Mais uma da Dua: no terceiro show que fez na Austrália na abertura da turnê de seu disco mais recente, ela puxou outra homenagem a outra artista australiana ao cantar o hino imortal das pistas “Can’t Get You Outta My Head” de sua ídola Kylie Minogue – isso depois de cantar AC/DC num show e outra da Natalie Imbruglia no seguinte.
Ops, ela fez de novo: “Toda noite, em toda cidade, cantaremos uma música de um artista local”, disse Dua Lipa em sua segunda noite em Melbourne, na Austrália, logo depois de fazer um show em que cantou “Highway to Hell”. A australiana homenageada desta quarta-feira foi Natalie Imbruglia, com seu irresistível hit “Torn”. E, como fez na musica do AC/DC, a senhorita Lipa fez bonito e mostrou que não está no lugar que está à toa. Resta saber se essa tática pode reverter o jogo de ter lançado um disco fodíssimo no ano da pandemia e em seguida lançado um disco sem graça que agora começa a circular ao vivo. Parece uma boa tática, mas vamos ver…
E a Dua Lipa que começou a turnê de seu disco Radical Optimism nesta segunda-feira em Melbourne, na Austrália, chutando a porta ao homenagear os heróis locais AC/DC numa versão bem foda de “Highway to Hell”? Se ela continuar nesse rumo, essa turnê vai render mais que o disco… Assista abaixo:
Quando Dua Lipa lançou seu clássico instantâneo das pistas, em 2020, foi atropelada, como todos nós, pela pandemia e o que poderia ser um colosso dançante para entrar no imaginário coletivo tornou-se um disco escapista para aquele ano pesadelo em que mergulhamos a partir daquele fatídico março. Sem a possibilidade de fazer shows, ela em vez de optar por lives, propôs uma versão remota do programa Tiny Desk, da emissora pública norte-americana NPR, como um clipe em movimento do que poderiam ser suas apresentações ao vivo, transformando sua edição do programa em um acontecimento online que fez parte do planeta se acabar de dançar mesmo recluso socialmente. A expectativa para o sucessor de Future Nostalgia aumentou quando o homem Tame Impala logo Kevin Parker apareceu na ficha técnica, mas infelizmente Radical Optimism, lançado no início do ano, soa como assistir pela rede de segurança uma trapezista que achávamos que estava voando, com boas músicas mas nada nem remotamente parecido com o assombro dance que foi o disco de quatro anos atrás, quase como uma versão de si mesma gerada por inteligência artificial – funciona, mas parece que não tem alma. E isso foi endossado quando ela voltou ao programa que bateu recorde de audiência em sua aparição em 2020: a nova edição do programa traz versões que parecem soar chochas comparadas às músicas originais, que no entanto só revelam sua fragilidade musical, tornando o programa tão esquecível quanto o anterior fora memorável. Uma pena.
E um dos discos do ano não para de crescer. Primeiro Charli XCX lançou uma versão com três faixas a mais de seu Brat chamando-a de Brat and it’s the Same But There’s Three More Songs so It’s Not e agora acaba de anunciar outra versão, desta vez batizada de Brat and It’s Completely Different But It’s Also Still Brat, que funcionará como um disco de remixes em cima do disco original. A nova versão de “Talk Talk” que conta com Troye Sivan e Dua Lipa, anunciada no início da semana e que já está nas plataformas digitais, é apenas a ponta do iceberg de um disco que ainda terá versões novas para “360” (esta com Robyn e Yung Lean), “Von Dutch” (um remix feito pelo produtor A.G. Cook com a participação de Addison Rae) e as versões de “Girl So Confusing” com Lorde e “Guess” com Billie Eilisih. Mas estas quatro são apenas um quarto do disco inteiro, cuja relação das faixas foi anunciada apenas com a numeração de cada uma delas (a faixa 2 chama-se “Track 2” e por aí vai), o que indica que virão novas participações – e talvez novas músicas – no lançamento que chega ao público dia 11 de outubro. O detalhe é que no site dela há um produto anunciado para o dia 17 próximo (terça que vem) representado apenas por um cadeado. Ah, aí tem…
“Essa noite, vou fingir que estou no Tame Impala”, brincou a cantora Dua Lipa nessa sexta-feira, no meio de sua apresentação no festival inglês de Glastonbury, quando convidou seu amigo e produtor Kevin Parker para dividir os vocais em seu hit “The Less I Know the Better”. Que momento!
