Fronteiras ainda mais distantes

NF-2015-

O velho compadre Chico Dub, mais um ex-OEsquema desgarrado no mundo, consolida firmemente o Novas Frequências como um dos principais festivais de música do Brasil – e não apenas de “música avançada”, como sugere seu tênue e subjetivo rótulo. O evento chega à quinta edição nadando contra a corrente – fazer um festival que música não-pop em pleno Rio de Janeiro – e misturando-se cada vez mais à mutante paisagem carioca, que vive uma década riquíssima como toda a música brasileira. E é apenas reflexo do trabalho do próprio Chico, que cada vez mais se firma como uma das sumidades brasileiras neste segmento. Conversei com ele sobre o evento, cuja quinta edição começa esta semana.

Mais uma edição do Novas Frequências: qual a expectativa para essa edição?
Bem alta! Conseguimos driblar a crise e criar uma programação com mais desdobramentos que a do ano passado. Inclusive, o número de artistas aumentou. Passou de 33 para 42. Em relação ao line-up, nomes como Mika Vainio, The Bug, Tyondai Braxton, Dawn of Midi, Phill Niblock e King Midas Sound são presença constante nos melhores festivais de música avançada do mundo.
Ao mesmo tempo, temos praticamente outro festival rolando dentro do Novas este ano. De 1 a 8 de dezembro, ou seja, durante toda a duração do Novas Frequências, vamos ocupar o galpão/atelier do Tunga com uma exposição de fotografias a cargo do Fabio Ghivelder que foram comissionadas para a criação da nossa identidade visual de 2015. Em paralelo, o Tunga estreia uma instalação sonora participativa chamada Delivered in Voices em que ao todo vai receber 14 artistas para uma série de intervenções.

Sei que isso é como pedir para um pai escolher um dos filhos, mas qual ou quais as atrações que você está mais feliz em trazer para essa edição?
É difícil escolher mesmo! Não vou falar dos nomes mais óbvios para poder destacar alguém como Phill Niblock, um artista ícone, incrivelmente importante, mas que pouca gente conhece aqui no Brasil. Lenda da vanguarda nova-iorquina, contemporâneo de toda aquela turma – Young, Glass, Reich, Riley -, amigo do povo do Fluxus, dos happenings… Ele compõe drones microtonais a partir do processamento de instrumentos acústicos. São blocos pesados de som que se movimentam em câmera – muito – lenta e que desafiam a noção de espaço-tempo. É cineasta também e faz filmes experimentais belíssimos como o Brazil 84, que inclusive iremos passar no festival.

Em termos de formato o que mudou no festival? Você se preocupa em inovar inclusive nisso?
Mantivemos a “massa base”, mas incrementamos o forrmato com diversos temperos e especiarias. Quero dizer que, como no ano passado, permanece o formato descentralizado – são ao todo 7 espaços da cidade, cada um recebendo um tipo diferente de programação. Em paralelo, também mantivemos a pegada de mostrar a música e o som no maior número de desdobramentos possíveis. O palco hoje não basta para a gente, sabe? Queremos, sim, o palco – vários!-, mas também o cinema, a galeria, a pista de dança, salas para discussões e oficinas, infra para conseguir realizar residências artísticas e desta forma realizar experiências inéditas e por aí vai. Quanto mais desdobramentos, maior a ampliação das escutas. As novidades portanto dizem respeito a novos espaços dentro do festival e também a novos desdobramentos: hacklab/cinema/exposição/instalação sonora. Pensar no formato é tão importante quanto pensar no line-up! Super importante inovar, inclusive. Experimental na curadoria; experimental no formato. Tem que ser assim. Só pode ser assim.

