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Clipe

Depois de uma temporada na Holanda, o cantor e compositor Gabriel Milliet voltou para o Brasil com a mala cheia de novas canções, boa parte delas falando sobre a distância e a saudade do Brasil e o fato de estar morando em outro país. De volta pra nossas bandas desde o ano passado, ele começou a pensar em seu primeiro álbum e começa a mostrá-lo a partir desta sexta, quando lança o primeiro single, “Silêncio Brutal”, que ele antecipa em primeira mão aqui no Trabalho Sujo. Gabriel explica que escolheu essa música para começar seus trabalhos de forma menos racional, mais por ela parecer uma música de abertura: “Ela tem tanto o lado introspectivo e autobiográfico da poesia do álbum como um olhar pra São Paulo como um personagem longe e distante, que eu tinha saudade. Filmado e editado pelo próprio Gabriel numa câmera de VHS, o vídeo contrapõe imagens de São Paulo às do artista sozinho na mesma cidade, em cenas capturadas pelo amigo Pedro Pastoriz. “Trabalho fazendo trilha sonora pra audiovisual, achei legal estar do outro lado. Normalmente eu fico refém das imagens para fazer uma música que caiba, desta vez achei legal escolher que imagens vão estar na música”.

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E como a Olivia Rodrigo subiu alguns degraus neste novo single, hein? “Vampire”, lançado sexta passada, abre os trabalhos de seu segundo álbum, Guts (programado para sair em setembro), e evolui de uma balada lacrimosa e dramática para um soco na cara de um ex que não poupa palavras para tirar as vísceras de seu alvo: “Seis meses de tortura que você vendeu como um paraíso proibido, eu te amei de verdade, você deve rir dessa estupidez”, destila o rancor em seus versos à medida em que a música vai ficando mais agressiva, “Pois fiz grandes erros, mas você faz o pior deles parecer bom/ Eu devia ter estranhado que você só aparecia de noite/ Pensava que eu era esperta, mas você me fez parecer ingênua/ A forma como você me vendeu enquanto afundava seus dentes em mim/ Chupador de sangue, fodedor de fama, me sangrou até secar como um maldito vampiro”. Na primeira faixa do novo disco, ela segue um crescendo parecido com a faixa-título do segundo disco de Billie Eilish, Happier than Ever, mas trabalha com o mesmo assunto de uma forma muito mais intensa do que a de sua conterrânea da Califórnia. O clipe do novo single, dirigido por Petra Collins, transforma o início da faixa em uma citação de um clássico da Hammer (Drácula, o Perfil do Diabo, com Christopher Lee) num acidente de gravação que transforma-se numa perseguição policial e um ato de desespero, aumentando a tensão do clipe à medida em que a música torna-se mais trágica. Dá pra imaginar direitinho a convulsão catártica do público durante os shows…

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Ainda não sabemos se o Blur toca no Brasil esse ano – nem se toca no Primavera ou no Popload -, mas o grupo inglês tem compromisso marcado neste julho com o lançamento de seu novo disco de inéditas, cuja expectativa aumenta com uma música nova: “St. Charles Square”, o segundo single de The Ballad of Darren, talvez seja o mais próximo que o grupo liderado por Damon Albarn tenha chegado de volta à sonoridade que o tornou popular nos anos 90, o britpop. A principal diferença é a força das guitarras de Graham Coxon, que nunca soaram tão barulhentas quanto nessa nova música.

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“Sim, cê acertou, eu gostei”, assim a carismática Amélia do Carmo nos apresenta à nova cara da banda mineira Varanda, ela que é parte crucial deste novo momento, uma vez que assumiu os vocais do grupo de Juiz de Fora há menos de um ano. “Gostei”, que o quarteto de Juiz de Fora lança nesta sexta-feira (e antecipa em primeira mão para o Trabalho Sujo), é o primeiro passo dessa transformação. “É o primeiro single da banda comigo nos vocais”, continua Amélia, “entrei pra banda no fim do ano passado e esse é um trabalho de apresentação, digamos que mais formal, com arranjos de banda completa”, explica a nova vocalista, que cantou no segundo EP da banda, lançado no começo do ano com versões acústicas de músicas que já haviam sido lançadas no disco anterior com a vocalista original. Paula Mendes. Assista abaixo o clipe da música: Continue


(Foto: Victor Cohen/divulgação)

Outro dia a ex-baterista do Lava Divers, Ana Zumpano, que mudou-se para São Paulo em 2019 e vem jogando em diferentes posições da cena indie, me procurou para falar de seu novo projeto, que começou como uma sessão de ensaios com o guitarrista Beeau Goméz e aos poucos foi ganhando corpo, apertando ainda mais o pedal da psicodelia garageira que paira sobre a cena indie brasileira desde o início do século. A dupla finalmente estreia no mundo fonográfico nesta sexta-feira, quando lançam seu primeiro single, “Voo”, nas plataformas digitais e dividem o palco com os grupos Monchmonch e Bumbomudo nessa sexta-feira, no Fffront, em São Paulo. E ela descolou o primeiro clipe da banda em primeira mão para ser visto aqui no Trabalho Sujo, que já dá um gostinho da lisergia que vem por aí…

