On the run 104: Zeuhl: blum hamtai itah, und^em, zanka, walomend^em, por Fabio Bianchini

Já é uma tradição: ao começar a primavera, Fabio “Mutley” Bianchini (o Mumu) começa sua expectativa para a chegada da mais bela estação. E este é o segundo ano em que sua espera diária se materializa no Tumblr Contagem Regressiva para o Verão, com links diários para vídeos ensolarados – como os dias que têm feito essa semana, a penúltima da primavera de 2011. Sabendo desse astral, a Dani pediu para ele fazer uma mixtape temática sobre a próxima temporada, e sua resposta foi em kobaïano, sua atual fixação progressivista, idioma que batiza a coleção de hits. A foto que embeleza a mixtape foi tirada pela Malg, em uma passagem pelo mítico Riozinho, uma das melhores praias de Florianópolis, de onde Mumu transmite.

Zeuhl: blum hamtai itah, und^em, zanka, walomend^em, por Fabio Bianchini (MP3)

Undertones – “Here Comes the Summer”
Katrina & the Waves – “Walking on Sunshine”
Amigos Invisibles – “Merengue Killa”
Verano – “Summerlove”
Eddy Grant – “I Don’t Wanna Dance”
Beatles – “Ob-La-Di, Ob-La-Da”
Bodysnatchers – “Let’s Do Rock Steady”
Erasmo Carlos – “Maria Joana”
Plastilina Mosh – “Pervert Pop Song”
Weezer – “Island in the Sun”
General Johnson + Joey Ramone – “Rockaway Beach”
Divine Comedy – “Pop Singer’s Fear of the Pollen Count”
Panda Bear – “Surfer’s Hymn”
Elf Power – “Stranger in the Window”
Jorge Ben – “Que Maravilha”
Teenage Fanclub – “Aint That Enough”
Lulu Santos – “Como uma Onda”
Fun Lovin’ Criminals + Ian McCulloch – “Summer Wind”

Velvet Underground ao vivo em 2011

Calma lá, o título é só pra chamar atenção 😛

No caso, para o show que a Dani assistiu em Paris (ah, Paris…), com o Nigel Godrich, o Nicolas Godin do Air, o Colin Greenwood do Radiohead e o Gaz Coombes e o Danny Goffey do Supergrass tocando todo o primeiro disco do Velvet. Tem mais vídeos lá no post dela, saca .

A Banda Mais Bonita do Don’t Touch My Moleskine

Bruno que pescou num post antigo da Dani.

Vinteonze: Uma dimensão paralela onde tudo é legal o tempo todo

Sobrevivemos à festa de 15 anos do Trabalho Sujo para falar dos shows de Arthur Verocai e do casal Dean & Britta, de uma geral na Virada Cultural 2011 (além de dicas para melhorar este conceito – e de graça, hein prefeitura!), Lima Barreto, “Revolution 9” ao vivo, Santiago, subcomandante Marcos, Fringe e Michael Chabon (Maps and Legends e The Yiddish Policemen’s Union são os livros referidos), tudo ao som da mixtape I Can Hear the Sounds You Don’t Remember, que o Bruno Morais fez para distribuir na supracitada festa, disponível para donwload no site da Dani. Ouvidos à obra.


Ronaldo Evangelista & Alexandre Matias – “Vinteonze #0005“ (MP3)

Vida Fodona #276: A festa de 15 anos do Trabalho Sujo

Começo a contagem regressiva pra festa de sábado e a garota do Vida Fodona de hoje, a querida Dani, uma das discotecárias! Mais infos sobre a festa aqui.

Radiohead – “Lotus Flower (Brainbeats Remix)”
TV on the Radio – “Will Do (XXX Change Dancehall Mix)”
Architecture in Helsinki – “Contact High (Clock Opera Remix)”
Destroyer – “Kaputt”
Criolo Louco – “Subirousdoistiozin”
Burial + Thom Yorke + Four Tet – “Mirror”
Dorgas – “Loxhanxha”
Karina Buhr – “Plástico Bolha”
Juliana R. – “Dry These Tears”
Broken Social Scene – “Meet Me in the Basement”
Edward Sharpe & the Magnetic Zeros – “Janglin’ (RAC Remix)”
Metronomy – “The Look (Fred Falke Remix)”
Alex Winter – “Sister Wife (Star Slinger Remix)”

Colaqui.

15 anos de Trabalho Sujo

Uma porta antiga, na esquina da avenida São João com a rua Dom José de Barros, em fente às vitrines da Galeria Olido, pleno centro. Subindo as escadas, no primeiro andar, à sua direita pista 100% digital, CDs, laptops e iPods disparando seleções de todas as vertentes possíveis da dance music – todas as épocas e gêneros remixadas uns nos outros-, e à sua esquerda pista 100% analógica, vinis girando a 33 ou 45 rotações por minuto com grooves de todas as partes do mundo. No caminho para uma ou para outra, você pode passar por uma porta e chegar na sala transformada em bar, com a… varanda com vista pro centro, ou no espaço com sofás, timeout e passagem de volta à pista. Se continuar, pode acabar completando a volta e chegar onde começou. Se resolver voltar, pode acabar se perdendo com alguma nova diversão ou som novo na outra pista. É a Associação Brasileira de Empresários de Diversões ou, para os íntimos, a Trackertower.