Nos últimos anos a cena de vanguarda do Rio de Janeiro está cada vez mais forte e produtiva. Como você observa esta cena como conterrâneo e idealizador do NF?
Na verdade, não é que eu observe a cena. Eu atuo nela. Eu vivo dela. Todo o meu trabalho está voltado para a vanguarda, o experimentalismo e as novas tendências. Então se a cena cresce, eu cresço, o Novas Frequências cresce…. Porque tudo faz parte do mesmo ecossistema, entende? As características podem até ser diferentes entre, por exemplo, NF, Quintavant e Wobble, mas tenho certeza que os objetivos são os mesmos. Precisamos aprender a trabalhar em rede.
De qualquer forma, só vamos crescer MESMO, no dia que conseguirmos mais espaço na mídia. Jornais impressos revistas mensais são fundamentais, claro. Mas precisamos criar nossos próprios veículos: mais estações de rádios, mais publicações, mais, mais, mais…

E no resto do Brasil, como anda a produção de música avançada no resto do país?
Muito bem, obrigado! Um reflexo disso está inclusive na programação do Novas Frequências, onde a cada ano cresce a participação de artistas brasileiros. Aliás, nunca tivemos tantos como em 2015: é a primeira vez que o número de brasileiros é superior ao de estrangeiros. Eu criei a série de coletâneas online e gratuitas Hy Brazil em 2013 para dar uma mapeada nessa cena. Já foram lançados 9 volumes – 126 faixas de 126 produtores diferentes – e quando uma publicação do porte da britânica The Wire me pede para compilar um “Especial Brasil” para uma de suas edições mensais – a de novembro de 2015 -, é sinal de que também há interesse internacional naquilo que estamos fazendo.

Um papo com o Chico Dub sobre o Novas Frequências 2014

NovasFrequencias2014

Começou esta semana o festival Novas Frequências, organizado pelo vizinho dOEsquema Chico Dub, que em quatro anos conseguiu consolidar o melhor evento de música avançada no Brasil – que, por incrível que pareça, acontece no Rio de Janeiro, deixando São Paulo na poeira. A edição deste ano reúne 33 artistas, se espalhou por vários lugares da capital fluminense – indo do Oi Futuro Ipanema à Casa Daros, do Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto ao Audio Rebel e vai até o dia 14 deste mês. Bati um papo com o Chico sobre as dificuldades e o prazer de fazer um evento de música contemporânea em pleno balneário carioca (a programação completa dá pra ver no site oficial).

Antes a música de vanguarda era restrita a um gueto bem pequeno, mas com a internet esse conceito ganhou um público global – com players espalhados pelo mundo todo, em constante contato. Você já se considera parte dessa rede? Como o Novas Frequências é visto por essa comunidade?
Temos duas marquinhas na barra de logos da nossa comunicação visual que respondem à sua pergunta. Uma delas é a revista inglesa The Wire, sem dúvida a principal publicação do gênero no mundo todo, a Bíblia da música experimental. Ter a The Wire como media partner do Novas Frequências é uma espécie de prêmio, um puta respaldo que de alguma forma diz que estamos no caminho certo. Outra marquinha que me deixa muito orgulhoso e deveras animado com o futuro próximo é a marca de apoio do ICAS, sigla para International Cities of Advanced Sound. Somos o mais novo membro dessa rede que reúne alguns dos mais importantes festivais de culturas sonoras avançadas, música de vanguarda e artes relacionadas como o Mutek (Montreal, Canadá), Unsound (Cracóvia, Polônia), CTM (Berlim, Alemanha), Future Everything (Manchester, Inglaterra) e TodaysArt (Haia, Holanda). Estimular o diálogo, a troca de conhecimentos e o apoio mútuo entre organizações internacionais envolvidas com música e sons avançados são algumas das missões do ICAS.

Qual é a maior dificuldade em fazer uma curadoria de um evento dessa natureza?
São duas dificuldades relacionadas entre si: atrair o público e conquistar a atenção da mídia. Trabalhar com artistas desconhecidos do grande público é bem complicado! Muitas vezes o repórter quer escrever sobre o festival mas o editor veta a pauta por achar que “a programação do Novas Frequências é experimental demais para o seu público”. É claro que nunca iremos sair no Fantástico – e essa nem é a ideia, nunca foi -, mas na maioria dos casos tenho certeza que os editores acabam subestimando o público de uma maneira em geral. Conhecer coisas novas faz parte da natureza humana, não?

