Antes da entrada de Jonny Greenwood e ainda quando seus integrantes faziam o segundo grau, o Radiohead chamava-se On a Friday e gravou a fita demo acima com as músicas abaixo, em 1986.
Melhor que a média das bandas de segundo grau, mas alguém explica esses solos de sax?
Vi no Poptart, What’s Our Mission?.
O sensacionalismo requer um certo je-ne-sais-quoi, como vimos nesse exemplo do Meia Hora dessa quinta…
E por falar em Radiohead, eis o poster do Coachella do ano que vem, que teria vazado…
Mas tá estranho esse lineup… Daft Punk abrindo pro Foo Fighters? O Shins tá bem colocado demais… Moby a essa altura dos anos 10? LMFAO com mais destaque que o Wilco? Hmmm… Vi lá no Radiohead Brasil, que tá de cara nova.
Dia de festa! Quem passou o mouse no BLOGS lá de cima desde anteontem já deve ter percebido algumas dos novos blogs dOEsquema – e eis que hoje os três estão azeitados o suficiente para serem apresentados oficialmente. Como os anteriores, já são conhecidos de quem frequenta o Trabalho Sujo.
O Caracteres com Espaço, da Helô (minha co-pilota no Link), é um blog essencialmente paulista (ela é de Campinas, dai não ser propriamente paulistano), preocupado com os arredores, as miudezas, os detalhes do cotidiano (daí a citação ao Seinfeld no subtítulo) – doses homeopáticas de realidade, às vezes doces, às vezes azedas, mas sempre com o temperamento lóki característico (com trocadilho) de sua autora.
O Bate-Estaca, do Camilo (que também tá no Link agora, testando aparelhos), é uma máquina de escrever plugada numa vitrola – e o pulso da disco music não deixa o mestre parar de postar sobre assuntos aparentemente alheios entre si (política, cultura pop, São Paulo, MP3). Camilo é um dos caras que apresentou o Brasil à dance music eletrônica dos anos 90 (que, antes dele, era conhecida derrogativamente como “discoteca” ou “poperô”), um dos pioneiros nas raves no Brasil e um dos meus três jornalistas brasileiros favoritos. Dá pra culpá-lo inclusive de ter feito uma geração inteira a se acostumar com notícias curtas (era ele quem editava a seção de notas da Bizz na fase áurea da revista) e a tornar comum a atividade jornalista-DJ, mas nem todo mundo é perfeito.
Conheci o Vinícius Félix ao mesmo tempo em que inventamos um jogo, as t-girls, tão desaparecidas de nosso dia-a-dia, e desde então acompanho o Blog do Bracin como um dos tumblrs sobre cultura pop mais frenéticos do Brasil. É o caçula da família OEsquema – e é a primeira vez que ele toca um blog de verdade. Ironicamente, o blog deixou de ser Blog do Bracin para virar apenas seu infame apelido (um dia ele explica).
É uma honra tê-los nesse novOEsquema (tão visitando a home?), junto à Babee, ao Chico, à Ana e à Rafa, começamos a ampliar nossa área de atuação. Podem dar-lhes as boas vindas também.
E não parou por aí…
Stage Whisper é o nome do próximo disco da filha de Serge Gainsbourg, Charlotte, que reúne gravações ao vivo e faixas inéditas, como esta “Paradisco”, gravada com o Beck, que produziu seu disco mais recente, IRM. Bem boa.
Charlotte Gainsbourg – “Paradisco“ (MP3)
Ou nem deu pra sentir saudade?
Dirty Beaches – “Sweet 17”
Beck – “Pressure Zone”
Broken Social Scene – “Shampoo Suicide”
Black Keys – “Sister”
Mayer Hawthorne – “Work to Do”
Kassin – “Potássio”
Girls – “Love Like a River”
Foster the People – “Machu Picchu”
Spoon – “I Turn My Camera On”
Caxabaxa – “Selembra Quando A Gente Era Tudo Amigo?”
Bárbara Eugênia – “Por Querer (Todas)”
Silva – “Imergir”
Cícero – “Pelo Interfone”
Fabio Góes – “Amor na Lanterna”
Mallu Magalhães – “Por Que Você Faz Assim Comigo”
Bonifrate – “Naufrágios”
Smiths – “Heaven Knows I’m Miserable Now”
Adriano postou um loooongo desabafo sobre a sua saída do Canseide. Um trecho:
As coisas já estavam feias, eu saía dos shows cada vez mais constrangido. Aquilo, o show, não era meu. O desinteresse pela música estava ficando cada vez mais gritante. Cantora desafinada que prefere fazer aula de pole dance ao invés de vocal coaching. Guitarrista que erra, toca fora do tempo e passa mais tempo arrumando pedal do que tocando durante o show. Tecladista que toca tão mal (e com uma mão só) que obriga o técnico de som a deixar o volume dos teclados baixo mais da metade do show para não arruinar a gig. Puro desinteresse. Pela música. Minha música. Meus arranjos. Minha estética. Minhas decisões. Elas eram incapazes de criarem suas próprias partes, eu tinha que ensinar nota por nota. No começo me sentia desrespeitado, eu já sabia que ali o que importava não era o show. Era o avião, o hotel, o busão. Os restaurantes que elas iam comer, as fotos que iam tirar, os famosos que iam conhecer, as entrevistas que iam dar contando o processo criativo do disco, do qual tiveram participação praticamente nula. As vezes me deparo com entrevistas da tecladista detalhando o processo criativo do disco. A náusea é tamanha que já cheguei a vomitar.
E não é só isso, veja lá no blog dele. E é bem triste isso, na real.
Bem massa esse Renato Era Chato.
