Clipe

Sem mais delongas, eis “Floating On A Moment”, o primeiro single do primeiro disco solo de Beth Gibbons, Lives Outgrown, que ela anunciou há cinco dias. O single mantém o clima de pesar e tensão característico de sua banda, o Portishead, mas a instrumentação acústica – sussurros usados pra marcar o tempo, contrabaixo de madeira na cara, assobios, violão dedilhado, vocais de apoio, guitarra sem efeitos – a ajudam a desvendar um outro lugar musical, mais plácido e intimista, algo que vem traduzido num clipe multicolorido e com efeitos digitais que misturam filtros de redes sociais com reproduções feitas por inteligência artificial, superpondo sua imagem a paisagens distorcidas, numa estética que vai de encontro à sobriedade austera do Portishead. E por esse primeiro aperitivo dá pra cravar que tem um discão vindo aí. Lives Outgrown será lançado no dia 17 de maio e já está em pré-venda, sua capa e o nome de suas músicas – bem como o primeiro clipe – podem ser visto abaixo. Continue

A mesma distribuidora que ressuscitou o clássico Stop Making Sense para os cinemas reuniu um monte de bambas para celebrar a importância dos Talking Heads. E o primeiro single do tributo Everyone’s Getting Involved: A Tribute to Talking Heads’ Stop Making Sense, organizado pela A24, vem também como uma boa notícia para os fãs do Paramore, que estavam temendo pela existência da banda depois que ela cancelou alguns shows (inclusive no Brasil) e apagou seus posts em suas redes sociais. O trio liderado pela vocalista Hayley Williams abre o tributo ao fazer uma versão para “Burning Down the House”, que contou com um clipe inspirado no filme de 1984 (veja abaixo), considerado o melhor show já filmado para o cinema. O disco, que ainda não tem data de lançamento definida e contará com versões feitas por Lorde, The National, Miley Cyrus, The Linda Lindas, Toro y Moi, Kevin Abstract, Badbadnotgood, Chicano Batman, El Mató a un Policía Motorizado, Girl in Red, entre outros.

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Os papas do maximalismo, sem lançar nada desde 2016, acabaram de anunciar seu retorno – e em grande estilo. O Justice voltou a ser falado pois surgiu como um dos nomes do cartaz do novo Coachella, mas estava guardando segredo sobre o novo álbum até esta quarta-feira, quando anunciou o lançamento do disco Hyperdrama para o próximo mês de abril ao mostrar a capa e dois singles do novo álbum, um deles com a presença do senhor Tame Impala, Kevin Parker, nos vocais. E “One Night/All Night” é uma joia, ouça abaixo: Continue

Nossa musa Kim Gordon acaba de anunciar seu segundo disco solo, sucessor de No Home Record, que ela lançou em 2019. O álbum The Collective também foi produzido pelo mesmo Justin Raisen que trabalhou com ela no disco anterior (produtor de artistas pop como Sky Ferreira, Charli XCX e Lil Yachty), e será lançado em março, mas ela antecipa o disco já com o primeiro single, “Bye Bye”, um trap com grunhidos de guitarra e sintetizador, em que a musa da juventude sônica rima com sua voz sussurrada enquanto faz sua mala para sair de casa, numa versão pós-moderna e em primeira pessoa para “She’s Leaving Home” – e com o clipe estrelado por Coco Gordon Moore, sua filha. Dá pra ver a capa do disco, o nome das músicas e o clipe completo abaixo: Continue

Quem também lançou música nova nesta sexta-feira foi Ariana Grande, que não lançava nenhum single novo desde 2020. Antecipando seu próximo disco, ainda sem título, o clipe de “Yes, And?” faz homenagem ao clipe de “Cold Hearted” da Paula Abdul ao mesmo tempo em que funciona como um tapa na cara do mercado da música hoje (mais ou menos como a Manu Gavassi tentou fazer naquele vídeo que ela lançou no fim do ano passado), mas também reflete sobre questões pessoais que qualquer pessoa, artista ou não, atravessa. O pé na house music parece ecoar influências do Renaissance, o que é um bom sinal.

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Outra novidade da sexta-feira foi a apresentação que Dua Lipa lançou nas plataformas digitais, mostrando a música que lançou no ano passado, ao despedir-se de Future Nostalgia, seu clássico disco de 2020, e começar a entrar em novo território. E qual é a surpresa quando ela mostra sua nova música “Houdini” à frente de uma banda, em vez de dançarinos ou cenários? Será que o novo disco da cantora inglesa vai por aí?