Sendo um recorte mais difícil, uma noite vazia não é necessariamente um noite fracassada. Como é lidar com essa contradição entre o sucesso comercial – para viabilizar um festival anual – e a dificuldade de atingir um público maior?
O festival passa hoje por um estágio muito complexo, mas ainda assim muito interessante de ser trabalhado. Muito desafiador. Que é o seguinte: como crescer? No ano passado vendemos todos os 6 dias no Oi Futuro Ipanema em 4 horas e muita gente ficou de fora. Ou seja, já existe uma demanda por espaços maiores. Só que o Rio de Janeiro é extremamente carente de palcos médios, espaços com boa infra para 300, 400 pessoas. Aqui é 8 ou 80, sabe? Ou é para 100 ou para acima de 1.000/ 1.500. Então o crescimento esse ano aconteceu de forma horizontal: muitos dias, 14 no total, para públicos que vão de 100 a 600 pessoas em vários lugares da cidade.
Mas é importante falar uma coisa. Não temos pressa para crescer, esse é um universo novo no Brasil que precisa ser trabalhado com muita calma, com muita estratégia. Queremos – e precisamos – formar público antes de dar saltos maiores. Só vamos crescer substancialmente se o mercado crescer: mais artistas locais, mais casas abertas a esse tipo de proposta sonora, mais interesse de iniciativas públicas e privadas, mais produtores, mais selos, mais jornalistas e veículos dispostos a cobrir essa cena e por aí vai.
Por outro lado, nos dá uma baita segurança ter tantos parceiros que acreditam no Novas Frequências e que de cara sacaram a importância do festival, principalmente a Oi, o Oi Futuro, o Governo do Rio de Janeiro e a Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro. São parceiros que cultivamos desde a primeira edição do Novas Frequências em 2011.

Você acha que essa música experimental terá um público ainda maior à medida em que o século passar? As pessoas estão ficando fartas da música pop?
As novas gerações são muito mais curiosas e exploradoras que as gerações passadas. Pra elas o conceito de nicho não existe. Tem um cara que trabalha com a gente que adora k-pop, saca tudo de indie e ama Sunn O))). A tendência por tanto não é as pessoas enjoarem do pop. A tendência é uma pequeníssima parcela desse público gigantesco estar mais aberto a ouvir e a descobrir novos sons e novas propostas.

Quais os seus maiores orgulhos na escalação deste ano?
De verdade mesmo? O maior orgulho é estar em 6 espaços da cidade – 8 contando com os espaços reservados para as oficinas – durante duas semanas com 33 artistas de 11 países. Sendo que dos 20 gringos, nenhum deles havia pisado em solo brasileiro antes.

Qual é o seu Novas Frequências dos sonhos? Um só com nomes vivos e outros com nomes que já morreram. Dá pra pensar nisso?
Prefiro não pensar em nomes que já morreram – para o Novas Frequências, o “passado” é muito menos interessante que o presente e que o futuro. Earth, Swans, Moritz Von Oswald Trio, Shackleton, Charlemagne Palestine, Pauline Oliveros, Lonnie Holley, The Caretaker e Chris Watson são nomes que sonho dia sim, dia sim.

E por que o festival não vem inteiro para São Paulo, já que você traz todo mundo até o Rio?
Levar o festival inteiro pra São Paulo nunca foi uma ideia, sabe? Porque se já é difícil levar dois ou três artistas para uma espécie de “showcase” ou “edição pocket”, imagina o festival inteiro… Existe um interesse muito grande do público paulistano pelo Novas Frequências, isso é fato. E diversos produtores locais independentes já tentaram levar artistas daqui do Rio pra SP. O que acontece é que o festival tem patrocínio no Rio, uma verba que precisa ser gasta aqui; para realizar o festival na cidade. Para acontecer aí de forma minimamente robusta, precisaríamos de outros parceiros, algo que infelizmente ainda não se concretizou. Já tive conversas com o Sesc (diversas unidades), com o MIS, com o CCSP e com as principais casas de shows alternativos de São Paulo. Mas por motivos de agenda, verba ou (falta de) interesse, as coisas nunca foram pra frente. Sigo tentando. Mas sozinho definitivamente não consigo levar o festival pra SP – ainda mais agora, que ele cresceu bastante.

Novas Freqüências entrevista Queremos entrevista Novas Freqüências

Dois compadres cariocas chegam a São Paulo depois de emplacar seus respectivos projetos em sua cidade natal. É certo que o Rio de Janeiro melhorou com a existência do Queremos (plataforma de crowdrefunding tocada pelo sócio Bruno Natal – dono do URBe – e outros amigos) e do Novas Freqüências (festival de nova música eletrônica do vizinho Chico Dub) e agora as duas marcas tentam começar a entrar no jogo de xadrez da noite paulistana, sempre em mutação. A iniciativa – começar em São Paulo com um festival de música de vanguarda – é corajosa e as duas grifes ficaram frente a frente para uma entrevista mútua, abaixo. O festival já está rolando no Rio de Janeiro essa semana e acontece em São Paulo no sábado, a partir das 18h, no Beco – com apresentações de Pole, Actress e Hype Williams. Vale conferir:

 

Queremos Novas Freqüências em São Paulo

Desde que Bruno e a rapeize do Queremos começou a mudar a cara da programação cultural do Rio de Janeiro que eu pego no pé dele: “Quero ver em São Paulo…”, sempre espezinhava, esperando que a vinda do projeto para cá pudesse também pudesse ajudar a mexer com a metrópole da ponta de cá da Dutra (principalmente no que diz respeito ao preço das atrações). Começaram a se espalhar pelo resto do Brasil (primeiro um Cícero em Porto Alegre, depois um Silva em BH) até que ele avisou que havia chegado a hora – Queremos chegaria em Sâo Paulo trazendo três atrações da segunda edição do festival do Chico Dub, o Novas Freqüências, para a cidade: Actress, Pole e Hype Williams (o próprio Chico comenta a importância de cada um deles em seu blog). Achei o passo um tanto ousado, mas se formos pensar em Brasil, São Paulo talvez seja a única cidade que poderia ter um esquema de refinanciamento de shows para artistas literalmente desconhecidos do grande público – pois fazem parte da vanguarda da música do século 21.

Eis que chegamos ao último dia para fechar as cotas de financiamento nessa terça-feira – e ainda tem cota sobrando pra confirmar o evento. Decidimos, eu e o Bruno, segurarmos nós mesmos algumas dessas cotas pra ver se a galera se empolga em colaborar com o projeto. E aí, anima? Se animar, clica no site do Queremos que o passo a passo tá todo lá. É só pagar agora que, vendidas todas as cotas, você recebe a grana depois e vê o show de graça!

Taksi = João Brasil + Domenico Lancelotti

João Brasil está de volta ao nosso país e já engatou um novo projeto com o Domenico, chamado Taksi.

O Chico Dub conta mais sobre o projeto.

Pazes ao vivo

O brasiliense no festival que o Chico agitou semana passada.

Os novos blogs dOEsquema

Quem já pousou o mouse de bobeira sobre a palavra “blogs” no cabeçalho do site já deve ter se ligado que começamos a estréia dos novos blogs dOEsquema sem muito alarde. E agora que os quatro primeiros já começaram a se habituar com a casa nova, é hora de apresentá-los. Pedi para cada um dos novos blogueiros descrever sobre o que é o site deles. Primeiro a Ana, observadora natural que voltou da Holanda e retoma o blog a partir de São Paulo:

O Olhômetro foi criado pra ser um observatório de coisas interessantes – na música, no showbiz, no mundo das notícias engraçadas, na internet, no dia-a-dia. A idéia é falar de tudo que acontece e o que eu acho disso, mas de um jeito pretensiosamente engraçado. Isso já tira toda a graça da coisa, mas acho que ninguém liga mais.

O blog estreou em 2007 e desde então segue meio esquizofrênico, mas isso é só um reflexo de como eu mudei nos últimos quatro anos, então nada mais natural.

Eu sempre fui péssima pra nomes, mas meu irmão diz que Olhômetro é bom, então tudo bem. Eu também gosto, mas certa vez me dei conta que poderia estar roubando um nome incrível para um blog de fotografia. Uma pena.

