Protoloops

Maior satisfação ao realizar, nesta terça-feira, o primeiro passo de uma nova jornada, ainda sem nome definido. O espetáculo Protoloops é o primeiro passo de uma nova fase dos músicos que antes faziam parte da Goldenloki, que desfez-se antes da pandemia e agora ressurge em nova formação. Otto Dardenne, Yann Dardenne e Thales Castanheira reuniram-se a Martin Simonovich para criar este novo projeto, que em sua primeira aparição pública contará com várias participações especiais, como as cantoras Nina Maia e Marina Reis (da banda Pluma), Felipe Vaqueiro e Valentim Frateschi, além de ter projeções feitas pelo Danilera e a dupla Retrato (Beeau Gomez e Ana Zumpano) cuidando da parte técnica de luz e som. A noite promete! O espetáculo começa pontualmente às 20h e os ingressos estão à venda na bilheteria e no site do Centro da Terra.

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“Devagar e sempre”

O silêncio quase eclesiástico feito pelo público que encheu o Centro da Terra neste primeiro de julho tornou a apresentação de Lucca Simões ainda mais fluida e reverente, mesmo que estes adjetivos pareçam se contradizer. O músico começou tocando sozinho para depois chamar aos poucos os outros convidados da noite, primeiro Gabriel Milliet, tocando flauta transversal, seguido de Eduarda Abreu, só ao piano, com quem fez números em dupla. Depois chamou Lucas Gonçalves (no baixo) e Chico Bernardes (na bateria) para um primeiro número como trio para finalmente chamar Eduarda de volta e terminar a noite como um quarteto, mostrando as músicas que deverão entrar em seu primeiro álbum, com todo esmero e delicadeza que as canções precisavam. Afinal seu autor é, ao mesmo tempo, um vocalista quase tímido e um guitarrista sutil e discreto, o que culminou no segundo momento solo da noite, quando tocou a única versão do repertório, uma lindíssima leitura instrumental de “Você é Linda”, de Caetano Veloso. Todos os convidados eram sensíveis o suficiente para entender a leveza do repertório e da performance do autor, deixando-o à vontade sem que precisassem rechear sua sonoridade, tornando os vazios presentes. O único momento mais cheio do show foi quando Lucca chamou o público para cantarolar o refrão de uma canção que acaba sendo a síntese de sua musicalidade: “Devagar e sempre, sempre a caminhar”. Foi bem bonito.

Assista abaixo:  

Lucca Simões: Dizer Novo Adeus

O segundo semestre começa com a primeira apresentação solo de Lucca Simões no Centro da Terra, que traz seu espetáculo Dizer Novo Adeus para mostrar as músicas que vem preparando para seu primeiro álbum solo. Acompanhado de uma banda formada por Eduarda Abreu (piano), Lucas Gonçalves (baixo) e Chico Bernardes (bateria), ele traz suas canções que equilibram-se entre o folk, o indie rock e a música brasileira, sempre tocadas de forma minimalista e introspectiva, mas que crescem com a participação de outros músicos. Nesta apresentação ele ainda conta com a presença do músico, cantor e compositor Gabriel Milliet. O espetáculo começa pontualmente às 20h e os ingressos estão à venda na bilheteria e no site do Centro da Terra.

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Centro da Terra: Julho de 2024

Findo o primeiro semestre, vamos começar o segundo já na segunda-feira com mais uma safra de shows inéditos no Centro da Terra. A temporada do mês terá apenas três datas pois seu anfitrião, o grande mestre BNegão, estará com a agenda mais atribulada do que o normal – e nos três shows da leva BNegron Convida trará novíssimos artistas com os quais ele dividirá o palco nas segundas 15, 22 e 29. Mas o julho musical do Centro da Terra começa já no primeiro dia do mês, quando Lucca Simões mostrando os rumos que está trilhando no que se tornará seu primeiro álbum a partir do espetáculo Dizer Novo Adeus, que conta com Chico Bernardes, Lucas Gonçalves e Eduarda Abreu em sua banda, além da participação de Gabriel Milliet. Dia 2 é a vez da antiga banda Goldenloki se reinventar num formato ainda em transformação num espetáculo chamado Protoloops, quando os irmãos Dardenne (Otto e Yann), Thales Castanheira e Martin Simonovich em que levam a psicodelia de sua antiga banda para os rumos da eletrônica, num projeto que ainda não tem nome definido e contará com as participações das cantoras Nina Maia e Marina Reis, de Valentim Frateschi nos teclados e sampler, de Felipe Vaqueiro da guitarra e projeções do Danileira. Dia 16 recebemos o projeto Des Chimères, criado pelos artistas Grisa e João Viegas, misturando timbres acústicos e eletrônicos enquanto navegam entre a música brasileira, o jazz e a chanson française. Além de um repertório de inéditas, eles também mostram composições de seus trabalhos solo dentro do formato deste espetáculo. Na terça-feira dia 23 é a vez de expandir o Onira, projeto da dupla formada pela escritora Tatiana Nascimento e pelo instrumentista Jovem Palerosi, que mistura poesia falada, sonoridades afrofuturista, eletrônica e o material de sonhos. Na apresentação que forjaram para o Centro da Terra, Sonhar a Tempestade, reúnem-se à contrabaixista Lea Arafah, à videoartista Daisy Serena e à iluminadora Bruna Isumavut para celebrar Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana ao homenagear as existências negras trans, travestis e nao-binárias e à dissidência sexual e/ou deserção de gênero de orixás como Otim, Iansã, Oxumaré, Oxum, Oxossi e Ossaim. O mês termina no dia 30, quando o grupo Música de Montagem apresenta o espetáculo O Grito do Escuro em que mostram parte do seu repertório atual – do disco Rua – e canções inéditas ao lado dos cantores Rubi e Ana Deriggi. Os espetáculos começam sempre às 20h e os ingressos já estão à venda na bilheteria e no site do Centro da Terra.

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Quando dois artistas tornam-se um show

Clara Castro e Nathan Itaborahy fizeram bonito ao misturar suas carreiras solo num mesmo espetáculo nesta terça-feira no Centro da Terra, quando, acompanhados pelos músicos Lucas Gonçalves e Douglas Poerner visitaram diferentes fases de suas respectivas carreiras, além de apontar as novas composições que devem se materializar nos novos discos de cada um ainda no próximo semestre. Apenas o baixista Douglas Poerner manteve-se em seu instrumento e os outros músicos revezaram-se pelo palco a cada nova fase do show: os dois começaram mostrando músicas de Nathan, com este na guitarra, Clara ao violão e Lucas na bateria. Clara ainda passou pela flauta e pela bateria (sempre fazendo vocais) até assumir suas canções, quando Lucas foi para a guitarra e Nathan para a bateria. Entre o rock, o funk e a MPB, com algumas doses de jazz, música caipira e blues, os dois esbanjaram carisma em canções por vezes melancólicas mas em sua maioria ensolaradas – e ainda contaram com a participação da poeta e MC Laura Conceição em uma das faixas. Agora é colocar os dois shows – e discos! – na rua!

Assista abaaixo:  

Clara Castro + Nathan Itaborahy: Prefixo-Quase

E encerrando a safra de apresentações musicais deste junho no Centro da Terra, temos uma atração dupla nesta última terça-feira do mês, quando o casal de Juiz de Fora Clara Castro e Nathan Itaborahy juntam-se para realizar um mesmo espetáculo, contemplando as carreiras individuais de cada um. Ela começa a mostrar seu álbum Perambule (com produção do próprio Nathan) e previsto para ser lançado no próximo mês de agosto enquanto ele mostra o groove de sua sonoridade solo, também aos poucos mostrando o início de um novo trabalho. A dupla mineira é acompanhada pelos músicos Lucas Gonçalves (guitarra, bateria e voz) e Douglas Poerner (baixo e cavaquinho) e a apresentação ainda contará com a presença de Laura Conceição, MC e poeta da cidade dos dois. O espetáculo começa pontualmente às 20h e os ingressos podem ser comprados na bilheteria e no site do Centro da Terra.

