O estúdio belga Coming Soon aceitou o desafio da revista inglesa Modus para fazer a capa de sua edição sobre educação em um quadro negro. Ficou demais, veja abaixo:
Faço coro à contagem regressiva do Ramon a Mad Men com a nova capa da Wired, que traz Alison Brie revivendo clássicos da era de ouro da TV. Dica da Débora.
E por falar em Blade Runner, o designer canadense Simon Woodside reuniu num álbum do Flickr as capas de revistas que aparecem no cenário do filme que, apesar de se passar em 2019, ainda assiste a sobrevivência triunfante de veículos de papel. As capas foram inventadas pelo ilustrador Tom Southwell entre 1980 e 1981. Veja outras abaixo:
Eis a segunda edição da Galileu comigo no comando. A matéria de capa, pauta sobre medicina integrativa conduzida pelo editor Diogo Sponchiato já vem causando polêmica da parte daqueles que sempre trataram terapias alternativas como acupuntura, fitoterapia, homeopatia e musicoterapia como charlatanismo, cobrando rigor científico – e é justamente este o assunto da capa, como a medicina vem reconhecendo este tipo de tratamento através de comprovações científicas. Além da capa, a edição de fevereiro ainda traz reportagens sobre o mistério da ressaca, a falta de criatividade em Hollywood, o primeiro livro de Julian Assange, a solução dos telhados verdes para as grandes cidades, um zoológico de clones de animais extintos no Brasil, um cemitério de aviões, o RPG de South Park, a morte de Aaron Swartz, pessoas que monitoram o próprio corpo para detectar doenças, como o sedentarismo é pior que o cigarro, hotéis feito para hospedar astrônomos amadores, uma bicicleta elétrica que pode tirar os carroceiros do trânsito, como as palavras podem provocar dores físicas, o mapa da corrupção no mundo, um biólogo de games, a primeira impressora 3D comercial do Brasil, dicas para economizar na conta de luz e uma entrevista que fiz com Cory Doctorow. E além da pauta, essa edição marca também um início de mudança no site do título, que ganha um reajuste de layout, como sua presença para além das bancas de revista e da internet – e a equipe Galileu estará não só cobrindo mas também participando de cinco mesas durante a Campus Party, que começa essa semana. Falo mais disso no meu editorial desta edição, reproduzido abaixo.
À medida em que vamos fechando as páginas de GALILEU, este quadro, no meio da redação, vai sendo atualizado
Ainda não me acostumei com o ritmo de publicação de uma revista. Vim de jornal, onde o pique é acelerado e a pressa é companheira do fechamento, por isso sempre pergunto a alguém da redação se um determinado assunto cabe ou não na edição, se vale a pena cortarmos uma matéria que já está pronta e na página para a substituirmos por outra sobre algum assunto que acabou de acontecer. Conto sempre com a opinião do redator-chefe Tiago Mali para saber se vale investir nessa ou naquela pauta que acabaram de pintar.
Quase sempre repasso essas pautas para a Débora Nogueira, editora do site Galileu. A Paula Perim, diretora do núcleo que abrange GALILEU, fala que este jet lag entre os fusos horários dos fechamentos de jornal para a revista normalmente se estabiliza após três meses de casa. Tomara. Mas quando ficamos sabendo do suicídio de uma das mentes mais brilhantes do universo digital, Aaron Swartz, a pressa do jornalismo diário falou mais alto e invadiu o fechamento mensal, dedicando duas páginas da edição para celebrarmos sua importância.
Essas mudanças estão aos poucos entrando no dia a dia da redação. Nesta edição, dá para perceber outros pequenos detalhes que fizemos no percurso do fechamento. São mudanças discretas, mas que aos poucos mostram que 2013 será um ano bem agitado para o título.
Para começar, ao virar a página, você perceberá que a seção Online, antes dedicada às novidades do site da revista, mudou de nome. Agora ela chama-se Ecossistema Galileu, pois tratará da revista para além de sua edição impressa.