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Às vésperas do lançamento de seu terceiro álbum (se contarmos o disco ao vivo gravado em Montreux), o trio The Smile lança mais uma música de seu próximo trabalho, Wall of Eyes, que será lançado no próximo dia 26 (e está em pré-venda faz tempo). A balada “Friend of a Friend” leva a experimentação sonora do grupo formado pelos líderes do Radiohead Thom Yorke e Jonny Greewood (ao lado do baterista Tom Skinner, do grupo Sons of Kemet) para outros horizontes e o clipe abstrato e fluido, dirigido, mais uma vez, pelo cineasta Paul Thomas Anderson, reforça esse novo lugar sonoro dos três, com cores tingidas pela Orquestra Contemporânea de Londres e pelo saxofonista Robert Stillman. O novo single vem junto com o anúncio de uma pré-estreia do novo trabalho que acontece em cinemas de onze países. Wall Of Eyes, On Film é uma sessão de cinema que trará os clipes para “Friend of a Friend” e “Wall of Eyes”, além de clipes do Radiohead (“Dadydreaming” e duas gravações de Jonny e Thom na época do A Moon Shaped Pool, tocando “Present Tense” e “The Numbers” – podia ter os dois tocando “The Rip” do Portishead, da mesma época, hein…) e do Anima de Thom Yorke, todos dirigidos por Paul Thomas Anderson em versões em 35 milímetros e som surround. O evento ainda terá uma audição na íntegra do segundo disco de estúdio do grupo e imagens que o cineasta fez durantes as gravações do disco – e quem for ainda pode comprar merchandising exclusivo da banda, como fitas cassetes, camisetas e um fanzine. Infelizmente a sessão não passa pelo Brasil – o mais perto da gente é a Cidade do México… A relação dos locais que receberão essa sessão e o clipe da nova música você pode ver abaixo: Continue

Apesar de canadense, Neil Young fez sua carreira nos Estados Unidos e sempre trwz discussões políticas pada o palco da música pop. Não foi diferente nesta quinta-feira, quando recorreu a um recurso clássico para sua geração que é o uso do hino norte-americano como uma forma de protestar contra situações que tornam os EUA um estado-vilão que usa suas forças poltica, financeira, cultural e bélica para interferir na política de outros países. A nova interpretação feita pelo avô do grunge ecoa à clássica versão de Jimi Hendrix no festival de Woodstock e surgiu num clipe dirigido por sua esposa, a atriz Daryl Hannah, que o colocou à contraluz em um pequrno palco, decorado pela bandeira dos EUA em farrapos e um globo de discoteca. E o velho Neil ali, estraçalhando sua guitarra.

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Que tal uma segunda-feira com um sorriso no rosto? O grupo The Smile, formado pelo baterista Tom Skinner e por dois cérebros mais fritos do Radiohead, Thom Yorke e Jonny Greenwood, acaba de anunciar o lançamento de seu terceiro álbum (se contarmos o segundo disco ao vivo, The Smile Live at Montreux Jazz Festival July 2022) para o início do ano que vem. O anúncio de Wall of Eyes, que chega completo no dia 26 de janeiro (e já em pré-venda), vem acompanhado do clipe da bossanovinha que é a faixa-título do disco, mais uma vez dirigido pelo compadre da banda Paul Thomas Anderson, que além de fazer o filme Anima junto com Yorke também dirigiu o clipe de “Daydreaming”, primeiro single do disco mais recente (último?) da banda inglesa, A Moon Shaped Pool. A faixa traz ecos do Radiohead ao reaproveitar uma estrofe inteira (“Let us raise our glasses to what we don’t deserve or what we’re not worthy of”) do jornalzinho que o grupo distribuiu junto com a versão em vinil de seu disco de 2011, King of Limbs. Assista ao clipe abaixo e veja tanto a capa do disco quanto a ordem das músicas do novo álbum, que inclui o épico single “Bending Hectic”, lançado no ano passado: Continue

Apesar do estardalhaço no anúncio do novo single, “Houdini”, que a diva das pistas Dua Lipa acaba de revelar para o público, não é propriamente uma ruptura em relação ao seu álbum anterior, o soberbo Future Nostalgia. Mesmo a presença do senhor Tame Impala Kevin Parker na produção não chegou a abalar o rumo dance perfeito que a cantora inglesa adotou em seu disco de 2020, sintonizando Kylie Minogue e o Random Access Memories do Daft Punk na mesma frequência. Pelo contrário: o novo single parece uma continuação natural daquele momento, o início de uma segunda fase, mais do que um capítulo radicalmente novo como os teasers pareciam indicar. Não que seja ruim, pelo contrário – o novo single é um hit perfeito de pista que aproxima-se um pouco mais dos remixes da dupla Soulwax e faz referência a filmes dos anos 80 (como Flashdance) quando ela faz sua excelente coreografia em frente ao espelho. Se seguir o fluxo do disco anterior (que começou no segundo semestre de 2019 com a perfeita “Don’t Start Now” para mostrar-se álbum apenas no ano seguinte), teremos disco novo só em 2024, mas tudo também pode ser uma estratégia para nos pegar sem expectativa…

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