Destaque

Perguntei no post do Bonde do Rolê se a participação do Caetano era só no disco deles ou do Diplo e o próprio Gorky me respondeu por email:

“Caê só tá no nosso disco. O Diplo só tava lá de produtor executivo. O que ele fez foi uma música com a Banda Uó na segunda no estúdio do Liminha…”

Diplo com a Banda Uó no estúdio do Liminha é tipo uma foto do Fernando Henrique com o Lula no Awesome People With Pregos. Aproveitei pra perguntar pra ele a quantas anda o disco novo do Bonde:

“Sobre o disco do Bonde nem tem muito o que adiantar… Deve sair em abril pela Mad Decent, e o primeiro single – “A Kilo” – sai no mês que vem. Gravamos o clipe e o Diplo participa como ator! Os remixes ainda estão sendo feitos e na faixa original tem um replay – porque é mais barato regravar o sample! – de “Funnel of Love“, da Wanda Jackson”

“A Kilo” é foda, hahahahahaah!

O solo do Bonifrate também é outro que tá indo pras cabeças nesse balanço de fim de ano. Comigo concorda o Tiagostini:

A síntese da safra atual está em “Cantiga da Fumaça”, música de Um Futuro. Partindo de terra arrasada (“as ruas andam vazias, o bonde sem condutor”), Bonifrate cria em quase seis minutos um hino de renovação pessoal e coletiva. Se há quem diga que não existe amor em SP – ou em qualquer outro lugar -, o cantor propõe aqui uma alternativa: pega tudo que quiser, guarda na memória e se una com sua gangue de almas destemidas. É hippie ao extremo, mas de forma natural. “Cantiga da Fumaça” tem a aura daquelas canções que encerram ciclos. Culpa, talvez, da simplicidade do aranjo, levado por um violão lento e pontuado por frases longas e sentimentais de harmônica. Soa como Dylan em 65 com “Like a Rolling Stone”. Não que Bonifrate tenha tais pretensões, e nem é o caso de se ater ferrenhamente à comparação. A época é de revoluções pessoais, íntimas, particulares. Exatamente como sugere a canção.

Dá pra ouvir o disco inteiro aqui.


Bonifrate – Cantiga da Fumaça (MP3)

…quem nunca? Eu. Olha só que parada lóki…

Dica na Marinaka.

E a segunda Noite Trabalho Sujo apresenta as quatro cavaleiras do pós-Calypso: Helô, Mari, Santa e Lu vão virar o Alberta do avesso com sua mistura de clássicos do amanhã com Top TVZ. É a Awe Mariah – que é cheia de graça e você conhece o refrão! Venha se esbaldar com elas que, se elas deixarem, eu ainda dou uma palhinha… Mais coordenadas sobre a festa no site do Alberta ou na página do evento do Feice – e dá pra mandar nomes pra lista de desconto até às 20h dessa sexta, no email noitestrabalhosujo@gmail.com. Vambora?

Eis o momento do rapper (ou cantor?) assumir-se galã.

O clipe da faixa Cidadão Instigado do Criolo, lançado nessa sexta, é um bom exemplo daquele papo de média 302 que eu tava falando no último Vinteonze – compara a quantidade de views com o de likes, pra ver como teve mais gente gostando do que assistindo o clipe. Se tiver passado de 302, é que o timing já foi. Mas repara.

Bem bom.

Uma hora e pouco sobre a importância da banda. Se você conhece, delicie-se. Se não, aprenda:

Mais uma dica do Bruno Crepaldi.

Helô, Lu, Santa e Mari debutaram na terceira Trabalho Sujo + Veneno desse ano e fizeram bonito. Tanto que as escalei pra tocar na segunda Noite Trabalho Sujo, que acontece nessa sexta, de novo no Alberta (o evento no Feice dá as coordenadas para quem quiser ir e incluir o nome na lista de desconto). E elas fizeram a singela mixtape abaixo, dando o clima da noite de sexta pra sábado…


Awe Mariah – PIPOPOPOROPOW (MP3)

Foster the People – “Pumped up Kicks”
Ben l’Oncle Soul – “Seven Nation Army”
Ike & Tina Turner – “She came Through the Bathroom Window”
Amy Winehouse – “Valerie”
Black Keys – “Lonely Boy”
Tame Impala X Stevie Wonder – “Remember Me/Superstition”
Midi, Maxi & Efti – “Bad Bad Boys”
The Strokes – “Machu Picchu”
TLC – “No Scrubs”
Kelly Key – “Baba”
Michael Jackson – “Bad”
Lou Bega – “Mambo number 5”
Scatman John – “I’m a Scatman”
João Brasil – Michael Jackson – “Short Dick Caetano”
Art Popular – “Requebrabum”

Ronaldo e Biancamaria fizeram um dos eventos mais interessantes de São Paulo esse ano, o Goma-Laca.

O evento aconteceu no sábado passado no Centro Cultural Vergueiro, e além do site, dos programas de rádio e da exposição de discos, ainda promoveu um show-tributo aos tempos em que a música brasileira era registrada em discos de goma-laca (muito antes do acetato e da cera de carnaúba), nas décadas de 30, 40 e 50.

A banda-base era ninguém menos que o Sambanzo (a banda do Thiago França com o Kiko Dinucci) e um dos convidados foi o Emicida, recriando Moreira da Silva. Segura:

Repare como o breque do Morengueira muda completamente a rima de Leandro Roque. Emicida vem correndo o risco de virar caricatura de si mesmo se não começar a se reinventar – justamente como fez nesse improviso. Mandou benzaço.

E Ronaldo avisa que dentro em breve tem o volume 2…

O vocalista do Radiohead se juntou ao 3D do Massive Attack e ao Tim Goldworthy do U.N.K.L.E. em um set de duas horas na terça passada, em um evento para atrair atenção aos protestos do movimento Occupy em Londres.

Em dado momento, surge uma frase do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen: “A man should never put on his best trousers when he goes out to battle for freedom and truth”. E o jungle comendo solto:

Uma das coisas que eu acho melhor disso tudo é a cara de festa – e não de protesto – que essas manifestações aparentam.