Clipe

“Party 4 U”, música que Charli XCX fez em 2016, quase foi lançada em 2017 no disco Pop 2 (quando o produtor A.G. Cook acabou por tirá-la da seleção final) e finalmente veio a público no disco que ela lançou durante a pandemia, How I’m Feeling Now, viralizou no começo do ano e deu a dica para que a sensação inglesa relançasse a música para comemorar os cinco anos deste que ela considera seu disco mais desafiador, por ter sido organizado e lançado durante o período mais crítico da pandemia, com gravações feitas à distância e sem expectativas sobre shows no horizonte. Ela agora celebra o aniversário de seu disco pandêmico lançando um clipe para a música, idealizado, gravado e editado em quatro dias, mas algo me diz que ela não está fazendo apenas isso. Afinal, mudou mais uma vez a capa do disco (que, como fez com todos os seus álbuns durante a era Brat, o grande acontecimento fonográfico de 2024), restaurando a imagem original que a mostrava adeitada na cama, apontando sua handycam para o alto. Não duvide se nos próximos dias ela aparecer com uma versão do disco de 2020 cheia de extras, repetindo a fórmula que Taylor Swift inventou para permanecer nas paradas das plataformas de streaming por mais tempo, e que ela mesma atomizou de forma intensa com seu disco do ano passado. E isso se ela não começar este processo em relação a todo seu catálogo, uma boa deixa para preencher o período sem novidades pós-Brat. A ver.

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How I’m Feeling Now, o disco que a Charli XCX gravou em casa sozinha durante a pandemia, completa cinco anos nesta quinta-feira e parece que a comemoração é das boas. Além de ter escrito uma carta à mão sobre o impacto do disco para ela e como ela agradecia aos fãs que a apoiaram sempre, ela também promete uma celebração que, até onde ela falou, conta com o relançamento do disco em vinil e um clipe para “Party 4 U”, que voltou a tocar desde o final do ano passado, principalmente nas redes sociais, mas parece que não vai ser só isso…

Veja a carta e o teaser do clipe abaixo: Continue

Eis a primeira música inédita de Fiona Apple desde que ela lançou seu soberbo Fetch the Bolt Cutters, na primeira temporada da pandemia, primeiro semestre de 2020 (descontada “New York Doesn’t Like Your Face”, que ela compôs para um desenho animado da Apple TV ainda em 2020). Mas uma série de colaborações recentes mostraram que vinha aos poucos querendo soltar a voz, que veio à superfície finalmente esta semana, quando mostrou “Pretrial (Let Her Go Home)”, um libelo contra a prisão dita “preventiva” de mulheres – em sua maioria negras – que eram apreendidas antes mesmo de começar seu julgamento, quase sempre deixando suas famílias desamparadas, uma vez que a maior parte delas é mãe solo e sustenta não apenas os filhos mas outros parentes próximos. A letra da música é justamente sobre isso e a voz poderosa de Fiona, que ateve-se ao tema porque ela mesma começou a acompanhar pessoalmente casos jurídicos do tipo, levanta-se contra essas prisões de forma ao mesmo tempo austera e cativante. O clipe que acompanha o novo single foi produzido pela ONG Zealous, que assiste juridicamente às vítimas desassistidas do sistema judicial dos EUA e que Fiona entrou em contato quando começou a acompanhar esses casos. E como Fiona não deixa barato, não duvido nada que em breve ela lança mais outra faixa tratando de outro tema crítico em seu país… Vamos aguardar… na torcida!

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Não é só (bom) marketing: “What Was That”, a nova música que Lorde adiantou para esta quinta-feira, não apenas retoma musicalmente as angústias de seus dois primeiros discos (deixando Solar Power, de 2021, isolado como um delírio pós-pandêmico), como cria um clima de catarse próprio para um renascimento – e que se o clipe, aparentemente filmado todo nesta quarta-feira, não deixa isso subtendido, ela faz questão de reforçar em um áudio que divulgou ainda na quarta. Um senhor recomeço, com Lorde voltando à boa forma. Assista abaixo: Continue

Lá vem o Pulp!

Quase um quarto de século depois de seu último álbum, o maravilhoso We Love Life, lançado em 2001, Jarvis Cocker e companhia voltam a mostrar músicas inéditas ao anunciar o lançamento de seu novo álbum, batizado apenas de More, para o dia 6 de junho. Além do anúncio, o grupo também mostrou não apenas uma música nova – “Spike Island” -, mas também seu clipe, que animou imagens de 30 anos atrás, que o grupo fez para divulgar sua obra-prima Common People, ressuscitadas por inteligência artificial, num jeito esperto e irônico da banda fazer sua crítica ao método – “Isso é moderno?”, pergunta-se. O disco começou a surgir quando o grupo retomou sua rotina de shows em 2023 (o que não fazia desde sua turnê de volta anterior, em 2012, quando se reuniram depois do fim oficial da banda, logo após o primeiro disco deste século) e algumas músicas chegaram a aparecer em apresentações ao vivo. Gravado em novembro do ano passado com produção de James Ford (do Simian Mobile Disco, que já fez discos com o Blur, Arctic Monkeys, Gorillaz, Kylie Minogue, Haim, Depeche Mode e Jessie Ware, entre outros), foi o disco da banda que levou menos tempo para ser gravado, em apenas três semanas. “Era óbvio que ia acontecer”, disse Cocker numa declaração sobre o lançamento, que é dedicado ao ex-baixista da banda, Steve Mackey, que morreu em 2023. E como o grupo já tem duas datas marcadas com o LCD Soundystem em Los Angeles, é bem provável que faça mais shows pelo mundo – por enquanto marcaram shows apenas no Reino Unido. Veja a capa, o nome das músicas e o novo clipe abaixo: Continue