É claro que também estamos falando do site — mas não só. A nova seção mostra, por exemplo, que o título estará presente na próxima Campus Party, que acontece em São Paulo a partir do dia 28 de janeiro até o dia 3 de fevereiro, no Anhembi. Além de cobrirmos o evento, Galileu também estará presente com dois debates propostos pela revista: um sobre a influência do mundo digital no trânsito, idealizado e mediado pela editora Priscilla Santos, e outro sobre o mercado editorial brasileiro na época do e-book, que fica sob a batuta do editor Diogo Sponchiato. Nas próximas edições, você verá que a marca irá aparecer em outros lugares — e nossa equipe estará cada vez mais presente.
Outra mudança também anunciada nesta nova seção é a nova cara do site Galileu, que entra no ar a partir de fevereiro. É só a primeira das novidades que apresentaremos na área digital. Nos próximos meses, traremos ainda mais.
O ano de 2013 está só começando — e Galileu vai longe. É só acompanhar. Vamos lá!
Alexandre Matias
Diretor de Redação
matias@edglobo.com.br
A primeira edição da Galileu sob a minha direção chegou às bancas um pouco antes do natal e, além da matéria de capa, que é um dossiê sobre maconha, saúde e legislação (escrito por um dos editores da revista, Tarso Araújo, autor do livro Almanaque das Drogas), a edição ainda traz matérias sobre o cérebro e o sexto sentido, a relação entre exercício físico e inteligência, as vacinas do futuro, livros inspirados em músicas, a chegada dos e-books ao Brasil, métodos de concepção humana que dispensam o sexo, os principais destinos turísticos do mundo, a primavera árabe e a falta de sexo, escritórios que não parecem trabalho, games indie, o novo Tarantino, RPG e o Facebook, obesogênese, um bilhão de “Gangnam Style”, uma casa com 92 centímetros de largura, os inimigos da eficiência e a disparidade entre a sociedade digital e as instituições analógicas que a gerem. Compra que eu garanto, custa só dez pilas. A capa acima você pode curtir lá no Facebook e abaixo reproduzo a primeira Carta ao Leitor que assino na revista.
A vista do meu novo escritório: o heliporto, a ponte do Jaguaré e o Parque Villa Lobos, eis meu horizonte do desafio dos próximos anos
Não esperava pelo convite, mas quando veio, demorei para acreditar. Depois de quase seis anos editando o caderno de tecnologia e cultura digital do jornal O Estado de S. Paulo, o Link, começou a me bater uma certa inquietação. Nunca havia passado tanto tempo num mesmo emprego e temia me entediar com um dos meus assuntos favoritos, que é o universo digital. Mas quando me convidaram para ser o novo diretor de redação da GALILEU, essas preocupações sumiram. Afinal, tomar conta de uma grife cuja bandeira é a expansão do conhecimento, ao mesmo tempo que me permitia continuar olhando para as novidades eletrônicas, ampliaria ainda mais a minha área de atuação.
Aceito o convite, veio o fim do ano e um curto período de readaptação. Saí da marginal Tietê para a marginal Pinheiros, da Ponte do Limão para a Ponte do Jaguaré, de um caderno semanal em um jornal para uma revista mensal. Mas mais do que me adaptar a prazos e lugares, tinha que entender melhor a publicação e, principalmente, as pessoas que a fazem.
Aí entra a segunda parte do desafio, que, felizmente, foi bem mais fácil do que imaginava. A GALILEU é uma das melhores revistas do Brasil, seja em profundidade de conteúdo, amplitude de abordagens e concepção visual. E ela é assim por ser fruto de uma equipe curiosa e atenta, ávida por novidades e disposta a dissecar assuntos que não são tão fáceis de entender, como ficam parecendo depois que chegam às páginas da revista.
Como é o caso do tema desta primeira capa de 2013. Não é a velha pauta que pergunta se maconha faz mal — disso já sabemos. Maconha volta à capa da revista pois dois estados norte-americanos e o Uruguai resolveram legalizar todas as etapas relacionadas à cadeia de produção da droga, do plantio ao comércio, numa tentativa de enfraquecer o narcotráfico e, consequentemente, o crime organizado. O autor da matéria, o editor Tarso Araujo, aos poucos se firma como uma autoridade no assunto — é dele, por exemplo, a autoria do livro Almanaque das Drogas, lançado no ano passado. Aprofundar-se num tema que deve ecoar muito no ano que começa não foi propriamente uma dificuldade para o jornalista. As outras matérias da edição também seguiram esse tom e, durante 2013, vamos conhecer melhor os talentos desta equipe.
