A volta de Mickey Mouse

croissant-de-triomphe-disney

Para a maioria das crianças e adolescentes de hoje em dia, o rato Mickey é quase um logotipo em movimento e não mais um personagem – afinal, desde os anos 80, por exemplo, só foram produzidos três desenhos com o personagem-símbolo da Disney, hoje bem mais associado aos parques temáticos da corporação do que a qualquer tipo de narrativa. Por isso mesmo que a empresa voltou a investir em desenhos animados – e o primeiro deles, Croissant de Triomphe, já está online (veja abaixo). A ressurreição de Mickey para o século 21 ficou a cargo do animador Paul Rudish, que já trabalhou no Laboratório de Dexter e nas Meninas Super-Poderosas. O novo Mickey segue a estética de quando foi criado no início do século passado (olhos pretos, bermuda vermelha, sem camisa, sapato amarelo), mas com um traço mais forte e uma animação bem veloz para os padrões Disney. Veja só:

 

J.J. Abrams e Guerra nas Estrelas

bad-r2d2

Nem comentei aqui o golpe de mestre dado pela Disney ao chamar ninguém menos que J.J. Abrams pra tomar conta dos três últimos episódios de Guerra nas Estrelas.

star-wars-fan

Ao assumir a grife Jornada nas Estrelas, em 2009, J.J. conseguiu fazer ir até que ninguém havia ido antes: tornou a série de Kirk e Spock em uma aventura divertida, sem perder a essência de sua mitologia – principalmente ao escolher um elenco cinco estrelas, talvez o melhor da história da franquia (Shattner e Nimoy inclusos). A direção frenética (repleta com os brilhos do efeito lens flare) e a brincadeira com as linhas do tempo também ajudaram o bom desempenho do filme ao mesmo tempo em que mantiveram a assinatura visual do autor. Agora J.J. prepara-se para lançar seu segundo título Star Trek (Into Darkness, que teve novo trailer lançado neste fim de semana), que conta com o astro da vez Benedict Cumberbatch no papel do vilão. E, pelo jeito, o filme deve ser seu Império Contra-Ataca – aquela seqüência pessimista que muitos temiam. Olha o trailer:

Resta saber como é que J.J. conseguirá equilibrar as duas mais clássicas grifes de ficção científica ao mesmo tempo – sem contar seus inúmeros projetos pessoais, que não param de aparecer.

star-wars-jj-abrams

E é claro que as piadas já começaram a aparecer: Já o chamaram de Jar Jar Abrams e lembraram que ele sempre é bom pra começar, nunca pra terminar séries – e como os episódios de Guerras nas Estrelas que irá dirigir serão os 7, 8 e 9, isso pode provocar um desequilíbrio na Força (com certeza não pior do que o causado pelo próprio George Lucas nos episódios 1 e 2).

O que me lembra que tenho de falar sobre o final de Fringe.

Link – 5 de novembro de 2012

Games sociais: Na entressafraA Zynga faz mal para o Vale do SilícioVida Digital: Giancarlo RuffatoImpressão Digital (Alexandre Matias): A geração digital quer apenas fazer – e está fazendoHomem-Objeto (Camilo Rocha): Samsung Galaxy Note – Feito para desenharCombo NexusPara gostar de ler • No Youtube, usuários dão dicas de livros#HashtagÉArte‘Tenho um mau pressentimento sobre isso’Servidor

O dia em que a Disney comprou Guerra nas Estrelas

Nessa edição do Link também comentei sobre o anúncio da venda da Lucasfilm para a Disney na semana passada…

‘Tenho um mau pressentimento’
Disney compra a Lucasfilm e produzirá os novos Guerra nas Estrelas, mas não é uma boa notícia para os fãs da saga

“É hora de passar Guerra nas Estrelas para uma nova geração de cineastas”, comemorou na terça-feira George Lucas, o criador da saga que reinventou o cinema nos anos 70. Assim ele anunciava a venda de sua empresa Lucasfilm à Walt Disney Company por US$ 4,05 bilhões. O anúncio deixou fãs pilhados – afinal, além da transação bilionária, havia outra novidade: a Disney vai produzir mais uma trilogia de filmes com os personagens de Lucas.

Isso mesmo: mais três novos filmes de Guerra nas Estrelas vêm aí. O Episódio VII já foi agendado para 2015.

