Que internet você quer? Esse questionamento já acompanha minha querida amiga Dani Arrais há alguns anos e tornou-se um dos motes de seu trabalho – e da sua vida. Blogueira desde os tempos em que isso não era pejorativo, ela transformou seu Don’t Touch My Moleskine em mola-mestra de seu trabalho e aos poucos descobriu outra forma de se conectar às pessoas. Convidada desta semana do meu programa semanal Bom Saber, puxo a questão online para discutir outros temas, amplificados pela quarentena: nossa relação com o trabalho, com o dinheiro, com as pessoas mais próximas e com as celebridades, com o jornalismo, com a arte e com o mercado. Um papo que, se deixasse, ficava até amanhã.
O Bom Saber é meu programa semanal de entrevistas que chega primeiro para quem colabora com meu trabalho, como uma das recompensas do **Clube Trabalho Sujo**. Além da Dani, já conversei com Bruno Torturra, Negro Leo, Janara Lopes, Tatá Aeroplano, João Paulo Cuenca, Eduf, Pena Schidmt, Roberta Martinelli, Dodô Azevedo, Larissa Conforto, Ian Black, Fernando Catatau, Mancha, André Czarnobai e Alessandra Leão – todas as entrevistas podem ser assistidas aqui no Trabalho Sujo – ou no meu canal no YouTube, assina lá.
O experimento de aceleração de partículas de energias positivas e forças entrópicas realizado mensalmente na antena de concreto estrategicamente localizada entre a Galeria do Rock, o Largo do Paysandu e a esquina em que alguma coisa acontece no meu coração na melhor cidade da América do Sul tem uma procura incomum de voluntários devido ao excesso de maus fluidos que têm tomado conta da atmosfera de uma nação que engatou a marcha ré rumo ao século retrasado. Para isso preparamos mais um seminário em movimento com sumidades das boas vibrações que espalham suas teses sônicas por todos os cômodos do andar mais transcendental do centro antigo. O centro de pesquisas que mantém o encontro, Noites Trabalho Sujo, liderado pelo meteorologista mental Alexandre Matias vem desfalcado no sábado por uma boa notícia, o maestro nudista Luiz Pattoli não poderá comparecer à conjuração de energias luminosas pois ele mesmo está num cenário de luz, cuidando de mais um fruto de sua carne que chegou à nossa dimensão. O trabalho no auditório azul portanto será focado na dupla formada pelo proponente e o fisioalquimista Danilo Cabral, o audaz, e o tema da massagem cerebral exercida por frequências sonoras terá uma fase roxa que busca evocar uma entidade que passou recentemente à outra dimensão. Esse chamamento psiquicossonoro também poderá atrair experimentalistas de outras dimensões, eras e gêneros, que só serão revelados no instante. No auditório negro, as vibrações sonoras serão manipuladas pelos físicos do som André Palugan, o intagueável, e Guto Nunes, que apresentam-se sob a alcunha de San y Mayo, um exercício sônico a partir de ritmos cíclicos de todas as partes do planeta. Após essa explanação, a cientista social Daniela Arrais, do instituto de consciência humana Don’t Touch My Moleskine, convida o conterrâneo Guilherme Gatis para expandir o horizonte do otimismo com essências de boas vibrações para espalhar pela atmosfera da madrugada. Aliás, a confluência pernambucana parece forte nessa específica noite. No espaço de entrada próximo ao bar, na área de convívio, as estreantes Lydia Caldana e Natalia Vianna, representando o centro Didymai – do grego “irmãs gêmeas” -, desafiamm as leis da física movendo a índole dos presentes apenas com frequências sonoras. Os três ambientes do encontro estarão trabalhando em paralelo para começar a reverter o fluxo do pêndulo da história e contamos com a força psicossomática de todos os envolvidos para começarmos a desmagnetizar essa pressão plúmbea do inconsciente coletivo de 2016. Para a realização deste experimento, exigimos que os nomes dos voluntários sejam enviados com antecedência para o endereço eletrônico NoitesTrabalhoSujo@gmail.com e pedimos que haja um investimento de 30 dinheiros – apresentados em espécie – à entrada. A primeira centena de participantes, no entanto, só precisa trazer 20 unidades monetárias brasileiras para participar deste encontro ecumênico. Contamos com a presença de todos para desintoxicar o futuro à base de vibrações orgônicas positivas em movimento. Abaixo deixamos uma amostra de arquivos de áudio que serão apresentados a partir da virada do sábado para o domingo no edifício Trackertower.
Noites Trabalho Sujo @ Trackers
Sábado, 9 de abril de 2016
A partir das 23h45
No som: Alexandre Matias e Danilo Cabral (Noites Trabalho Sujo), André Palugan e Guto Nunes (San y Mayo), Lydia Caldana e Natália Fernanda (Didymai), Dani Arrais e Guilherme Gatis
Trackertower: R. Dom José de Barros, 337, Centro, São Paulo
Entrada: R$ 30 só com nome na lista pelo email noitestrabalhosujo@gmail.com. O preço da entrada deve ser pago em dinheiro, toda a consumação na casa é feita com cartões. E chegue cedo – os 100 que chegarem primeiro na Trackers pagam R$ 20 pra entrar.
Excelente a entrevista que a Dani fez com o Roman Krznaric, da School of Life, sobre o papel do trabalho em nossas vidas (tem a ver com a matéria de capa da Galileu deste outubro). Destaco o trecho incial:
A insatisfação com o trabalho bateu níveis recordes nos Estados Unidos. Na Europa, cerca de 60% dos trabalhadores estão infelizes com seus empregos e gostariam de trocá-los. E isso se espalhou para o Brasil também. Aqui vai uma estatística maravilhosa: em 2004, 12% dos brasileiros queriam trocar de emprego. Hoje esse número aumentou para 56% (…) A abordagem tradicional para trocar de emprego é ser muito cuidadoso e fazer muito planejamento. Preparar-se com antecedência, pesquisar possibilidades profissionais, fazer testes de personalidade, poupar dinheiro e procrastinar. Eu sou um defensor da abordagem oposta: em vez de pensar pensar e agir, primeiro você precisa agir primeiro e pensar depois. Em outras palavras, comece a experimentar, tentando outras carreiras, sendo voluntário, um estagiário se você puder, para tentar sentir um gosto de realidade. Claro que não estou dizendo que nós devamos ser completamente imprudentes e não nos preparar totalmente. Mas se você está procurando um trabalho que o preencha, todas as evidências dizem para agir primeiro e pensar depois.
O blog de Juliana Cunha – o já clássico Já Matei por Menos – virou livro, com a bela capa abaixo:
Nem lembro como ou quando conheci Juliana. E quando Thiago e João, da editora Lote 42 (que transformou o blog num volume impresso), me chamaram pra falar sobre o trabalho de Juliana num vídeo, a pergunta sobre a primeira vez era inevitável, mas não consegui registrar um ponto preciso. E nem é por falha memória, já que costumo guardar bem esse tipo de detalhe. Mas personalidades online, como a maioria do conteúdo que usa a internet como plataforma (sejam páginas no Facebook, perfis no Twitter, contas no YouTube ou blogs), chegam aos poucos e, quando você menos percebe, entram na sua rotina e dependendo do tom da abordagem, ele pode tornar desconhecidos em familiares em questão de dias. Certamente a conheci online – antes de saber que ela era baiana, jornalista, morava em São Paulo e tinha um cachorro chamado Palito. Não lembro se foi em seu blog, se ela comentou algo que escrevi ou se twittou algo de um jeito que me chamou atenção. Mas em pouco tempo virei leitor. No video abaixo, ela fala sobre o próprio trabalho:
E mais abaixo, eu e Dani falamos sobre o trabalho dela:
E como não podia deixar de ser, Babee e Dani fizeram bonito na festa da sexta passada, como podemos ver nas fotos da Bárbara, abaixo. E nessa sexta o Danilo recebe a Mariana Tramontina…
Noite estelar nessa sexta fria: Babee recebe ninguém menos que a querida Dani Arrais em uma discotecagem daquelas! E olha que é bem capaz de eu dar o ar da minha graça nessa sexta-feira, ainda de tipóia. Pra quem não sabe o caminho das pedras, veja no site do Alberta ou na página do evento no Facebook. E para mandar nomes para a lista de desconto, é só enviar no email noitestrabalhosujo@gmail.com até o fim da tarde dessa sexta. Vai ser demais!
Marcelo Colares está lançando finalmente seu terceiro disco – batizado apenas com o nome de sua “banda”, The Cigarettes – e algo entre a velhice, a preguiça, o cansaço e o sono me impedem de assistir ao show deste sábado, no Espaço Walden (no do Café Elétrico não dava pra ir – sexta é dia de Noite Trabalho Sujo), por isso deixo a entrevista que a Dani fez com ele como registro de sua passagem por São Paulo.
Thiago deixou a pista no jeito pra eu e a Dani debulharmos a pistinha do Alberta em mais uma Noite Trabalho Sujo memorável. Sexta que vem eu não vou estar na festa – vou pra Salvador, desculpaê -, mas convoquei Luciano Kalatalo – metade da Gente Bonita – pra segurar a onda enquanto eu estiver fora.
Abaixo, tantas fotos que a Bárbara conseguiu tirar daquela que, aos poucos, vem se consagrando como a melhor sexta-feira de São Paulo.
A festa dessa sexta promete ser… épica. Chamei Dani Arrais – a dona do Don’t Touch My Moleskine e velha comadre de guerra – pra tocar comigo e ela sugeriu chamar o Thiago @oraporra Guimarães, que está fazendo aniversário. Não o conhecia, mas pelo set que ele fez como aperitivo da noite, viu… promete. Dani também fez sua mixtape e as duas seguem aí embaixo. E pra ir na festa, já sabe o esquema, né? As coordenadas estão no site do Alberta quanto na página do evento no Facebook. E o nome na lista você manda para o email noitestrabalhosujo@gmail.com, até às 20h da sexta. E se prepare para uma noite ÉPICA. Eu tou falando: ÉPICA.