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Mais um dos discos abatidos pela pandemia, o excelente Corpo Nós, primeiro disco solo do guitarrista Guilherme Held, finalmente será lançado ao vivo. O disco, dirigido por Rômulo Froes, reúne não apenas a produção musical do guitarrista discípulo de Lanny Gordin, como boa parte dos artistas com quem ele colaborou nas primeiras décadas de sua carreira – um elenco estelar que inclui Criolo, Curumin, Tulipa Ruiz, Kiko Dinucci, Mariana Aydar, Rubel, Marcelo Cabral, Daniel Ganjaman, Thalma de Freitas, Juliana Perdigão, Fernando Catatau, Pericles Cavalcanti, Dudu Tsuda, Filipe Catto, Simone Sou, Thiago França, Bruno Buarque, Bixiga 70 e tantos outros, além de mestres como Milton Nascimento, Jards Macalé e Letieres Leite. Para o show que acontece nesta quinta-feira, no Sesc Pompeia, Held reuniu uma banda de peso, formada por Sérgio Machado (bateria), Fábio Sá (baixo), Dustan Gallas (teclados), Allan Abaddia (trombone), Cuca Ferreira (sax), Rômulo Nardes (percussão) e participações de Ná Ozzetti, Romulo Fróes, Iara Renó e Marcelo Pretto. O disco foi lançado em 2020, durante a pandemia, e por isso não teve um show de lançamento de fato, falha que será corrigida nesta quinta-feira, às 21h30, no Sesc Pompeia, e Held aproveitou a deixa para mostrar o clipe que fez para “Tempo de ouvir o chão”, que tem as participações de . Juliana Perdigão e Romulo Fróes, lançado em primeiro mão aqui no Trabalho Sujo. “É uma produção simples, com efeito super 8, que traz os convidados da canção e a participação dos meus cachorros John e Yoko”, explica o guitarrista. “São cenas na minha laje e na janela do Rômulo, sem muito roteiro e só no bom gosto do Mihay, diretor do clipe”.

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Mais velhos, mais sábios, mas sempre Teenage Fanclub – nosso grupo escocês favorito acaba de anunciar mais um disco, o segundo depois da saída do Paul McCartney da banda, Gerard Love, em 2018. De lá pra cá, a banda se reinventou com uma nova formação (que inclui o fundador do Gorky’s Zygotic Mynci, Eros Childs, nos teclados, além dos fundadores do grupo Norman Blake, Raymond McGinley e Frances Macdonald e o baixista Dave McGowan), que gravou o disco Endless Arcade, lançado há dois anos. O novo álbum, Nothing Lasts Forever, foi anunciado esta semana e deve ser lançado no dia 22 de setembro pela gravadora americana Merge. Para anunciar o lançamento, o grupo lançou a faixa de abertura do álbum, “Foreign Land”, com um clipe, que pode ser visto abaixo, além da capa e da ordem das músicas do novo álbum. Continue

Dois chuveiros que se encontram sob uma textura retrô. A letra da canção “Banho de Sal” ganha tons surrealistas no clipe que o jovem maestro Bruno Bruni escolheu para encerrar o ciclo de seu segundo disco, Broovin 2, que foi lançado durante a pandemia. “Essa música nasceu num período em que as parcerias musicais só tavam funcionando online”, lembra o músico. “Eu tinha essa música parada e mandei para a Ana Passarinho criar qualquer coisa em cima, meio sem compromisso. E ela acabou criando essa letra, que me pareceu super sincera sobre o momento que a gente tava vivendo – e a melodia que ela criou é foda. Pra mim essa música é sobre a necessidade de dar um banho na alma – e foi daí que o Tom Vouga, que dirigiu o clipe, tirou a idéia da trama entre chuveiros! Eu demorei pra entender até ver a fantasia pronta.” O clipe deste groove jazz funk estreia em primeira mão no Trabalho Sujo, explicando que o clipe foi filmado em VHS para passar uma “camada de verniz festa no McDonalds de millenial” e tornar o resultado final mais afetivo.

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“Pra sempre quer dizer sempre em busca”, canta Angel Olsen na faixa-título do EP que lança na próxima sexta, “Forever Means”. O disco é um conjunto de faixas que poderiam entrar no esplendoroso álbum que ela lançou no ano passado, Big Time, mas que surgem agora como um pacote de canções que acertam em cheio. “Nothing’s Free”, a faixa de abertura do EP lançada há um mês, já nos colocava num lugar em que sua composição e sua execução atingiam um equilíbrio perfeito, empenando aos poucos (e de propósito) para um lugar mais emotivo à medida em que o piano e o sax se soltam com o correr da canção, atingindo um ápice com o solo do instrumento de sopro, que vem sendo completo por um Hammond esparramado como um blues antigo. Na nova faixa, lançada nesta terça, ela prefere que o timbre levemente rouco que lhe é característico dê o tom da canção, que apesar do clipe solar, traz uma melancolia que não quer olhar para trás. “Pra sempre quer dizer tentar ver, pra sempre quer dizer dizer o que você está pensando, pra sempre quer dizer tenha certeza, tome seu tempo, pra sempre nos seus olhos, te vejo quando você brilha”. Que mulher.

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(Foto: Elisa Mendes/divulgação)

Passou o carnaval mas não o calor no coração: ou pelo menos assim atesta o primeiro single que une vozes e violões de Josyara e Juliana Linhares, duas das grandes revelações dos últimos anos, em visita a um clássico do grupo Asa de Águia. “Muitas vezes a gente vê os estilos sendo associados a um momento do ano e o mercado tenta enquadrar a música em épocas nas quais ela ‘deve’ ser tocada: forró é junho e toca no São João, axé é carnaval”, explica Juliana sobre lançar uma axé music após a semana da folia, que esse ano durou meses. “‘Não Tem Lua’ faz parte da nossa memória afetiva adolescente e não é necessariamente só carnavalesca; lembramos que música é atemporal e pode atravessar gerações”, ela continua. A música será lançada nesta sexta-feira mas seu clipe pode ser visto em primeira mão aqui no Trabalho Sujo.

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