Dua Lipa lançou o terceiro single de seu terceiro álbum, Radical Optimism, e deixando-me influenciar pelos títulos, percebo que o otimismo radical que batiza seu álbum é uma ilusão. “Illusion”, como os dois singles anteriores, apenas repete a fórmula de seu disco de 2020, Future Nostalgia, e mesmo que as digitais de um dos produtores do álbum (o homem Tame Impala Kevin Parker) estejam mais evidentes, não parece que ele conseguiu fazer com que a cantora inglesa desse o salto que parecia estar preparada. Jogando no seguro, ela preferiu seguir numa trilha dançante quase formulaica, que até funciona na pista, mas não expande seus horizontes. O clipe que acompanha o novo single é igualmente sem sabor, recriando coreografias na piscina filmadas de cima como se 2024 precisasse de um velho musical da RKO. Ainda fico na torcida de ela nos surpreender com o conjunto de sua próxima obra, mas até aqui ela tem se provado previsível – ainda que de um bom jeito.
3 de maio é a data que Dua Lipa marcou para lançar o sucessor do excelente Future Nostalgia, batizado de Radical Optimism. Além dos singles já lançados (“Houdini” e “Training Season“), o novo álbum, que já está em pré-venda, traz essa capa maravilhosa da inglesa encarando um tubarão, começa com uma canção chamada “End of an Era” e ainda traz outras batizadas com títulos como “French Exit”, “Anything for Love” e “Maria”. “Há alguns anos, um amigo me apresentou o conceito de otimismo radical, que achei tem a ver comigo”, contou a cantora. “Fiquei curiosa e comecei a brincar com isso, costurando-o em minha vida. E me bateu – a ideia de atravessar o caos com graça e sentir que posso ultrapassar qualquer tempestade.” O disco tem produção de Caroline Ailin, Danny L Harle, Tobias Jesso Jr. e do senhor Tame Impala, Kevin Parker. A cantora revelou em uma entrevista à Rolling Stone que o trabalho tem influência da cena dance inglesa do começo dos anos 90, citando o clássico Screamadelica, do grupo Primal Scream, como forte influência, além de mencionar bandas como Massive Attack, Gorillaz, Moby, Blur e Oasis. E não custa lembrar que seu ótimo segundo disco, um dos melhores discos de dance music deste século, foi lançado no mesmo ano em que a pandemia se abateu sobre nós – então de otimismo radical ela entende.
“A temporada de treino acabou”, canta Dua Lipa em seu novo single, “Training Season”. Será? Afinal de contas, mesmo com todos os instrumentos e vocais de apoio do senhor Tame Impala (Kevin Parker), que assina a música ao lado da vocalista e do midas pop Tobias Jesso Jr. (que depois de abandonar sua carreira solo com o ótimo disco Goon, de 2013, escreveu hits para Adele, Shawn Mendes, John Legend, Pink, Florece and the Machine, Haim, Elle Goulding, FKA Twigs, Harry Styles e Miley Cyrus), a música parece uma mera continuação de seu disco de 2020, Future Nostalgia, algo que já havia acontecido com o primeiro single que ela lançou, “Houdini”. O clipe, que mostra ela sendo blasé ao ser desejada por uma multidão de homens num bar em Londres, está longe de ser uma boa ideia e por melhor que seja executada parece tão descartável quanto a nova canção. Só dá pra entender que ela pode apontar para um outro lado se esses dois primeiros singles são justamente uma forma de desviar a atenção para uma mudança (daí a ênfase na frase que destaquei no início do texto) que não a faça apenas repetir as fórmulas de seu segundo disco. Falta sustança:
Dua Lipa lançou mais um detalhe de seu próximo disco, ainda sem título nem data de lançamento, ao anunciar nesta sexta-feira o lançamento do single “Training Season”, que deverá ser lançado no próximo dia 15 de fevereiro. Ela compartilhou só um trechinho, que nem parece ser o refrão, mas que conta com o baixo pronunciado típico das produções do homem Tame Impala, Kevin Parker, que está na ficha técnica deste próximo lançamento como compositor (junto com o Tobias Jesso Jr.!), baixista, baterista, guitarrista, tecladista, percussionista, produtor, programador e autor dos efeitos sonoros. Parece ser um passo à frente de “Houdini” no sentido de se distanciar de Future Nostalgia, o disco mais recente da diva inglesa, mas ainda não soa como um disco proprimanete novo… Ouça o trechinho abaixo: