(Foto: Victor Cohen/divulgação)
Outro dia a ex-baterista do Lava Divers, Ana Zumpano, que mudou-se para São Paulo em 2019 e vem jogando em diferentes posições da cena indie, me procurou para falar de seu novo projeto, que começou como uma sessão de ensaios com o guitarrista Beeau Goméz e aos poucos foi ganhando corpo, apertando ainda mais o pedal da psicodelia garageira que paira sobre a cena indie brasileira desde o início do século. A dupla finalmente estreia no mundo fonográfico nesta sexta-feira, quando lançam seu primeiro single, “Voo”, nas plataformas digitais e dividem o palco com os grupos Monchmonch e Bumbomudo nessa sexta-feira, no Fffront, em São Paulo. E ela descolou o primeiro clipe da banda em primeira mão para ser visto aqui no Trabalho Sujo, que já dá um gostinho da lisergia que vem por aí…
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Mais um dos discos abatidos pela pandemia, o excelente Corpo Nós, primeiro disco solo do guitarrista Guilherme Held, finalmente será lançado ao vivo. O disco, dirigido por Rômulo Froes, reúne não apenas a produção musical do guitarrista discípulo de Lanny Gordin, como boa parte dos artistas com quem ele colaborou nas primeiras décadas de sua carreira – um elenco estelar que inclui Criolo, Curumin, Tulipa Ruiz, Kiko Dinucci, Mariana Aydar, Rubel, Marcelo Cabral, Daniel Ganjaman, Thalma de Freitas, Juliana Perdigão, Fernando Catatau, Pericles Cavalcanti, Dudu Tsuda, Filipe Catto, Simone Sou, Thiago França, Bruno Buarque, Bixiga 70 e tantos outros, além de mestres como Milton Nascimento, Jards Macalé e Letieres Leite. Para o show que acontece nesta quinta-feira, no Sesc Pompeia, Held reuniu uma banda de peso, formada por Sérgio Machado (bateria), Fábio Sá (baixo), Dustan Gallas (teclados), Allan Abaddia (trombone), Cuca Ferreira (sax), Rômulo Nardes (percussão) e participações de Ná Ozzetti, Romulo Fróes, Iara Renó e Marcelo Pretto. O disco foi lançado em 2020, durante a pandemia, e por isso não teve um show de lançamento de fato, falha que será corrigida nesta quinta-feira, às 21h30, no Sesc Pompeia, e Held aproveitou a deixa para mostrar o clipe que fez para “Tempo de ouvir o chão”, que tem as participações de . Juliana Perdigão e Romulo Fróes, lançado em primeiro mão aqui no Trabalho Sujo. “É uma produção simples, com efeito super 8, que traz os convidados da canção e a participação dos meus cachorros John e Yoko”, explica o guitarrista. “São cenas na minha laje e na janela do Rômulo, sem muito roteiro e só no bom gosto do Mihay, diretor do clipe”.
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Mais velhos, mais sábios, mas sempre Teenage Fanclub – nosso grupo escocês favorito acaba de anunciar mais um disco, o segundo depois da saída do Paul McCartney da banda, Gerard Love, em 2018. De lá pra cá, a banda se reinventou com uma nova formação (que inclui o fundador do Gorky’s Zygotic Mynci, Eros Childs, nos teclados, além dos fundadores do grupo Norman Blake, Raymond McGinley e Frances Macdonald e o baixista Dave McGowan), que gravou o disco Endless Arcade, lançado há dois anos. O novo álbum, Nothing Lasts Forever, foi anunciado esta semana e deve ser lançado no dia 22 de setembro pela gravadora americana Merge. Para anunciar o lançamento, o grupo lançou a faixa de abertura do álbum, “Foreign Land”, com um clipe, que pode ser visto abaixo, além da capa e da ordem das músicas do novo álbum. Continue
Dois chuveiros que se encontram sob uma textura retrô. A letra da canção “Banho de Sal” ganha tons surrealistas no clipe que o jovem maestro Bruno Bruni escolheu para encerrar o ciclo de seu segundo disco, Broovin 2, que foi lançado durante a pandemia. “Essa música nasceu num período em que as parcerias musicais só tavam funcionando online”, lembra o músico. “Eu tinha essa música parada e mandei para a Ana Passarinho criar qualquer coisa em cima, meio sem compromisso. E ela acabou criando essa letra, que me pareceu super sincera sobre o momento que a gente tava vivendo – e a melodia que ela criou é foda. Pra mim essa música é sobre a necessidade de dar um banho na alma – e foi daí que o Tom Vouga, que dirigiu o clipe, tirou a idéia da trama entre chuveiros! Eu demorei pra entender até ver a fantasia pronta.” O clipe deste groove jazz funk estreia em primeira mão no Trabalho Sujo, explicando que o clipe foi filmado em VHS para passar uma “camada de verniz festa no McDonalds de millenial” e tornar o resultado final mais afetivo.
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“Pra sempre quer dizer sempre em busca”, canta Angel Olsen na faixa-título do EP que lança na próxima sexta, “Forever Means”. O disco é um conjunto de faixas que poderiam entrar no esplendoroso álbum que ela lançou no ano passado, Big Time, mas que surgem agora como um pacote de canções que acertam em cheio. “Nothing’s Free”, a faixa de abertura do EP lançada há um mês, já nos colocava num lugar em que sua composição e sua execução atingiam um equilíbrio perfeito, empenando aos poucos (e de propósito) para um lugar mais emotivo à medida em que o piano e o sax se soltam com o correr da canção, atingindo um ápice com o solo do instrumento de sopro, que vem sendo completo por um Hammond esparramado como um blues antigo. Na nova faixa, lançada nesta terça, ela prefere que o timbre levemente rouco que lhe é característico dê o tom da canção, que apesar do clipe solar, traz uma melancolia que não quer olhar para trás. “Pra sempre quer dizer tentar ver, pra sempre quer dizer dizer o que você está pensando, pra sempre quer dizer tenha certeza, tome seu tempo, pra sempre nos seus olhos, te vejo quando você brilha”. Que mulher.
