Mais um DM em que eu e Dodô Azevedo mergulhamos na política, mesmo que os principais temas do papo de hoje sejam os atuais – e improváveis – Jogos Olímpicos no Japão e igualmente inusitada presença da estátua paulistana do Borba Gato em forma de ícone às avessas – pois chamuscada – em pleno 2021.
Em mais uma edição do programa que faço com Dodô a partir de um protesto nas ruas, comentamos sobre o momento político em que atravessamos e como ele desenha o cenário para o ano que vem, conversando sobre impeachment, forças armadas, os poderes que mandam no Brasil, o papel da nova esquerda, as motocadas e as manifestações na rua.
Depois que Dodô vacinou-se, ele me avisou que puxaria o papo sobre a sensação que teve após começar sua imunização num DM futuro assim que eu passasse pelo mesmo processo. Por isso, depois que vacinei, conversamos sobre esta sensação de recomeço de vida que atravessou nossas cabeças em diferentes momentos – e Dodô aproveita para contar porque não vai ao protesto de sábado.
Como foi seu primeiro semestre de 2021? Chegando ao fim da metade deste segundo ano pandêmico, cruzamos uma montanha-russa de emoções que ao mesmo tempo em que faz acender uma luz no horizonte com a vacinação contra essa doença maldita e a possibilidade de Bolsonaro não ser reeleito, nos mantém presos em casa, sem saber como essa época está nos transformando.
Por isso, te convido a discutir comigo como foram estes primeiros seis meses do ano no primeiro curso de mais um experimento desta pandemia, a Universidade Trabalho Sujo, que ministrará encontros comigo e meus convidados para falar sobre as transformações que estão acontecendo na cultura e em nossas vidas. O primeiro destes cursos é 2021 – Parte 1 – Discutindo ao vivo a primeira metade do segundo ano do resto de nossas vidas, seis encontros em que podemos conversar sobre como tem sido este início de ano.
O custo do curso é de 300 reais, mas se você colabora com o meu apoia.se/trabalhosujo tem 50% de desconto. Os encontros acontecerão entre os dias 5 e 16 de junho, sempre segundas, quartas e sextas, a partir das 19h e duram uma hora, pela plataforma Zoom. As aulas não serão publicadas posteriormente e as vagas são limitadas.
Abaixo, a programação do primeiro curso e o link para fazer as inscrições.
5 de julho
Orientalismo e decolonização, com Dodô Azevedo
O prumo do mundo está mudando para a Ásia e África isso acontece no mesmo momento em que o colonialismo ocidental está finalmente sendo demolido. Como isso mexe com nossas vidas? Será que somos mais apegados ao ocidentalismo do que imaginamos?
7 de julho
O streaming perfeito?, com André Graciotti
A quarentena acelerou o processo de popularização dos canais de streaming ao mesmo tempo em que diminuiu nosso vínculo com as salas de cinema. Mas, em meio à tantas propostas diferente, ainda estamos longe de ter um serviço de filmes e músicas que possa nos satisfazer. Como anda a produção e o mercado de cinema na pandemia?
9 de julho
Como o home-office pode mudar as cidades, com Polly Sjobon
Trabalhar em casa mexeu com a realidade de muitos, a ponto de abandonar carros ou mesmo a moradia nas metrópoles. Mas como esta nova relação com o trabalho pode mudar os nossos hábitos, os dias da semana e até as cidades?
12 de julho
A expectativa da vacina, com Pablo Miyazawa
Entramos em 2021 sem nenhuma perspectiva de vacinação à vista, o que mudou logo nos primeiros dias do ano com diversos cronogramas anunciados mas nenhum cumprido de fato. A esperança não apenas pela imunização quanto por um fim mais palpável para a pandemia só pareceu começar a fazer sentido há trinta dias atrás, quando os novos cronogramas foram anunciados e começaram, pelo menos até agora, a ser cumpridos e a atender as faixas etárias mais jovens ou sem comorbidades. Mas o que muda em nossas vidas após a vacinação?
14 de julho
A subversão como protesto, com Vladimir Cunha e Emerson Gasperin
“Cadê o Zé Gotinha?”. Até no discurso que marcou a volta de Lula à vida política, não faltou espaço para rir do governo federal. O deboche, a caricatura, a ironia e o escracho aos poucos dominaram o início do ano, em iniciativas como a campanha #bolsocaro, o raio X das manifestações pró-Bolsonaro e a teatrealização da CPI da Covid. Como a subversão pode ser a alternativa mais eficaz de desmontar o projeto de poder miliciano expondo suas tripas em público?
16 de julho
A multidão e a pandemia: qual é o futuro dos shows?, com Pena Schmidt
Nessa aula que funcionará como um episódio inédito do meu programa Bom Saber para os inscritos nesse curso, eu entrevistarei Pena Schmidt para discutir a volta aos shows. À medida em que a população vai sendo vacinada, encontros começarão a acontecer e isso inevitavelmente nos apresentará a um mundo de festas e shows depois da era Coronavírus. Mas que tipo de shows e precauções teremos no futuro? Como as multidões conviverão com artistas depois de centenas de milhares de mortos?
Para isso, basta fazer a inscrição neste link. As vagas são limitadas.
E a partir desta edição, eu e Dodô passamos a observar os protestos de 2021 como parte do processo eleitoral para o ano que vem. Sempre que houver um destes eventos, vamos comentar como isso se repercutiu para além das ruas – e quais os possíveis desdobramentos destes acontecimentos para o futuro próximo do país.
No primeiro mashup de programas aqui no meu canal, uma das novidades desta quinta temporada de episódios do CliMatias, promovo o encontro do DM com o Cine Ensaio ao chamar Dodô Azevedo e André Graciotti para um papo sobre cinema, arte, cultura, política e a necessidade de se posicionar politicamente em tempos tão tensos quanto os que vivemos. E o papo rendeu…
Eu e Dodô conversamos sobre os protestos do fim de semana passada – ele foi no Rio, eu fiquei em casa em São Paulo – e traçamos um horizonte a partir do que pudemos assistir neste fim de semana, em mais um movimento que prova que as mudanças estão acontecendo e que é importante a participação de todos.
Finalmente Dodô fala do Big Brother Brasil 2021 – mas como estamos juntos, puxo pro lado da política e temos, portanto, um programa que contempla o futuro próximo do Brasil a partir das pistas deixadas pelo maior reality show do mundo. E as notícias deste DM, vou te dizer, são boas…
Eu e Dodô Azevedo entramos em uma discussão sobre intelectualismo, pseudo-intelectualismo e papos cabeças – e como estes rótulos acabam elitizando discussões que poderiam estar ao alcance de todos. E, no meio do caminho, você sabe, falamos dos beats, da nouvelle vague, do documentário do Chorão, do Big Brother Brasil, entre otras cositas más.
Dodô está de volta e assim temos mais o DM de volta à programação. E além de me explicar o motivo da ausência, ele também fala sobre “Alvorada”, filme mais recente da Anna Muylaert, sobre os últimos dias de Dilma Rousseff em Brasília, que ainda está percorrendo o circuito de festivais. É a deixa para conversarmos sobre expectativas políticas para o Brasil nos próximos meses – e anos. E trazemos boas notícias.