Depois a Babee, um dos melhores parâmetros pra bom gosto musical no Brasil hoje (apesar de ela curtir Pantera). Minha conterrânea é dona do Boo Monster Bop (ou apenas Boombop), também mora em São Paulo e seu Boombop Shuffle é meu podcast favorito:

Boo Monster Bop é um blog sem firulas, feito para aqueles que amam música e procuram novidades nada óbvias. Além de vídeos e pôsteres, tem também a mixtape semanal Boombop Shuffle, criada a partir do shuffle do iPod e que traz uma sequência de músicas novas e (quase sempre) desconhecidas.

A Rafa é carioca mas tá há um tempo em Londres. E explica seu Patchwork:

O Patchwork é uma colcha de retalhos formada por pedacinhos de informação sobre arte, ciência, fotografia, música, ecologia e o que mais me der na telha. Conexão Brasil – Londres, o blog é movido à curiosidade e admiração pela criatividade, em todas as suas formas, tamanhos, cores e texturas – sem preconceitos e com direito a algumas nojeiras e esquisitices (afinal, a beleza está nos olhos de quem vê, né não?).

E o Chico Dub, também do Rio, agitador cultural (ele tá produzindo o melhor menor festival do Brasil, que acontece nesse fim de semana, o Novas Freqüências) e estudioso dos graves, como entrega seu “sobrenome”:

Por 6 anos, de 2002 a 2008, tive um blog sobre dub e música jamaicana. Posso categoricamente afirmar que o “Dub Blogger” foi nos seus primeiros três anos uma das principais fontes de notícias sobre dub e os novos sons inspirados no bass jamaicano. Depois de escrever anos e anos sobre Jamaica, Londres, Berlim e afins, de ter participado da criação do principal documentário sobre o dub já produzido no mundo (junto com o mais que parceiro Bruno Natal), de ter tocado em festas a rodo, e de ter contribuído para a divulgação de uma música que é muito maior do que falam que ela é, me sinto hoje com o dever cumprido. Surgiu então, em 2009, a Dancing Cheetah, um movimento em prol de ritmos latinos, africanos, caribenhos, asiáticos. Com um foco mais contemporâneo, batizado por alguns especialistas de global guettotech (por conta das misturas com música eletrônica), a Dancing Cheetah já tem quase 3 anos de existência. Foi a primeira festa assumidamente desse estilo no país. E é muito bacana ver outras idéias como a nossa (divido a labuta com o João Brasil e o Pedro Seiler) surgindo no Brasil todo.

Bom, toda essa looooonga introdução se justifica para falar do meu blog atual, o “Chico Dub”. Criei o tamagotchizinho nos primeiros dias de 2011 para ser uma plataforma que mesclasse todas as fases musicais da minha vida recente dando prioridade ao que acontece HOJE dentro da música – os últimos lançamentos, as tendências, os festivais. Ter o blog em menos de um ano hospedado dentro do OEsquema, lugar de máximo respeito e que eu simplesmente entro todo santo dia, me enche muito de orgulho. Não poderia estar em melhor lugar e com melhores companhias.

Por isso, podem dar as boas vindas aos quatro novos integrantes dOEsquema: Olhômetro, Boo Monster Bop, Patchwork e Chicodub. Tratem-os bem e fucem seus arquivos – são blogs com anos de bagagem, tem muita coisa legal escondida nos meses passados. Como não poderia deixar de ser, é só gente de primeira. Gente que fala, mas que também faz. E faz bonito.

E não são os únicos. Daqui a pouco estreamos mais outra leva de blogs quando, finalmente, concluímos a tão alardeada evolução para a fase 2 dOEsquema. Juro que não demora.

On the Run 52: Dancing Cheetah! – Tropicaliente

João Brasil está se despedindo momentaneamente do país que carrega no sobrenome, mas leva a alma tropical na bagagem – e nos deixa com a segunda mixtape da festa Dancing Cheetah, batizada de Tropicaliente. O mix leva o clima da festa que João tem tocado com Pedro Seiler e Chico Dub no Rio. Aproveita e dá uma sacada, que o blog da festa é puxado pra groove latinos, molejos caribenhos, batuques africanos e rebolados de lambada, puxado pelo filtro da dance music, eletrônica ou não.

Dancing Cheetah! – Tropicaliente