Você já sabe que quarta-feira é dia de cinema no Centro da Terra graças à parceria que fechamos com o festival de documentários In Edit e neste dia 12 de abril é a vez de exibirmos O Piano Que Fala, filme de Marcelo Machado que usa o músico e compositor Benjamin Taubkin como fio condutor de uma viagem pelo Brasil pelo ponto de vista de piano – mostrando como o instrumento conversa com a musicalidade do país independentemente da região em que ele esteja sendo tocado. A sessão começa pontualmente às 20h, os ingressos podem ser comprados neste link e o trailer pode ser visto abaixo.
Você já sabe se quer ver um documentário sobre música brasileira no cinema em São Paulo já tem dia e hora marcada toda semana: graças à parceria que o Centro da Terra fez com o festival de documentários In Edit Brasil, sempre trazemos filmes novos e clássicos sobre grandes nomes e cenas da nossa cultura musical. E nesta primeira quarta de abril, mergulhamos no grande Paulo César Pinheiros, um dos maiores letristas do Brasil, que é dissecado no documentário que Andrea Prates e Cleisson Vidal lançaram em 2021. Paulo César Pinheiro – Letra e Alma aprofunda-se na importância deste poeta que fez exemplos clássicos de nosso cancioneiro ao lado de artistas tão diferentes quanto Ivan Lins, Edu Lobo, João Nogueira, Francis Hime, Dori Caymmi, Pixinguinha, Sueli Costa, Raphael Rabello, Tom Jobim, Lenine, Guinga, Carlinhos Vergueiro, Toquinho e Baden Powell Maria Bethânia, eternizado por intérpretes como Maria Bethânia, Elis Regina, Simone, Nelson Gonçalves, Emílio Santiago e Clara Nunes, com quem foi casado. A sessão começa pontualmente às 20h e os ingressos podem ser comprados neste link.
E na última quarta de março, o documentário que o Centro da Terra exibe em parceria com o festival In Edit é o sensacional Belchior – Apenas um Coração Selvagem, deNatália Dias e Camilo Cavalcanti, que traça a história do inconstante bardo cearense a partir de seus próprios depoimentos, fazendo com que o próprio autor monte o quebra-cabeças de sua personalidade, sem precisar seguir uma linha-mestre cronológica ou linear. A sessão começa pontualmente às 20h e os ingressos podem ser comprados neste link.
Quarta-feira, você sabe, é dia de documentário sobre música brasileira no Centro da Terra, graças às parceria que firmamos com o festival In Edit e neste dia 15, às 20h, exibiremos Pedro Osmar, Pra Liberdade Que Se Conquista, que trata sobre o personagem que batiza o filme de Eduardo Consonni e Rodrigo Marques. Fundador do mitológico Jaguaribe Carne, nos anos 70, Pedro Osmar mudou a cara da arte paraibana a partir da psicodelia nordestina, que reverberou em outras áreas de sua produção artística – além de músico e compositor, também é poeta, artista plástico e dramaturgo e sempre expandiu seus horizontes a partir da liberdade que conquistou com sua arte, transformando o que seria uma biografia num um manifesto poético-político-musical. A sessão começa pontualmente às 20h, os ingressos estão à venda neste link.
Seguimos nossa sessão de cinema no Centro da Terra, toda quarta-feira, em parceria com o festival de documentários In Edit. Nesta quarta é dia de conhecer a Orquestra Juvenil da Bahia, formada dentro do programa que batiza o filme (acrônimo para Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia). O filme que Sérgio Machado e George Walker Torres lançaram em 2020 acompanha o grupo em sua primeira turnê internacional, quando excursionaram pela Europa acompanhando a pianista argentina Martha Argerich. A sessão começa pontualmente às 20h, os ingressos estão à venda neste link e o trailer pode ser visto abaixo.
E começamos a programação de cinema do Centro da Terra em 2023 com o documentário Lira Paulistana e a Vanguarda Paulista (2012) sobre a clássica casa de shows que mudou a cara da paisagem cultural da cidade de São Paulo – e, a longo prazo, do Brasil – na virada dos anos 70 para os anos 80. Palco de nomes como Itamar Assumpção, Arrigo Barnabé, Grupo Rumo, Premeditando o Breque, entre outros, o Lira é o objeto deste primeiro filme exibido no teatro do Sumaré em parceria com o festival In Edit Brasil. Sua exibição acontece nesta quarta-feira, às 20h, e será seguida de um bate-papo com o realizador do filme – e um dos agitadores da casa original – Riba de Castro. Os ingressos já estão à venda e quem comprar um ingresso também ganha o livro Lira Paulistana – Um Delírio de Porão. Nos vemos lá?