Quem também deu notícias nessa terça-feira foi o Arcade Fire, que anunciou o lançamento de seu novo disco Pink Elephant com o single “Year of the Snake”, que canta que “é uma época de mudanças e se você se sente estranho, provavelmente é bom”. Desde o disco Everything Now, de 2017, o grupo canadense não lança realmente legal, mas esse single caiu bem aqui. O disco já está em pré-venda e será lançado no dia 9 de maio. Abaixo você vê a capa do disco, o nome das músicas novas e o clipe do primeiro single: Continue

O anúncio do show do Stereolab no festival Balaclava foi anunciado para esta terça-feira para coincidir com o lançamento do primeiro single do primeiro disco que a banda lança em 15 anos! Instant Holograms On Metal Film será lançado no dia 23 de maio e já pode ser comprado antecipadamente no site da banda. O novo single, “Aerial Troubles”, já vinha sendo instigado pela banda anglo-francesa desde o início do mês e eles aproveitam o lançamento não só para fazer o anúncio do novo álbum como para mostrar o clipe desta primeira canção, a primeira inédita do grupo desde o disco Not Music, de 2010. Veja a capa, o clipe e os nomes das músicas do novo disco abaixo: Continue


(Foto: Ana Alexandrino/Divulgação)

“Esse é só o começo de uma nova fase”, atesta Marcela Lucatelli sobre Coisa Má, seu primeiro disco em português que marca sua volta ao Brasil, depois de duas décadas desbravando a música contemporânea para além da canção em salas de concertos e palcos experimentalistas pela Europa. Ela antecipa em primeira mão para o Trabalho Sujo o clipe de “Janeiro Junto é Bom”, primeiro de uma trilogia que irá lançar com o novo álbum, que dá a tônica desta nova fase. “Estou explorando um novo território sonoro e mal posso esperar para compartilhar isso ao vivo com o público brasileiro”, continua, referindo-se ao conjunto de artistas que reuniu neste disco que também marca sua primeira incursão na produção musical. Kiko Dinucci, Romulo Fróes, Cadu Tenório e Lello Bezerra são alguns dos nomes que participam do novo disco, que explora o território da canção sem necessariamente incensá-lo. “Voltar ao Brasil neste momento é algo muito especial para mim, pois depois de tantos anos construindo minha trajetória na Europa, trago toda minha experiência para somar à cena daqui”, segue a cantora, explicando que “além dos shows, quero criar conexões com artistas locais, desenvolver novos projetos e fortalecer esse diálogo entre o Brasil e o mundo.”

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E as Haim lançaram o que é sua introdução para seu quarto álbum, o single “Relationships”, que elas vinham atiçando nos últimos dias. Mas a balada dance suave sobre a necessidade de se manter um relacionamento não me parece ter a presença que um primeiro single do primeiro disco em cinco anos, soando quase como uma sobra de seu ótimo Women in Music Pt. III, lançado no meio do primeiro ano da pandemia, ainda mais que elas criaram uma expectativa sobre sua volta que soa mais como um aceno à distância do que o pé na porta que esperávamos. Elas ainda não falam nada sobre o disco novo – data, título, se tem outro single antes – e pelo menos essa sensação de surpresa pode ajudá-las neste novo momento. Mas em uma entrevista à revista i-D disseram que uma das músicas terá o sample de “Freedom ’90”, do George Michael.

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Grupo de jazz funk idealizado pelo baixista Juninho Sangiorgio e pelo baterista Rodrigo Saldanha, o sexteto Bufo Borealis está prestes sa lançar seu terceiro álbum, batizado de Natureza, que consideram seu disco mais livre – e dão uma amostra do que vem por aí ao antecipar o segundo single, “Urca”, que será lançado nesta terça-feira, em primeira mão aqui no Trabalho Sujo. “É o nosso disco mais plural, com composições de todos os integrantes e referências que vão do On The Corner de Miles Davis ao Check Your Head dos Beastie Boys, passando por Curtis Mayfield e Lou Donaldson”, explicam os dois fundadores do grupo, que ainda conta com Anderson Quevedo (sax), Paulo Kishimoto (percussão e sintetizadores), Tadeu Dias (guitarra) e Vicente Tassara (piano). “Este trabalho mostra um claro amadurecimento e intensa conexão musical entre nós, que nos últimos anos fizemos inúmeras apresentações totalmente diferentes umas das outras, deixando a música cada vez mais aberta ao improviso e mais livre de estereótipos”. O disco sai no dia 6 de março e conta com participações da vibrafonista Nath Calan, do trompetista Daniel Gralha e do baterista Clayton Martin. “Urca”, com seus diferentes climas e atmosferas, é um bom exemplo do que os dois falam, e tem seu clipe dirigido pela videoartista Julia Ro, que também faz as projeções nos shows do Bufo, que o montou a partir de imagens filmadas pelos integrantes da banda.

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