Leonard Cohen: Dito e lido @ Centro da Terra (2.5.2022)
Alma lavada após colocar de pé Leonard Cohen: Dito e lido, tributo ao mestre canadense que eu e Juliana Vettore concebemos para o Centro da Terra terra ao lado de um time de primeiríssima. Jeanne Callegari, Michaela Schmaedel, Bárbara Eugenia, Juliana R. José Barrickello se revezaram entre poemas, instrumentos musicais, efeitos sonoros, versos implacáveis, bilhetes tenros e refrães memoráveis numa homenagem cujo tom elegante e solene não impediu experimentações e cruzar algumas fronteiras pouco óbvias de sua vida e obra.
Aproveitando o lançamento no Brasil do livro póstumo A Chama, a querida Juliana Vettore, da Capivara Cultural, me convidou para dirigir uma apresentação em homenagem ao poeta canadense Leonard Cohen. A premissa era fazer algo que transcendesse o sarau rumo a um espetáculo que nos levasse ao encontro do velho Cohen misturando canção, poesia e ruído ao mesmo tempo em que contemplamos diferentes facetas de sua poética. Para isso, convidamos Bárbara Eugenia, Juliana R., Jeanne Callegari, Michaela Schmaedel e José Barrickelo para reverenciar vida e obra deste mestre, que nos deixou em 2016. Os ingressos para esta apresentação, que acontece no Centro da Terra, já estão esgotados.
Terça-feira é dia de atração internacional quando o Centro da Terra recebe o cantor, compositor e músico português Noiserv, que traz suas composições doces e melancólicas para o palco do teatro no Sumaré – e a apresentação No Brasil, que marca sua primeira vinda ao país, ainda terá a presença de Bárbara Eugênia, que divide uma música com ele no palco. Os ingressos podem ser comprados aqui.
Acompanhei o processo à distância, mas confesso que me assustei com a velocidade que Bárbara Eugenia colocou seu disco mais recente, Crashes n’ Crushes, no mundo, quase no susto. Mas foi um processo longo e lento que se materializou no segundo ano pandêmico, quando ela conseguiu se isolar além mar – primeiro nos Açores, com o pai, depois em Lisboa – e registrar essas canções sobre doces e duras lições aprendidas pela vida, que ela lança nessa sexta, no Sesc Vila Mariana, às 21h (ainda tem ingressos à venda aqui). Pedi para que ela me contasse como foi que esse disco, que me parece fechar um ciclo em sua discografia, deixou de ser uma ideia para existir ainda em 2021.
Foto: Ariana Lima
“A pista. É pista sempre”, responde, sem piscar, Bárbara Eugenia quando peço para que ela defina a personalidade que finalmente consagra em 2021. Djane Fonda é o pseudônimo que criou para usar em suas discotecagens e que agora transforma-se em uma persona que ela apresenta em primeira mão no Trabalho Sujo, quando mostra seu single de estreia, “Hold Me Now”, que pode ser ouvido abaixo, com toda a glória de sintetizadores marcando linhas de baixo, beats e oscilações artificiais que contrastam com o vocal sussurrado da cantora carioca. “Djane Fonda é uma parte de mim que aparece de vez em quando há anos. Ela aparece quando vou discotecar, aparece quando canto no carnaval, quando crio sons mais experimentais. Animada, curiosa, nostálgica, sem medo de ser feliz. Bem ela.”
A cantora e compositora carioca Bárbara Eugenia estava começando a fazer um disco no início da quarentena, o primeiro trabalho que assinaria sozinha como produtora, e teve que adiar seus planos para que o disco saísse de acordo com seu tempo. Nesse período, fez lives e comemorou o aniversário de dez anos de seu primeiro álbum, Journal de Bad, ao mesmo tempo em que começou a mergulhar na música eletrônica – e ela traz novidades já para o começo do ano. O papo também foi para o lado da espiritualidade, tema que ela leva consigo – e para seu trabalho – há alguns anos e que lhe ajudou a entender como tudo isso que a gente está passando é necessário para nossa evolução.
Mais uma edição ao vivo do Vida Fodona para acompanhar a apuração da eleição – mais um Festa-Solo lá no twitch.tv/trabalhosujo nesta tarde de domingo.
Kylie Minogue – “Magic”
Konk – “Your Life”
Talk Talk – “It’s My Life”
Criolo – “Bogotá”
Bixiga 70 – “Pedra de Raio”
Metá Metá – “Corpo Vão”
Letuce – “Quero Trabalhar Com Vidro”
Boogarins – “Foimal”
Rincon Sapiência – “Crime Bárbaro”
Stevie Wonder – “All Day Sucker”
Last Poets – “It’s a Trip”
Meters – “Tippi Toes”
Cymande – “Brothers On The Slide”
Curtis Mayfield – “Superfly”
Marvin Gaye – “I Heard It Through The Grapevine”
Creedence Clearwater Revival – “I Heard It Through The Grapevine”
Amy Winehouse + Paul Weller – “I Heard It Through The Grapevine”
Slits – “I Heard It Through The Grapevine”
Yoko Ono – “Walking On Thin Ice”
Waterboys – “The Whole Of The Moon”
Velvet Underground – “Foggy Notion”
Os Cascavellettes – “O Dotadão Deve Morrer”
Raul Seixas – “A Verdade Sobre A Nostalgia”
Hüsker Dü – “Pink Turns to Blue”
Sonic Youth – “Skip Tracer”
Buzzcocks – “What Do I Get?”
Sebadoh – “Pink Moon”
Pixies – “Monkey Gone To Heaven”
Neil Young & Crazy Horse – “Powderfinger”
Legião Urbana – “Heroes”
Lulina – “Birigui”
Pavement – “Gold Soundz”
Elastica – “Connection”
Olivia Tremor Control – “Hideaway”
Big Star – “Down the Stret”
Jimi Hendrix Experience – “Still Raining, Still Dreaming”
Bob Dylan – “Just Like Tom Thumb’s Blues”
Bárbara Eugenia – “Cama”
Pink Floyd – “San Tropez”
Beck – “So Long, Marianne”
Courtney Barnett & Kurt Vile – “Over Everything”
Blur – “End Of A Century”
Billie Eilish – “All The Good Girls Go To Hell”
Angel Olsen – “Too Easy”
PJ Harvey – “The Dancer”
Paulinho da Viola – “Dança da Solidão”
Beatles – “Cry Baby Cry”