Corre pra ver no cinema o documentário Andança – Os Encontros e as Memórias de Beth Carvalho, que pode parecer mais uma biografia levada à telona a partir de registros inéditos e depoimentos de compadres da artista (o que já seria ótimo), mas é muito mais do que isso. Logo de cara, somos apresentados a uma Beth Carvalho que não conhecíamos – uma pesquisadora e arquivista de tudo aquilo que lhe emocionava. O tempo todo munida de uma câmera de vídeo ou de um gravador portátil (quando não eram os dois ao mesmo tempo), ela se revela uma autobiógrafa consciente não apenas de sua importância mas do trabalho que faz como agente cultural de seu tempo. O documentário de Pedro Bronz deixa as convenções cronológicas em segundo plano para nos apresentar não só a carreira de uma intérprete ímpar de nossa música como a forma como sua cabeça e coração funcionavam a partir de seus próprios registros, boa parte deles em vídeo. E daí que são velhos VHS e gravações em baixa resolução de telejornais locais do Rio de Janeiro? A verdadeira alta definição está na forma como Beth chegava em seus objetos de estudo, que logo tornavam-se seus camaradas, no momento exato, ouvindo em primeira mão pérolas de Cartola e Nelson Cavaquinho e tirando a cena do bloco do Cacique de Ramos do literal fundo de quintal para a história fonográfica do país, apresentando ao resto do Rio de Janeiro – e depois para o Brasil – nomes como Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Jorge Aragão e várias outras lendas do samba, no momento em que eles floresciam. E ela não separava seu ativismo musical do político, batendo sempre em várias questões que são discutidas até hoje, além de estar presente em momentos decisivos da história do país – ao lado de personalidades que é melhor nem comentar para manter a surpresa. O filme ergue um pedestal para sua musa a partir das cenas, diálogos, versos, canções, rodas e shows que ela conseguiu presenciar e amplificar, mostrando que a importância de Beth Carvalho para a cultura brasileira ainda nem começou a ser medida. E prepare-se para chorar, porque é muita emoção.
Assista ao trailer.
Dose dupla de Alzira E no Centro da Terra. Nesta terça-feira recebemos o Corte, banda que ela lidera ao lado de integrantes do grupo Bixiga 70, quando apresenta músicas novas de seu próximo álbum – e também aproveita para repassar momentos de sua carreira solo. No dia seguinte, na quarta-feira, será exibido também no teatro o excelente documentário Aquilo Que Nunca Perdi, dirigido por Marina Thomé, que conta, de forma afetiva, a impressionante carreira desta mulher. Quem assistir ao show da terça-feira não paga para ver o documentário no dia seguinte – e as duas apresentações começam pontualmente às 20h e podem ter seus ingressos comprados antecipadamente aqui e aqui.
É impressionante a escalada pop que Billie Eilish vem fazendo, a ponto do primeiro trailer do documentário que estreia em fevereiro no ano que vem na Apple TV+, Billie Eilish: The World’s A Little Blurry, parece ficção de tão redondinho. E não perca o finzinho do trailer…
“O festival online veio pra ficar mesmo e mesmo depois da pandemia a gente cogita continuar com ele também assim”, explica Marcelo Aliche, diretor da edição brasileira do In-Edit, o já tradicional festival de documentários sobre música que acontece em São Paulo há doze anos. Ele é enfático ao dizer que nunca cogitou não fazer o festival e que viu o momento crítico que vivemos como a oportunidade perfeita para transformar-se em um evento digital, inclusive antes das outras versões do festival ao redor do mundo, inclusive a matriz, em Barcelona. “A gente conseguiu realocar recursos que pagariam passagens, hotéis, tráfego de cópias, monitores na sala, festa e tudo isso para a plataforma digital”, conclui.
A partir deste novo formato, o festival segue para além do evento. “Depois do dia 20 a plataforma continua online, os filmes do festivais saem e entra um catálogo próprio, com filmes que estiveram em outros In-Edit e outros mais antigos”, continua Aliche, “o que a gente quer é que seja o maior portal de documentários do Brasil e que seja um lugar de pesquisa, mais do que de entretenimento”.
Entre os destaque, da edição Aliche listou o noruruguês The Men’s Room, Welcome to the Dark Ages, sobre a dupla de provocadores KLF, The Quiet One, sobre o baixista original dos Rolling Stones Bill Wyman, e White Riot, que abriu a edição do festival na última quarta, sobre o movimento antifascista que culminou em festivais de rock na Inglaterra no início dos anos 80 – ele deu mais detalhes sobre cada um dos filmes no CliMatias da quinta passada. E também descolou códigos promocionais para os leitores do Trabalho Sujo assistirem a dez filmes de graça. Quem quiser saber como ganhar, manda um alô lá no trabalhosujoporemail@gmail.com. A programação completa e mais detalhes sobre o festival podem ser encontrados no site do evento, onde estão sendo exibidos os filmes também.