Em ocasião especial e por conjunção astral, somando as forças e váibes e sistemas de sons, oito discotecários, coletivos, duplas, dividem as duas pistas neste sábado, comemorando os 15 anos do Trabalho Sujo e a vida, por que não? De um lado, nos controles digitais, ficam Alexandre Matias e Luciano Kalatalo da Gente Bonita, Chebel e Giu da SRY e Dani Arrais do Don’t Touch My Moleskine atravessando décadas de música pop sem vergonha da acabção feliz. Do outro, nas picapes analógicas, o VENENO Soundsystem, formado por Mauricio Fleury, Peba Tropikal e Ronaldo Evangelista, girando soul, cumbia, afro, brasa, disco. Clima de festa, diversão sem fim, aparições surpresa, sons infalíveis & vista pro centro.

15 ANOS DE TRABALHO SUJO
Sábado, 9 de abril de 2011
Gente Bonita + Veneno Soundsystem + SRY + Don’t Touch My Moleskine
Na Trackertower
Rua Dom José de Barros 337, esquina com av. São João
$20 / $15 lista (para incluir seu nome na lista, basta confirmar a presença na página do evento no Facebook ou mandar email para baileveneno@gmail.com)
0h

Thiago Pethit

Bem legal esse novo clipe do Thiago Petit. Mas você consegue reconhecer quem está na figuração? Uma dica: duas das meninas na ficha técnica desse clipe estarão discotecando na festa de quinze anos do Trabalho Sujo. Outros tantos devem estar no público… Alice Braga? Quem dera… Convidaê, Petit!

Lulina + Velvet Underground

Tomás que me perdoe, mas essa rodada é do Bracin: Lulina vestindo Velvet é muito cinco estrelas, abraçando o Tom Zé, nessa pose fofa e tirada do blog da Dani então… Irresistivelmente indie-brasil. Depois dessa, só me resta jogar uma carta no morto.

“And dance and drink and screw”

Lembro quando a Dani tava terminando a parte dela na noite fantástica da semana passada, ela me cutucou e disse: “Vou tocar Pulp”. Sorri de volta: “Qual?”. “‘Babies’, adoro ‘Babies'”. Quem não adora? Mas acho que devo ter feito alguma cara meio torta, porque logo em seguida ela voltou pro iPod (ela discoteca de iPod, doida) e gaguejou: “Será que eu toco ‘Disco 2000’?”. Aí resolvi interferir (como não…): “Toca o hit”. “O hit?”, e o dedo dela escorregou para “Common People”. Sorri de volta.

Eu e Dani temos uma cumplicidade de festa desenvolvida nos idos de 2006, quando, em sua terra-natal, numa sexta ou sábado pós-carnaval, tiramos uma festa da cartola num quintal de um restaurante árabe, com toda torcida contra na argumentação de que, depois do carnaval, Recife não saía de casa. Dani acionou os “teens” como disse com aquele “t” agudo do sotaque pernambucano, escrevendo SMS por meia hora para, na meia hora seguinte, o quintal estar lotado. Foi a primeira vez que eu vi o poder social do celular em ação (mentira, um amigo meu já havia me deixado assombrado no ano anterior, quando digitava mensagens segurando o celular com a mesma mão que ficava sobre o volante, olhando para a tela apenas para conferir o que havia escrito). Foi a mesma clássica noite em que o Fred disse pra gatinha do psy que havia esquecido seu case de trance em casa às quatro da manhã – quando eu disse pra tocar Chico Psyence. Foi o carnaval do nascimento do Vida Fodona, outro dia eu lembro disso aqui melhor.

Mas quando ela cogitou “Common People” lembrei da vez em que ela tocou “Like a Prayer” em uma das primeiras vezes que discotecou aqui em São Paulo, nos tempos em que a Gente Bonita era quinzenal no Bar Treze, em frente à Faap. Era o prenúncio de que a noite seria de uma categoria superior. Depois ela mandou “Cheia de Charme” pra eu continuar (segui com “Fuck You”), mas aí é outra história.

E em homenagem à grande volta desse ano (2010 = Pavement, 2011 = Pulp), vou martelar a banda do velho Jarvis aqui de tempos em tempos. Só pra ser.

Que noite!

Que jeito fantástico de começar um ano novo. Só quem esteve lá pode confirmar: eu, Tiago, Dani e João Brasil sacudimos a pista do Alley dum nível que foi difícil arrancar o sorriso da cara das pessoas no dia seguinte, mesmo com ressacas brabas. Confere aí nas fotaças do mesmo Mattina que fotografou a GB do Rio (“tu de novo?”, ele perguntou de cara) fez – e flagrou algumas celebridades de verdade (de carne e osso, não essas que aparecem em revista ou TV) se acabando em nossa pistinha. A festa foi tão melhor do que esperávamos (e olha que esperávamos muito!) que estamos agitando uma segunda edição. Mas não tão logo, pra não banalizar.