Íamos falar de Juntatribo, mas Lovecraft Country, a nova série de horror da HBO, nos fisgou logo após seu primeiro episódio, por isso pulamos o festival indie campineiro para dedicar a edição desta semana do DM à investigação da obra e do personagem que inspiraram a série, o incel chamado H.P. Lovecraft, bem como a história de seu legado e sua mitologia, que foi parar inclusive nas mãos de Alan Moore. Também celebramos as cabeças por trás da série – nominalmente JJ Abrams, Jordan Peele e Misha Green – e descobrimos que o futuro da era de Aquário é o Grande Lebowski.
Um assunto que eu e Dodô acalentamos desde o início do programa é uma viagem no tempo para a época da ditadura militar, quando éramos crianças e adolescentes. Portanto, nesta edição do DM, mergulhamos no passado para falar da esquerda de ontem e de hoje, o impacto da ditadura na cultura e no Brasil como um todo, o que também é gancho pro Dodô contar causos envolvendo João Gilberto, sua estreia no teatro ainda criança e a história de uma mala que veio da Bolívia.
A primeira live que Caetano Veloso fez serviu de inspiração para que eu e Dodô Azevedo falássemos sobre a luz que o velho baiano joga sobre nossa cultura e a importância desta transmissão ao vivo a partir de diferentes contextos – desde a estante à família, da direção à duração, do repertório à Paula Lavigne -, em mais uma DM gigantesca. Isso sem contar o Superbug!
Escolhemos a morte como o assunto da vez – e cogitamos o que pode acontecer quando uma geração de ídolos nascidos na década da Segunda Guerra Mundial. Isso é gancho para falarmos sobre deseducação, capitalismo estrutural, a nova velhice e o legado da cineasta belga.
A gente tinha um assunto em mente para a edição desta semana do DM, mas o deixamos de lado à medida em que começamos a falar sobre vários outros assuntos, entre molecagens politicamente incorretas, a continuação do jogo The Last of Us, além de eu ter pedido pro Dodô ler um trecho da distopia pós-coronavírus que ele cogitou no domingo na Folha de São Paulo. E conseguimos fazer um programa mais curto, é sério!
Dodô puxou um programa sobre memórias, mas antes falamos sobre frio no Rio (20 graus é frio!), a surpresa que ele está armando pro domingo e depois lembramos de momentos em salas de cinema, shows antológicos pro bem ou pro mal, além de outros assuntos que inevitavelmente vêm à tona no meio dessa maravilhosa conversa fiada.
Segundo DM, o programa periódico (semanal? Ainda não sabemos) de conversas com o grande Dodô, resolvemos falar sobre comida e culinária durante a quarentena, num papo que nos levou ao princípio da história, à cozinha como laboratório, à volta do matriarcado e à ressurreição da cultura oral, além do Dodô lançar seu curso sobre contracultura – isso tudo ao som de Specials, Dinosaur Jr. e Nina Simone.
Como prometi na semana passada, o papo com o Dodô se estica para além da edição passada do Bom Saber e ganha vida própria: DM é um programa dedicado à falação desenfreada sobre assuntos que pintarem em nossa telha. Nesta edição falamos de cinema: Kubrick, João Moreira Salles, Spielberg, Eduardo Coutinho e a lista segue…