Quem já pousou o mouse de bobeira sobre a palavra “blogs” no cabeçalho do site já deve ter se ligado que começamos a estréia dos novos blogs dOEsquema sem muito alarde. E agora que os quatro primeiros já começaram a se habituar com a casa nova, é hora de apresentá-los. Pedi para cada um dos novos blogueiros descrever sobre o que é o site deles. Primeiro a Ana, observadora natural que voltou da Holanda e retoma o blog a partir de São Paulo:
O Olhômetro foi criado pra ser um observatório de coisas interessantes – na música, no showbiz, no mundo das notícias engraçadas, na internet, no dia-a-dia. A idéia é falar de tudo que acontece e o que eu acho disso, mas de um jeito pretensiosamente engraçado. Isso já tira toda a graça da coisa, mas acho que ninguém liga mais.
O blog estreou em 2007 e desde então segue meio esquizofrênico, mas isso é só um reflexo de como eu mudei nos últimos quatro anos, então nada mais natural.
Eu sempre fui péssima pra nomes, mas meu irmão diz que Olhômetro é bom, então tudo bem. Eu também gosto, mas certa vez me dei conta que poderia estar roubando um nome incrível para um blog de fotografia. Uma pena.
Depois a Babee, um dos melhores parâmetros pra bom gosto musical no Brasil hoje (apesar de ela curtir Pantera). Minha conterrânea é dona do Boo Monster Bop (ou apenas Boombop), também mora em São Paulo e seu Boombop Shuffle é meu podcast favorito:
Boo Monster Bop é um blog sem firulas, feito para aqueles que amam música e procuram novidades nada óbvias. Além de vídeos e pôsteres, tem também a mixtape semanal Boombop Shuffle, criada a partir do shuffle do iPod e que traz uma sequência de músicas novas e (quase sempre) desconhecidas.
A Rafa é carioca mas tá há um tempo em Londres. E explica seu Patchwork:
O Patchwork é uma colcha de retalhos formada por pedacinhos de informação sobre arte, ciência, fotografia, música, ecologia e o que mais me der na telha. Conexão Brasil – Londres, o blog é movido à curiosidade e admiração pela criatividade, em todas as suas formas, tamanhos, cores e texturas – sem preconceitos e com direito a algumas nojeiras e esquisitices (afinal, a beleza está nos olhos de quem vê, né não?).
E o Chico Dub, também do Rio, agitador cultural (ele tá produzindo o melhor menor festival do Brasil, que acontece nesse fim de semana, o Novas Freqüências) e estudioso dos graves, como entrega seu “sobrenome”:
Por 6 anos, de 2002 a 2008, tive um blog sobre dub e música jamaicana. Posso categoricamente afirmar que o “Dub Blogger” foi nos seus primeiros três anos uma das principais fontes de notícias sobre dub e os novos sons inspirados no bass jamaicano. Depois de escrever anos e anos sobre Jamaica, Londres, Berlim e afins, de ter participado da criação do principal documentário sobre o dub já produzido no mundo (junto com o mais que parceiro Bruno Natal), de ter tocado em festas a rodo, e de ter contribuído para a divulgação de uma música que é muito maior do que falam que ela é, me sinto hoje com o dever cumprido. Surgiu então, em 2009, a Dancing Cheetah, um movimento em prol de ritmos latinos, africanos, caribenhos, asiáticos. Com um foco mais contemporâneo, batizado por alguns especialistas de global guettotech (por conta das misturas com música eletrônica), a Dancing Cheetah já tem quase 3 anos de existência. Foi a primeira festa assumidamente desse estilo no país. E é muito bacana ver outras idéias como a nossa (divido a labuta com o João Brasil e o Pedro Seiler) surgindo no Brasil todo.
Bom, toda essa looooonga introdução se justifica para falar do meu blog atual, o “Chico Dub”. Criei o tamagotchizinho nos primeiros dias de 2011 para ser uma plataforma que mesclasse todas as fases musicais da minha vida recente dando prioridade ao que acontece HOJE dentro da música – os últimos lançamentos, as tendências, os festivais. Ter o blog em menos de um ano hospedado dentro do OEsquema, lugar de máximo respeito e que eu simplesmente entro todo santo dia, me enche muito de orgulho. Não poderia estar em melhor lugar e com melhores companhias.
Por isso, podem dar as boas vindas aos quatro novos integrantes dOEsquema: Olhômetro, Boo Monster Bop, Patchwork e Chicodub. Tratem-os bem e fucem seus arquivos – são blogs com anos de bagagem, tem muita coisa legal escondida nos meses passados. Como não poderia deixar de ser, é só gente de primeira. Gente que fala, mas que também faz. E faz bonito.
E não são os únicos. Daqui a pouco estreamos mais outra leva de blogs quando, finalmente, concluímos a tão alardeada evolução para a fase 2 dOEsquema. Juro que não demora.
Nunca é demais…
Cure – “It’s Not You”
Cure – “10:15 Saturday Night”
Cure – “Fire in Cairo”
Cure – “A Reflection”
Cure – “A Play for Today”
Cure – “A Forest”
Cure – “Other Voices”
Cure – “Faith”
Cure – “One Hundred Years”
Cure – “Siamese Twins”
Cure – “Shake Dog Shake”
Cure – “Piggy in the Middle”
Cure – “In Between Days”
Cure – “The Blood”
Cure – “Killing an Arab”
Cure – “Let’s Go to Bed”
Cure – “The Walk”
Cure – “Just Like Heaven”
Cure – “Push”
Cure – “Pictures of You”
Cure – “Love Song”
Cure – “Never Enough (Big Mix)”
Cure – “A Letter to Elise”