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Bem-vindos ao Test Fantasma

Para encerrar sua autoproclamada Temporada do Medo no Centro da Terra, a dupla Test praticamente não esteve no palco na última segunda-feira do mês, quando em vez de encarar mais uma vez o público em outra versão deformada de seu Disco Normal, preferiu chamar dois trios formmados de baixo, vocal e bateria para encarnarem o Test Fantasma. A única aparição física do guitarrista João foi no início da apresentação, quando subiu pelo alçapão do teatro para o palco, ainda com as luzes acesas, para logo em seguida assumir a iluminação da noite, enquanto seus convidados iam chegando pouco a pouco, começando por Sarine, que pilotava uma das baterias, seguido por Berna, que assumiu o baixo elétrico um pouco antes de Flavio Lazzarini assumir a segunda bateria e Alex Dias erguer seu contrabaixo acústico, tocando as mesmíssimas músicas que o Test tocou nas três noites anteriores, só que com novos arranjos, igualmente extremos. Logo depois os dois vocalistas da noite – Tomás Moreira e Chris Justino – começaram a urrar as letras das canções, fazendo a apresentação ganhar camadas de improviso e ruído que ficaram em algum lugar entre a formação da apresentação anterior – que já teve muita interferência eletrônica, desta vez capitaneada por Berna, Sarine e Flavio – e o épico formato Test Big Band, em que o grupo ultrapassa a dezena de cabeças no palco. O baterista Barata, por sua vez, assistiu à toda apresentação em uma das poltronas do teatro e só subiu ao palco depois que a noite terminou, quando foi cumprimentar os músicos convidados, provando que a banda pode existir sem mesmo ter a presença de seus dois integrantes. Um fecho brilhante para uma temporada intensa.

Assista abaixo:  

Começando bem

Bem bonita a apresentação que Paulo Ohana fez nesta terça-feira no Centro da Terra, antecipando o disco Língua na Orelha, que será lançado no fim deste mês ao tocar pela primeira vez com a banda com a qual gravou o disco: Bianca Godoi (bateria), Ivan “Boi” Gomes (baixo) e Ivan Santarém (guitarra), infelizmente desfalcada do saxofonista e flautista Fernando Sagawa, que não pode comparecer. Além de músicas do seu disco anterior – O Que Aprendi com os Homens -, ele mostrou a íntegra do disco ainda inédito e contou com a participação do cantor e compósitor Gabriel Milliet, que participou da apresentação pilotando um sintetizador e, primeiro só os dois e depois com a banda, passaram por “Grande Hotel São João”, do próprio Milliet, e pela bela “Ojos de Video Tape”, do excelente Clics Modernos do argentino Charly Garcia.

Assista aqui:  

Paulo Ohana: O Que Aprendi com a Língua dos Homens na Minha Orelha

Quem apresenta-se nesta terça-feira no Centro da Terra é o brasiliense Paulo Ohana, que faz a transição entre seu disco mais recente – O Que Aprendi Com os Homens, de 2021 – e seu próximo álbum – chamado Língua na Orelha. Entre os dois discos, a força da palavra como linha condutora de suas composições e do espetáculo, chamado didaticamente de O Que Aprendi com a Língua dos Homens na Minha Orelha. Ohana, que toca violão e guitarra e cuja sonoridade equilibra-se entre o indie rock, o folk e o jazz, vem acompanhado de uma senhora banda formada por Bianca Godoi (bateria), Fernando Sagawa (saxofone e flauta), Ivan “Boi” Gomes (baixo) e Ivan Santarém (guitarra) e a apresentação ainda conta com a parrticipação do cantor e compositor Gabriel Milliet. O espetáculo começa pontualmente às 20h e os ingressos podem ser comprados na bilheteria e no site do Centro da Terra.

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Apocalipse magnético-eletrônico

Na terceira aparição no Centro da Terra dentro de sua temporada Curadoria do Medo, a dupla Test incorporou ainda mais um elemento que só foi resvalado na segunda noite. Se na primeira segunda-feira do mês, João e Barata tocaram sem interferência musical externa, deixando as intervenções pra área visual com a videoartista Carol Costa, na segunda começaram a trabalhar com manipulação dos próprios ruídos que faziam no palco, quando chamaram Douglas Leal, do Deaf Kids, para manipular as gravações que vinha fazendo durante a apresentação. Nesta semana, o processo foi ainda mais intenso quando a dupla chamou o maestro noise Leandro Conejo para reger o ruído eletrônico e magnético produzido pelo trio formado por Rayra Pereira, Miazzo e André Damião, este último tocando um instrumento que ele construiu a partir de uma TV portátil dos anos 80, que tornava o noise extremo da dupla dona da temporada ainda mais limítrofe. Um acontecimento.

Assista abaixo: