Colocando a mitologia de Lana Del Rey em prática
Lana Del Rey revelou um trailer em que ela explica o conceito por trás de seu novo álbum, Lust for Life:
“Então a cada manhã, me dou a luxo de me perguntar, ‘o que devo cozinhar para as crianças hoje? Algo com algum tempero? Algo com alguma amargura que é definitivamente doce? Ou devo tirar o dia para descansar e desligar o fogo e aproveitar o momento para mandar meu amor para eles através do éter?'”, ela conta no trailer. “Porque, às vezes, apenas ser puro de coração e ter boas intenções e deixá-las conhecidas pode ser a contribuição mais digna que um artista pode fazer”
O trailer vem logo após o primeiro single do disco, a balada “Love”, em que ela se refere especificamente aos seus fãs, e depois de ter conjurado seu público a rogar uma praga contra Donald Trump. Ela também menciona nas entrevistas recentes que fez seus primeiros álbuns para ela mesma e que este próximo ela vai dedicar-se aos fãs. No meu entender, é simples: ela criou uma persona ancorada em algumas referências firmes (os anos 20, Hollywood clássica, hipsterismo, decadência inabalável, David Lynch e Guns’n’Roses, entre outras tantas) e agora começa a espalhá-las para seu público, criando um universo em que os fãs possam habitar a maneira que fizeram outros ícones da cultura pop recente (Harry Potter, os filmes da Marvel, a volta de Guerra nas Estrelas, Game of Thrones, Senhor dos Anéis). Um universo que mistura a Hollyweird que ela menciona no trailer com uma bruxaria do século 21, fazendo ela mesma tornar-se papisa de uma religião em formação. Um conceito interessante, mas que só funciona mesmo se a música se sustentar. A ver.
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