma banda composta pelas guitarras de Davi Bernardo e Edgard Scandurra e meio Cidadão Instigado na cozinha – Regis Damasceno no baixo e Clayton Martin na bateria -, ela expande o universo de suas canções para diferentes eras sonoras, tornando a Jovem Guarda, o country dos Stones, o Pink Floyd e o Pulp partes de um cânone improvável mas decididamente lógico, a começar pelo clima de separação e solidão que atravessa todas as faixas. É o Que Temos ainda conta com participações de gente como Guizado, Pélico, Mustache e os Apaches, Astronauta Pinguim e Tatá Aeroplano e é cheio de duetos, mas o palco é de Bárbara Eugênia, que assume diferentes personalidades sem nunca perder a própria voz. Discaço – separei a música em francês, “Jusq’à La Mort”, como aperitivo – esse conjunto composição, voz, banda e arranjo dá o tom do resto do disco.

E dá pra ouvir o disco inteiro aí embaixo. Vai fundo.

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