Mais do que o capista do Pink Floyd ou o comandante do estúdio Hypgnosis, Storm Thorgerson deve ser lembrado como um visionário da associação da música com o design. Ele não apenas escolheu a capa de disco como sua emblemática tela, como não se furtou a transitar por diferentes gêneros e artistas, deixando suas distinções estéticas em segundo plano para criar fotografias surrealistas que brincava com a expectativa do público em relação à imagem da banda ou músico. Suas primeiras capas para Peter Gabriel são implacáveis, seu trabalho com o Led Zeppelin transcende a epicidade do som do grupo para um universo quase zen, os Wings de Paul McCartney tornam-se plásticos e um disco do Black Sabbath exibe pornografia robô. Além de, claro, seu trabalho com o Pink Floyd, uma parceria entre música e som indissociável à identidade da banda. A cada novo disco lançado por Gilmour, Mason, Wright e Waters, Thorgerson paria tirava uma série de imagens para o sons e sensações friamente capturadas por uma psicodelia no limite do normal, um surrealismo com um pé em Salvador Dali e outro em Norman Rockwell, um Man Ray techicolor. A vaca no campo, o close na orelha, o porco na fábrica, o aperto de mãos em chamas – são imagens que transcendem a música da banda e viraram ícones de uma década. Mas seu trabalho não parou nos anos 70 e ele continuou trabalhando com artistas completamente diferentes como Biff Clyro, Muse, Mars Volta, Ween e Audioslave. Morreu vítima de câncer. Abaixo, uma pequena amostra de seu trabalho.
Toda semana, o Comic Book Resources lança um desafio para seus leitores que desenham, na seção The Line It Is Drawn, e, na semana seguinte, publicam o resultado do desafio. No do final do mês passado, eles pediram para seus leitores misturar super-heróis com capas de discos, e o resultado segue abaixo:
E já que o assunto Bowie voltou à baila, já viram os outtakes da capa de Ziggy Stardust? O excelente site Retronaut publicou uma compilação delas e, aí embaixo, separei outras tantas. Vale também passar pelo ThingLink, que publicou uma série de referências em hyperlink na capa do disco. Aproveitei e separei outros dois posts antigos sobre o ídolo: outra série de outtakes, desta vez da capa de “Heroes“, e a obra-prima Dave, que a dupla belga Soulwax lançou no final do ano passado.
Sem lançar disco desde 2009, o Flaming Lips anunciou que seu próximo álbum se chamará The Terror – um disco “sombrio e perturbador” segundo o líder da banda, Wayne Coyne – e será lançado no início de abril. Antes disso, o grupo lança uma nova faixa, que não entrará no novo lançamento, chamada “The Sun Blows Up Today”, uma brincadeira bubblegum que em vez de psicodélica torna-se apenas repetitiva. Reflexo do que vem acontecendo com o grupo há uns cinco anos, pelo menos.
Vi no Pitchfork e o vídeo na Rolling Stone.
Você sabe porque a imagem da capa de Rubber Soul, o álbum de 1965 que funcionou como o primeiro passo dos Beatles rumo ao amadurecimento, foi distorcida sem querer, né? Paul McCartney conta essa história no Anthology:
A novidade é que agora apareceu a imagem original, em versão endireitada:
Não é melhor que a capa original, mas é uma senhora foto. Vi aqui.
Há uma página no Facebook dedicada a esses mashups de capas da Blue Note com fotos do presidente americano.