O documentário New World Towers rebobina a carreira do Blur desde sua volta em 2008 até o disco gravado no ano passado em Hong Kong. Uma reflexão sobre maturidade e rock’n’roll, senso de finitude e vontade de viver para sempre que estreia no mês que vem, na Inglaterra. Eis o trailer:
Em 1962, o crítico francês François Truffaut já era reconhecido como um dos principais novos cineastas da nouvelle vague francesa, mas sentou-se para exercer sua antiga vocação ao dar microfone para que Alfred Hitchcock falasse sobre sua obra. O resultado foi o livro Hitchcock/Truffaut, lançado em 1966 e considerado um manual do cinema moderno para cineastas de diferentes gerações e nacionalidades. Na conversa bilíngue, Hitchcock fala como subverte a expectativa do público ao aniquilar todas as regras do cinema tradicional num trabalho singularmente autoral mas ainda percebido, à época, como mero entretenimento. As entrevistas não apenas jogaram luz na importância do velho diretor para a história do cinema como funcionou como manual de instruções para nomes como Wes Anderson, Martin Scorsese, Wes Anderson, David Fincher, Kiyoshi Kurosawa, Richard Linklater, Peter Bogdanovich, Paul Schrader, entre outros. Todos estes participam do documentário Hitchcock/Truffaut, de Kent Jones, que recria a clássica conversação e sua enorme influência no cinema moderno. O filme estreou no festival de Cannes deste ano e chega aos cinemas lá fora em dezembro.
A BBC acaba de anunciar que fez um documentário sobre a dupla francesa Daft Punk, reunindo material antigo da banda com entrevistas com colaboradores e parceiros como Pharrell Williams, Leiji Matsumoto, Kanye West, Michel Gondry, Nile Rodgers, Giorgio Moroder, entre outros. Veja o trailer abaixo:
No entanto não sabemos nada sobre data de estreia, embora o filme esteja confirmado para este ano.
A onda de documentários que nos faz rever histórias recentes começa a olhar para um passado um pouco mais distante e o filme Jag är Ingrid – traduzido para o inglês como Ingrid Bergman: In Her Own Words – conta a história da atriz Ingrid Bergman para além do monumento de beleza que ela era, trazendo imagens feitas em sua rotina e muitas registradas por ela mesma, além de usar fotos, trechos de diários e bilhetes que recriam a vida íntima de uma das musas do cinema norte-americano. O filme estreou no festival de Cannes deste ano em maio e deve entrar em circuito sueco no final de agosto. Segue o trailer (em sueco):
Depois de fazer documentários sobre a nutrição no McDonald’s (Super Size Me), a procura de Osama Bin Laden (Where in the World Is Osama Bin Laden?), o product placement e a publicidade no cinema (The Greatest Movie Ever Sold) e a boy band One Direction (One Direction: This Is Us), Morgan Spurlock pega uma grana da Haagen-Dazs americana para filmar a atual onda da volta à mão na massa, acompanhando cinco artesãos que dedicam-se ao trabalho manual e a produtos feitos sob encomenda. Eis o trailer de Crafted, que já pode ser visto via Amazon:
O John Belushi dos anos 90 tem sua biografia revista no documentário I Am Chris Farley, que deve estrear em vídeo on demand, nos EUA, no último dia deste mês. O filme conversou com vários amigos e contemporâneos de Chris, que morreu em 1997 numa overdose de drogas, como Adam Sandler, David Spade, Bob Odenkirk, Christina Applegate, Dan Aykroyd, Lorne Michaels, Mike Myers, entre outros.
Maiores informações no site oficial do filme.
Desde 2010, o Wilco organiza e encabeça o Solid Sound Festival, em que reúnem bandas de amigos e atrações afins para três dias de festa nas dependências do Massachusetts Museum of Contemporary Art, na cidade universitária de North Adams, nos EUA. O evento repetiu-se em 2011 e 2013 e sua quarta edição acontece a partir da próxima sexta e inclui nomes como Real Estate, Mac DeMarco, Parquet Courts, Richard Thompson Trio, NRBQ, Cibo Matto, Shabazz Palaces, Felice Brothers e, claro, o Wilco fechando todas as noites, além de projetos paralelos da banda.
Aproveitando a proximidade da edição deste ano, o grupo está lançando o documentário Every Other Summer, dirigido por Christoph Green e Brendan Canty, que trata da edição mais recente e que reuniu artistas como Yo La Tengo, Dream Syndicate, Foxygen, Neko Case, entre outros. o filme está sendo lançado numa plataforma on demand do Vimeo e pode baixado ou alugado digitalmente por uma semana por aqui.
E como no festival daquele ano o primeiro show do Wilco foi composto apenas por versões de músicas alheias em que a banda atendeu pedidos do público (na época eu linkei os vários videos que fizeram do show, com versões para músicas do Yo La Tengo, Kinks, Thin Lizzy, Stones, Abba, Television, Dylan, Velvet Underground, Neil Young, Beatles, Count Five, Daft Punk, Cheap Trick e The Band, entre outros), eles resolveram divulgar o documentário com a versão que fizeram para o hit do Pavement, “Cut Your Hair”.
O documentário Listen to Me Marlon estréia no meio do ano, dirigido pelo mesmo Stevan Riley que já fez filmes sobre boxe, críquete e a franquia de cinema de James Bond, mas tem duas grandes vantagens em relação a suas produções anteriores: o fato de lidar com um grande ícone pop de carne e osso e de usar apenas material dos arquivos de Marlon Brando, o que faz o filme ser quase todo narrado pelo próprio ator. Veja o trailer abaixo:
Se você ainda acha que Andy Warhol é um picareta que só pintava produtos e celebridades, saiba por esse pequeno documentário (em inglês) da PBS norte-americana porque o maior discípulo de Marcel Duchamp é um dos maiores artistas do século passado.
À luz de cinebiografias que fuçaram personalidades fortes e geniais nos últimos anos (do Turing do Jogo da Imitação ao Zuckerberg de A Rede Social e o Hawking de A Teoria de Tudo), é a vez de Hollywood se debruçar sobre a vida do campeão de xadrez norte-americano Bobby Fischer (vivido por Tobey Maguire), que reencena o clássico embate da Guerra Fria sobre um tabuleiro quando ele enfrentou o campeão russo Boris Spassky (vivido por Liev Schreiber) no filme Pawn Sacrifice, sem previsão de estréia no Brasil. Eis o trailer:
Mas é claro que a carreira do “Muhammad Ali do xadrez” é só metade da biografia de Fischer, que torna-se um comentarista político paranoico com o passar dos anos. Vamos ver se o filme entra nesse mérito. Mas talvez a melhor contribuição deste filme seja nos fazer revisitar o excelente documentário Bobby Fischer Against the World, que encontrei legendado no YouTube.