Não é uma notícia qualquer. Os fãs de Guerra nas Estrelas sabem que Lucas havia cogitado, ainda nos anos 70, a possibilidade de sua saga se estender para além dos três filmes que fez à época. As duas novas trilogias cercariam a original: uma contaria a história de como Anakin Skywalker virou Darth Vader, a outra contaria como Luke Skywalker tornaria-se mestre de um novo cavaleiro Jedi, como ele foi de Obi-Wan Kenobi e Yoda.

Os três primeiros filmes foram realizados na virada do milênio e foram motivo de frustração para a maioria dos fãs da saga. Se muitos já reclamavam do excesso de fofura do último filme da trilogia original (os ursinhos Ewoks foram criados apenas para virar brinquedos), nos Episódios I, II e III, George Lucas extrapolou as possibilidades e adoçou ainda mais a saga de capa e espada que se passava em uma galáxia muito distante – críticas que podem ser sintetizadas na criação do personagem infantilóide Jar Jar Binks. Elas foram tão pesadas que o próprio Lucas abandonou a ideia de fazer outros três filmes – até a Disney se dispor ela mesma a bancar tudo.

O anúncio da semana passada deu início a uma onda de preocupação online sobre os três filmes no futuro: se, sob a batuta do criador a série já tinha desandado, o que poderia acontecer sob o domínio da força de Mickey?

A própria Disney ironizou essas preocupações, reeditando um vídeo que havia feito no ano passado, quando inaugurou o brinquedo de Guerra nas Estrelas em seu parque californiano. No original, Darth Vader e dois stormtroopers se perdiam no parque de diversões, andando no carrossel, comendo pipoca. Na reedição, o vídeo era idêntico, à exceção do início (que perguntava “Darth Vader, agora que você é parte da família Disney, o que vai fazer?”) e o fim (que originalmente mostrava o vilão entrando no brinquedo de Guerra nas Estrelas, cena cortada na nova edição). A brincadeira faz sentido, pois um dos investimentos da Disney em relação à Lucasfilm será em parques temáticos.

Os fãs temem o pior, mas algumas especulações indicam que a nova trilogia possa ser melhor que a anterior. Lucas não conseguiu realizar seu sonho de dirigir um filme sem atores, que achava que conseguiria fazer nos anos 90. Continuou insistindo, principalmente na série Guerras Clônicas, totalmente feita em computação gráfica. Não custa lembrar que a Disney também é dona da Pixar – e já há rumores que um dos diretores do estúdio, Brad Bird, estaria envolvido no filme de 2015 (além de Damon Lindelof, roteirista da série Lost, da emissora ABC, que também é da Disney).

Outra boa nova é que Lucas já teria se encontrado com os atores Mark Hammill e Carrie Fischer (Luke e Leia na primeira trilogia) para convidá-los a participar dos novos filmes.

Copyright. A má notícia é que a Disney é uma das principais defensoras do modelo mais restritivo de direitos autorais.

Enquanto George Lucas incentiva os fãs a fazer filmes, animações e paródias com suas marcas (ele inclusive organiza a premiação anual Star Wars Fan Movie Challenge), a Disney é uma das principais responsáveis por estender o tempo de duração para uma obra cair em domínio público, a ponto da legislação norte-americana que aumentava o tempo de proteção a uma obra para 95 anos, em 1998, ter sido apelidado de Projeto de Lei para a Proteção de Mickey.

Se por um lado os fãs podem comemorar novos filmes, por outro, só podem lamentar que outros tantos novos filmes (feitos por fãs) não verão a luz do dia porque provavelmente receberão cartas da Disney com ameaças de processo. É complicado.

O Taxi Driver da Disney

E se Travis Bickle fosse obcecado com o Mickey?

Branca de Neve e… o Molejo

Rapaz, que pérola!

Pinçada do disco Disney Adventures in Samba pelo blog Cinemeando – indicação do Thiago.

Michel Teló x Pato Donald

Mas isso tá indo longe demais…

Bureau of Indisputed Truths, de Domitille Collardey

Privatti que me mostrou essas tirinhas dessa ilustradora francesa que mora no Brooklyn, em Nova York, publica na revista Believer.

4:20

Brian Wilson visita Disney

Depois de Gershwin, o mestre beach boy volta-se para as trilhas sonoras dos filmes Disney. Será? Deixo a música do Balu pra termos alguma noção.


Brian Wilson – “Bare Necessities (MP3)