Dodô ainda reluta para vir a São Paulo e rememora o comício de Lula na Cinelândia na semana passada enquanto lembro de debates que vi e participei que abordam a questão racial que está tão presente neste ano de eleição. Aproveitamos a deixa para falar sobre a falsa polarização que tanto martelam e sobre a disposição para voltar às ruas. De quebra, o vídeo do debate sobre funk que comentei.
Longo DM à moda antiga, em que eu e Dodô discutimos sobre a lenta paulistanização da metade carioca desta dupla (que no mês de julho dará um curso em São Paulo, na Casa Waiwai – mais informações aqui – e se você quiser desconto, manda um email pra dodomundi@gmail.com dizendo que soube do desconto pelo DM) ao mesmo tempo em que mais uma vez revisito minha viagem às duas edições do festival Primavera para falarmos sobre Pavement, Dinosaur Jr, Yo La Tengo e outras bandas que queríamos ver ao vivo (como R.E.M., The Cure, Sonic Youth e David Byrne). E não podíamos também ficar sem falar sobre o filme da vez, Everything Everywhere All At Once, que explodiu nossas cabeças.
Às vésperas da minha viagem, eu e Dodô conversamos sobre a morte – citando Gilberto Gil falando da própria morte -, sobre o que é a cultura nerd, sua relação com o bullying e como isso está ligado à reinvenção de Hollywood, sobre como os festivais estão se tornando grandes convenções de música e Dodô finalmente fala sobre a série que ele está desenvolvendo para o Netflix.
Depois de sua estada em São Paulo, Dodô volta apaixonado pela cidade e começamos mais um DM falando sobre o momento em que a cidade que escolhi viver está atravessando. E além de suas aventuras em seu próprio Astoria particular, conversamos sobre a reverência em vida a nomes como Nei Lopes e Lia de Itamaracá, o iminente golpe desenhado pelo presidente da república para salvar seu próprio rabo e como a cultura vai ter um papel crucial nos próximos anos.
Dodô caiu de paraquedas em São Paulo e não tivemos dúvida: ligamos a câmera pra gravar o primeiro DM presencial. E além de assuntar sobre o que raios ele veio fazer por aqui, também falamos sobre um possível esquecimento sobre a pandemia mesmo sem ela ter terminado, a explosão da população sem teto em São Paulo e seriados como Yellowjackets, Severance e Upload, além do filme dirigido pelo Lázaro Ramos, Medida Provisória.
Sobrevivemos ao maior março da história e entre tapas do Will Smith e beijos no ombro durante o Lollapalooza, eu e Dodô Azevedo repassamos o excesso de conjunturas que estamos atravessando que transformou a realidade em algo mais Big Brother Brasil que o próprio Big Brother Brasil e fez com que o conflito entre Rússia e Ucrânia desaparessesse do radar, como também vem acontecendo com a pandemia. E isso nos leva a um assunto ainda mais complexo: Battlestar Galactica.
Pulamos fevereiro, mas eis o DM aqui de novo e eu e Dodô falamos do Carnaval 2022 e das implicações políticas da forma como ele foi celebrado – e não bastasse isso, falamos sobre esta tal iminente terceira guerra mundial e como ela conversa com esse momento pandêmico que ainda estamos atravessando. E o Dodô ainda fala dos projetos que ele está envolvido que começam a aparecer esse ano, como o show 22.
No primeiro DM de 2022, eu e Dodô Azevedo repassamos os dois primeiros anos da pandemia do ponto de vista da cultura, analisando tudo que foi represado nesse período, dos filmes da Chloé Zhao aos Barões da Pisadinha, passando pela transformação do filme dos Beatles num seriado, da volta dos vídeos curtos através do TikTok, da ascensão das lives do Casemiro, da quarta continuação do Matrix à luz de um ano que promete esquentar mais do que imaginamos – levando em conta eleições, copa do mundo e aquecimento global.
Às vésperas de uma época de possíveis apagões, eu e Dodô Azevedo falamos sobre a queda de energia vitalícia do país e o fato de estarmos vivendo em uma nova idade média, mostrando como tudo está às claras mesmo neste momento trevoso que estamos atravessando, citando Duro de Matar 4 e o Berlim de Jason Lutes, entre outras divagações.
Mais um encontro entre eu e Dodô em que começamos a vislumbrar um começo de fim de pandemia, à medida em que a vacinação começa a surtir efeito no Brasil e podemos voltar a se encontrar com nossos amigos e, aos poucos, voltar a sorrir. Isso sem esquecer a variante delta, para que possamos viver momentos mais felizes, tomando vinho e fazendo jantares para que pelo menos consigamos seguir a vida nesse apocalipse.