Termino minha primeira carta agradecendo à minha chefe direta, Paula Perim, por me servir como bússola na editora, e ao meu copiloto na revista, Tiago Mali, pelas boas-vindas na última carta ao leitor de 2012 e por me ajudar a entender a lógica por trás da GALILEU. 2013 promete!
Vamos lá!
Alexandre Matias
Diretor de Redação
matias@edglobo.com.br
O comediante Louis CK foi o apresentador do Saturday Night Live da semana passada e ele escreveu um texto para o blog do programa falando sobre o fato de sua apresentação acontecer no mesmo fim de semana em que um furacão passou por cima de Nova York. Se alguém quiser traduzir, reproduzo a tradução em seguida:
“Hello. Its louis here. I’m clacking this to you on my phone in my dressing room here at studio 8H, right in 30 rockefeller center, in Manhattan, new york city, new york, america, world, current snapshot of all existence everywhere.
Tonight I’m hosting Saturday Night Live, something I zero ever in my life saw happening to me. And yet here it is completely most probably happening (I mean, ANYTHING could NOT happen. So we’ll see).
I’ve been working here all week with the cast, crew, producers and writers of SNL, and with Lorne Michaels. Such a great and talented group of people.
And here we are in the middle of New York City, which was just slammed by a hurricane, leaving behind so much trouble, so much difficulty and trauma, which everyone here is still dealing with every day.
Last night we shot some pre-tape segments in greenwich Village, which was pitch black dark for blocks and blocks, as it has been for a week now.
Its pretty impossible to describe walking through these city streets in total darkness. It can’t even be called a trip through time, because as long as new york has lived, its been lit. By electricity, gas lamps, candlelight, kerosene. But this was pitch black, street after street, corner round corner. And for me, the village being the very place that made me into a comedian and a man, to walk through the heart of it and feel like, in a way, it was dead. I can’t tell you how that felt. And you also had a palpable sense that inside each dark window was a family or a student or an artist or an old woman living alone, just being in the dark and waiting for the day to come back. Like we were all having one big sleep over, but not so much fun as that.
This is how a lot of the city is still. I know people in queens, brooklyn, Staten Island, new jersey, all over, are not normal yet. And not normal is hard.
And here at 30 rock, these folks are working so hard this week. There are kids in the studio every day, because members of the crew and staff had to bring them to work. Many people are sharing lodging. Everyone is tired. But there’s this feeling here that we’ve got to put on a great show. I’m sure it feels like that here every week. But wow. I feel really lucky to be sharing this time with these particular good folks here at SNL.
In about 5 hours we’ll be going on the air. I’ll do a monologue. And we’ll show you some sketches that we wrote and try to make you laugh. I’m gonna look really dumb in some of this stuff. But I don’t care. Its awfully worth it. And I’m really excited.
Anyway. I just wanted to let you know. If you watch the show tonight, when Don Pardo says my name and you see me walking out, all the shit in this email is what ill be thinking. I’m a pretty lucky guy. I hope you enjoy the show.
Thanks.
Louis C.K.
Live. From new york. Its saturday night.”
A foto que ilustra o post é a capa da revista New York que eu vi no Camilo. E, abaixo, dois trechos da apresentação de Louis no programa, que encontrei no YouTube, o genial monólogo de abertura e a paródia que mistura seu seriado com o novo filme de Spielberg, Lincoln:
Eis que já existia um tumblr ridicularizando a capa da Veja dessa semana na mesma linha daquelas paródias do Não Salvo… Tem mais aí embaixo:
Propostas pelo Não Salvo. Veja abaixo:
…na capa da GQ inglesa, que a elegia “a mulher de 2012”. Pode até ser, mas faltam quatro meses pro ano acabar…