Velvet Underground a cores!

velvet-underground-1969

É disso que as lendas são feitas: os poucos registros em vídeo do Velvet Underground em sua breve existência ajudam a aumentar a aura que o torna uma das bandas mais importantes dos últimos cinquenta anos. Por isso é sempre motivo para comemorar quando surge algum trecho da banda em vídeo – e foi o que acabou de acontecer nos Estados Unidos, quando, ao digitalizar parte do acervo da Southern Methodist University, em Dallas, foram descobertas imagens do grupo ao vivo – e a cores – em um show em 1969.

Os registros trazem a banda em sua formação final, com Doug Yule substituindo John Cale. Mas três de seus pilares iniciais estão lá: o cantor e compositor Lou Reed, o guitarrista Sterling Morrison e a baterista Maureen “Mo” Tucker. A banda foi chamada para participar do Dallas Peace Day, um protesto contra a guerra do Vietnã realizado no dia 15 de outubro daquele ano e, infelizmente, a maior parte dos registros não tem som. Os que tem mostram a banda tocando “I’m Waiting for the Man”, “Beginning to See the Light” e “I’m Set Free” e uma entrevista com Sterling Morrison. Mas só de ter imagens em movimento e a cores da banda já é um achado e tanto, saca só:

Velvet_Underground_Dallas_Peace_1969

Vi no Dangerous Minds.

Menudo rock

menudo-1981-xanadu

E você sabia que o Menudo – é… – teve uma “fase rock”? Ela aconteceu no início dos anos 80, antes do auge do sucesso do grupo, quando a boy band portorriquenha gravou o disco Xanadu, em 1981, que trazia versões surpreendentemente boas para hits rock como “I Was Made for Loving You” do Kiss…

…”Crazy Little Thing Called Love”, do Queen…

…”Voulez-Vous” do Abba…

…e, claro, a faixa-título, eternizada por Olivia Newton-John.

Uma descoberta hilária do infalível Dangerous Minds.

Todo o show: Talking Heads ao vivo no Capitol Theatre, 1980

Talking Heads 1980

1980 talvez seja o grande ano do Talking Heads, quando o quarteto de Nova York abraça completamente as explorações musicais rítmicas, abraçando África e Caribe como se a new wave tivesse sido inventada por Fela Kuti numa tentativa de ironizar o ocidente. Além de consagrar a parceria do grupo com o produtor Brian Eno (que forjou suas duas obras-primas, Fear of Music e Remain in Light), o grupo ainda trouxe o ás da guitarra Andrew Belew para apresentações ao vivo e incorporava percussionistas, tecladistas e vocalistas negros para encorpar o som. Uma de suas apresentações mais memoráveis (em Roma) é deste ano, como este show recém-descoberto de Nova Jérsei, gravado no Capitol Theatre, uma das poucas casas da época que tinha um sistema de multicâmeras.

O setlist segue abaixo e o show foi uma dica do Dangerous Minds.

“Psycho Killer”
“Warning Sign”
“Stay Hungry”
“Cities”
“I Zimbra”
“Drugs”
“Once In A Lifetime”
“Animals”
“Houses In Motion”
“Born Under Punches (The Heat Goes On)”
“Crosseyed And Painless”
“Life During Wartime”

Refrão 1
“Take Me To The River”

Refrão 2
“The Great Curve”

Rolling Stones no Muscle Shoals: “Brown Sugar” e “Wild Horses” por mil dólares

wild-horses

O estúdio norte-americano Muscle Shoals, fundado em 1969 no estado do Alabama, hoje é considerado uma meca para um certo tipo de sonoridade rústica e crua, que tornou-se característica da alma roqueira e caipira dos EUA principalmente por conta de discos ali gravados, como já contou o documentário que leva o mesmo nome do estúdio, lançado no ano passado. Nomes como Lynyrd Skynyrd, Herbie Mann, Canned Heat, Cat Stevens, Paul Simon e Cher (que batizou um disco com o endereço do local) gravaram discos inteiros ali, que também viu gravações clássicas como “I Never Loved a Man (the Way I Love You)” de Aretha Franklin, “I’ll Take You There” das Staples Singers e “When a Man Loves a Woman” de Percy Sledge.

Mas um dos primeiros nomes a dar a aura mística ao lugar não foi norte-americano – aconteceu quando os Rolling Stones começaram o trabalho que daria na obra-prima Sticky Fingers gravando três músicas no estúdio, entre os dias 2 e 4 de dezembro de 1969. O site Dangerous Minds descolou um souvenir e tanto destas sessões que deram origem a “Wild Horses”, “Brown Sugar” e “You Gotta Move”: o recibo do estúdio, que cobrou mil dólares pela gravação de pelo menos dois clássicos imbatíveis da história do rock.

O site ainda achou fotos incríveis das horas em que os ingleses foram o fundo da alma sulista do rock americano, tiradas por um dos fundadores do estúdio, Jimmy Johnson, encontradas no blog The Asheville Oral History Project, do jornalista Clifford Davids:

stones-muscle-shoals-05

stones-muscle-shoals-04

stones-muscle-shoals-03

stones-muscle-shoals-02

stones-muscle-shoals-01

Dead Kennedys na escola

deadkennedys

Taylor-Ruth estava na quinta série quando retirou um disco dos Dead Kennedys na biblioteca da escola. Ela gostou e escreveu sobre isso em seu diário da época – e postou o texto em seu tumblr no começo do ano passado.

deadkennedys-5

Se alguém traduzir, é só escrever nos comentários que eu posto aqui.

O DaSoDu traduziu (valeu!), olha só:

Peguei um monte de CDs de música na biblioteca hoje! Alguns tinham palavrões no título, então eu tive que prometer para Sra. Jervis que eu tinha 15 anos. Ainda não tenho, mas acho que essa mentira não conta na biblioteca.

Já ouvi todos eles agora. Notei que em VÁRIOS desses CDs que os cantores não gostam do Homem. Eles até xingam ele! Não sei quem é o Homem. Talvez seja o Bush ou o diretor do vocalista. Mas se os Dead Kennedys não gostam do Homem, eu também não gosto. Também não gosto dos fachistas [sic]. Acho que eles são como uma religião ou culto a qual o Homem pertence.

Acho que, até agora, eu sou mais punk do que qualquer pessoa que eu conheci em toda a minha vida.

* The Man não é o “Big brother” como o próprio DaSoDu cogitou – e sim uma forma de se referir ao Sistema, com “S” maiúsculo.

Vi no Dangerous Minds.

Beatles Übber Alles!

2 STARKER19

E no mesmo post do Dangerous Minds vi esses Beatles de desenho animado tocando “California Übber Alles” – simples, besta, mas bem legal.

Os selfies de George Harrison na Índia

selfie-george-01

Na primeira viagem dos Beatles à Índia, em 1967, George Harrison não estava apenas interessado em aprofundar-se na cultura e música oriental como também em fotografia – e o blog Shooting Film pinçou essa série de autorretratos que o beatle quieto tirou de si mesmo naquela trip.

selfie-george-02

selfie-george-03

selfie-george-05

selfie-george-04

selfie-george-06

selfie-george-07

selfie-george-08

Vi no Dangerous Minds.

Velvet Underground ao vivo em 1967, em vídeo filmado por Andy Warhol

velvet-underground-67

O som tá tosco, as músicas tão pela metade, os efeitos de câmera são insuportáveis e aparentemente movidos pela excitação do câmera com a nova tecnologia, mas o título do post merece ser repetido em letras garrafais, afinal é o VELVET UNDEGROUND AO VIVO EM 1967, EM VÍDEO FILMADO PELO ANDY WARHOL. No meio da confusão audiovisual dá pra distinguir trechos de “I’m Waiting For the Man”, “Guess I’m Falling In Love”, “Run Run Run,”, “Heroin”, “Walk It & Talk It”, “I Heard Her Call My Name”, “Venus In Furs” e “Sister Ray” no meio de algazarra caótica de imagem e ruído, mas tudo bem – era essa intenção por trás do Exploding Plastic Inevitable, espetáculo que o Warhol concebeu para lançar o Velvet e, porra, é o VELVET UNDEGROUND AO VIVO EM 1967, EM VÍDEO FILMADO PELO ANDY WARHOL. Quem é fã da banda sabe da importância do registro.

Vi no Dangerous Minds.

Só o baixo: Rolling Stones, Beatles, Sonic Youth, Yes, Who, Rush, Queens of the Stone Age, Rage Against the Machine e mais…

paul-bass

O Dangerous Minds postou uma série de vídeos de clássicos da música contemporânea em que o canal do baixo elétrico é isolado, mostrando a força do instrumento na formação básica do rock. Fui além da lista original do site (que inclui Hendrix, Police, Stones, Rick James, Big Country) e incluí outros vídeos que encontrei por aí (de nomes como Who, Beatles, Queen, Yes, Rush, Queens of the Stone Age, Rage Against the Machine, entre outros). Segura a baixêra aí embaixo:

 

A verdade por trás do selfie do Oscar

Pena que ele foi tirado com a câmera do patrocinador e não com as lentes corretas:

they-live-selfie

Vi no Dangerous Minds. Ou tu nunca viu They Live? Senão tiver visto, corrija esse erro agora!