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(Foto: Elisa Mendes/divulgação)
Passou o carnaval mas não o calor no coração: ou pelo menos assim atesta o primeiro single que une vozes e violões de Josyara e Juliana Linhares, duas das grandes revelações dos últimos anos, em visita a um clássico do grupo Asa de Águia. “Muitas vezes a gente vê os estilos sendo associados a um momento do ano e o mercado tenta enquadrar a música em épocas nas quais ela ‘deve’ ser tocada: forró é junho e toca no São João, axé é carnaval”, explica Juliana sobre lançar uma axé music após a semana da folia, que esse ano durou meses. “‘Não Tem Lua’ faz parte da nossa memória afetiva adolescente e não é necessariamente só carnavalesca; lembramos que música é atemporal e pode atravessar gerações”, ela continua. A música será lançada nesta sexta-feira mas seu clipe pode ser visto em primeira mão aqui no Trabalho Sujo.
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Muita gente não gosta e prefere os primeiros discos, mas a transformação que aconteceu com os Arctic Monkeys na última década não apenas pavimentou o caminho para o futuro da banda como a tirou de um beco sem saída que inevitavelmente a transformaria em uma caricatura. E foi justamente abraçando essa caricatura do roqueiro velho que Alex Turner começou a mudar a cara de sua banda, primeiro a partir do experimento The Last Shadow Puppets, que criou com Miles Kane no fim da primeira década do século. O laboratório paralelo acabou vazando para seu grupo principal e depois de um disco de rock clássico quase clichê (o excelente AM, de 2013, ainda seu melhor disco), transformou o Arctic Monkeys em um projeto de uma banda de rock em uma Las Vegas do futuro, com Alex vislumbrando a aposentadoria de um roqueiro longe dos riffs, gritos e solos de guitarra. Localizou-se em algum lugar entre o Serge Gainsbourg e as trilhas sonoras dos filmes de James Bond, em busca da excelência da canção europeia mas sem deixar seu lado inglês em primeiro plano. E o grupo reforça essa estética ao lançar o clipe de “Sculptures Of Anything Goes”, do ótimo The Car do ano passado, a mesma música quase estática que usaram para abrir o showzaço que fizeram no Primavera São Paulo do ano passado. Não é pra qualquer um…
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Betina lança o último single antes de finalmente nos revelar seu novo disco, que deve sair ainda este semestre, fechando o ciclo que começou com os singles “Polaroids” e “Zoin“, lançados no ano passado, com a participação de Luiza Lian. Como as canções anteriores, “O Coração Batendo no Corpo Todo”, que estreia em primeira mão aqui no Trabalho Sujo, é mais uma composição que ela divide com Dinho Almeida, dos Boogarins, e também conta com sua produção, ao lado do ex-supercordas Diogo Valentino. “Desliga isso”, esbraveja Luiza logo antes de sua aparição na canção, que pede para nos desconectar da realidade virtual que nos suga diariamente, além de cantar os vocais do refrão com a cantora curitibana. “Foi incrível gravar com a Luiza, ela entendeu muito bem a atmosfera da música e também conseguiu se conectar com ela como se fosse sua, o que trouxe muito mais potência para essa música que já fazia tanto sentido ter ela”, lembra Betina. “Mas o melhor é receber as mensagens dela de zap cantando a música depois de termos gravado. Deixa tudo mais especial”
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Você conhece o capixaba Daniel Furlan dos filmes que faz na internet – e que aos poucos foram ganhando a TV e outras mídias – há mais de uma década: um dos fundadores da TV Quase, ele é um dos responsáveis por sucessos como O Último Programa do Mundo, Choque de Cultura, Amada Foca, Falha de Cobertura, O Irmão do Jorel e Baixo Astral que tanto impregnam nosso imaginário coletivo brasileiro recente. O ator e escritor, que interpreta personagens como o motorista de van Renan de Almeida, o comentarista Craque Daniel ou o padre Eliseu, aproveita o início de 2023 para lançar uma nova frente de atuação, desta vez musical: o projeto Tropical Nada, que lança seu primeiro clipe em primeira mão no Trabalho Sujo. Assista abaixo:
“Há vinte anos, a palavra ‘algoritmo’ tinha um sentido comum muito diferente do que tem hoje, era uma palavra pra quem queria programar robôs, inteligência artificial através de computadores que fariam coisas grandes como conquistar outros planetas ou dominar o mundo tipo Skynet”, lembra Pedro Bonifrate, que está comemorando os 20 anos de sua carreira regravando quatro canções de duas décadas atrás, que foram registradas no EP Sapos Alquímicos na Era Espacial. Estas quatro músicas ressurgem num novo EP que, teoricamente, ainda sai esse ano. Ele já lançou duas destas regravações (“Casa com Piano” e “Radiação Verde“) e agora surge com a terceira, que ele lança oficialmente nesta sexta-feira e que antecipa em primeira mão para o Trabalho Sujo. “Um velho amigo e eterno nerd da física veio com essa piada sobre uma banda chamada Inteligência Artificial (I.A.) & Seus Algoritmos, que transformei nessa canção. O dia que quem sabe chegaria na letra da canção chegou faz tempo, e hoje temos várias bandas formadas por robôs e canções escritas por inteligência artificial pelo mundo afora, mas alguma já virou hit?”.
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