David Cronenberg em São Paulo

Que beleza esse evento sobre o Cronenberg que vai rolar em São Paulo, chamado Cinema em Carne Viva. Rola um curso, palestras e o principal, a oportunidade de ver os filmes do gênio dentro de uma sala de cinema. Olha a programação:

Quarta-feira – 21/09
15h30 – eXistenZ
17h30 – Câmera + Videodrome
19h30 – Palestra Fábio Fernandes

Quinta-feira – 22/09
15h30 – Calafrios
17h30 – M. Butterfly
19h30 – Crash, estranhos prazeres

Sexta-feira – 23/09
15h30 – Scanners, sua mente pode destruir
17h30 – Stereo + Crimes do futuro
19h30 – Palestra Tadeu Capistrano

Sábado – 24/09
15h30 – The Brood
17h30 – Gêmeos, mórbida semelhança
20h00 – Câmera + A hora da zona morta

Domingo – 25/09
17h30 – A Mosca
19h30 – Spider

Quarta-feira – 28/09
10h30 – Curso
15h30 – Rabid
17h30 – The Brood
19h30 – Palestra Laura Canépa

Quinta-feira – 29/09
10h30 – Curso
15h30 – Stereo + Crimes do futuro
17h30 – Gêmeos, mórbida semelhança
20h00 – Mistérios e Paixões

Sexta-feira – 30/09
10h30 – Curso
15h30 – Câmera + Videodrome
17h30 – eXistenZ
19h30 – Palestra Ieda Tucherman

Sábado – 01/10
17h30 – Crash, estranhos prazeres
19h30 – Fast company

Domingo – 02/10
17h30 – Marcas da violência
19h30 – Câmera + Senhores do crime

Mais infos no site do projeto. E parabéns a quem bolou e conseguiu por de pé o projeto. Só faltou trazer o mestre pra uma palestra. Outro dia ele aparece por aí.

Freud, Jung e… Cronenberg!

Aproveitando o papo cabeça… e esse novo filme do mestre, hein? Valeria só pelo elenco (valeria, claro, só pelo diretor, né…), mas o tema do filme é o encontro de Freud (Viggo Mortensen) e Jung (Michael Fassbender).

Promete.

Camera: um curta de David Cronenberg

Cinema, doença, tecnologia, fotografia, sonho, psicologia, envelhecimento, morte, obsolescência, pureza, descoberta – o monólogo de Les Carson (o Barry Convex de Videdrome) foi gravado em comemoração aos 25 anos do festival de Toronto e incluído na edição Criterion do filme de 1982. E lida com os principais temas da filmografia de um dos meus ídolos canadenses (o outro é o Neil Young).

Schrödinger Produções

Filmes de um universo paralelo

Matrix dirigido por John Boorman (com Bruce Lee como Neo), Tron feito por Cronenberg, Inception de Samuel Fuller (com trilha de Sun Ra!), Tobe Hopper e John Carpenter juntos, 2011 de Kurosawa, Guerra nas Estrelas de Jodorowski, 1984 de Paul Verhoeven e Kill Bill com Marilyn Monroe e Russ Meyer. Esses são só algumas das pérolas (há dúzias) de filmes imaginários criados pelo site Hartter. Lá tem mais.

Cronenberg e o cinema extremo

E já que eu falei do Cronenberg, se liga nesse documentário da BBC sobre o mestre:

Cronenberg! Landis! Carpenter! Juntos!

Que time!

Cronenberg (ídolo pessoal) estava às vésperas de lançar o épico Videodrome e Carpenter, seu remake para The Thing, o novo clássico O Enigma que Veio do Espaço, enquanto Landis havia acabado de lançar Um Lobisomem Americano em Londres. Os três se reuniram numa mesa redonda realizada pela produtora Universal para promover seus três filmes.

E os caras novaços. Que achado!

Pérola desenterrada pela Film Detail, dica preciosíssima da Jufa.

“Nem o bem que me fizeram”

Mashups de filmes

Tem muito mais aqui.

Filmes inspirados em brinquedos…

…se a moda pega…

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Dica da Malg.

Mistérios e Paixões

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Mistérios e Paixões (Naked Lunch, 1991, EUA). Dir: David Cronenberg. Elenco: Peter Weller, Judy Davis, Ian Holm. 115 min. Por que ver: Da literatura beat, William Burroughs é certamente o nome mais difícil para se trazer à tela, mas ironicamente Mistérios e Paixões (título em português idiota para uma obra que já existe no Brasil há décadas, O Almoço Nu) é a melhor representação da alma beat no cinema, entre cinebiografias, documentários e adaptações livres. Não é o caso desta, que embora pouco fiel à obra em si, é obcecada não só pela natureza doentia do livro como de toda obra e do personagem – um mundo aparte em que heroína, insetos, homossexualismo e espingardas. Reconta a história de Burroughs – do assassinato de sua mulher ao exílio no Norte da África – e a mistura com elementos de sua literatura. Genial. Fique atento: Não bastassem as alucinações grotescas que habitam a ficção de Burroughs ganharem forma, sentido e textura (um ânus falante, uma máquina de escrever insectóide), é a atuação quase asséptica de Weller (o Robocop), que transforma o escritor beat de um personagem asqueroso e bizarro a um espelho para cada espectador.