Eu gosto quando a lógica da inteligência artificial segue um padrão mais naturalista, sem partir pro surrealismo, tentando manter a essência da capa do disco no contexto falso que ela mesma cria para esses ícones.
O compadre Caramuru Baumgarten viu meus posts sobre inteligência artificial expandindo capas de discos e me chamou num canto pra mostrar algumas que tinha feito.
Agora que abriu a porteira, já era: tem mais gente jogando capas de discos para serem expandidas por algoritmos designers. Separei umas que cogitam realidades estranhas demais para além das imagens que já conhecemos.
E o Marko viu o post que fiz nesta segunda sobre a inteligência artificial esticando as bordas de discos clássicos brasileiros e resolveu fazer essa mesma experiência com discos estrangeiros, botando Led Zeppelin, Beatles, Miles Davis, John Coltrane, King Crimson, The Who, Patti Smith, Pink Floyd, entre outros, para ampliar seus horizontes visuais à base de inspiração robô.
No Twitter, o Jéferfon Menezes publicou o resultado das provocações que fez a um programa de inteligência artificial para que este completasse capas de discos clássicos brasileiros para além de suas fronteiras visuais – e como essa tal de IA viaja…
Muita satisfação anunciar abertas as inscrições de um curso que venho acalentando com minha comadre designer capricorniana Maria Cau Levy sobre capas de discos, que acontece gratuitamente neste mês no Sesc Vila Mariana. Em A Arte da Capa do Disco, eu e ela apresentamos duas aulas complementares nos dias 24 e 26 a partir das 18h em que falamos da importância desta imagem que lança personalidades, apresenta transformações e consolida reputações, seja de artistas, produtores, gravadoras, fotógrafos e designers. Hoje elas podem ser apenas uma pequena imagem no aplicativo de música dentro do seu telefone celular, mas as capas de disco são ícones visuais da contemporaneidade tão presentes quanto cenas de filmes, cartões postais, logotipos de marcas e rostos emblemáticos. O curso “A Arte da Capa do Disco” conta a história de como elas se tornaram onipresentes desde a metade do século passado e como continuam importantes quase um século depois das transformações que mudaram a forma como elas são vistas e como o conteúdo que elas transportam passou a ser ouvido. Contamos essa história tanto do ponto de vista global quanto brasileiro e as inscrições podem ser feitas neste link.
Morreu na sexta passada o designer que consagrou visualmente a modernidade da bossa nova. César Villela não só foi responsável pelas capas dos três primeiros discos de João Gilberto pela Odeon, onde trabalhava, como assumiu a arte das capas do selo Elenco, criado por Aloysio do Nascimento no início dos anos 60, que consolidou o novo gênero musical como uma revolução estética na música brasileira – e isso vinha estampado nas capas dos álbuns, quase sempre brancas com fotos, normalmente de Chico Pereira, estampadas em alto contraste, com detalhes em vermelho – estes, também quase sempre, eram bolinhas vermelhas, que vinham sempre em quatro, para simbolizar a harmonia, como havia aprendido com a cabala.
Teago Oliveira, Douglas Germano, Chico César, Alessandra Leão, Jards Macalé, Emicida, Rakta… Conversei com alguns dos autores das melhores capas de disco com fotografia de 2019 em uma matéria para a revista Zum – leia lá.
Morre Pedro Bell, autor das capas clássicas da cosmogonia do senhor George Clinton, que inclui discos do Funkadelic, Parliament, Bootsy Collins, entre outros projetos da vasta genealogia do funk.
Esta é a capa de American Dream, quarto disco em estúdio do grupo de disco-punk LCD Soundsystem que chega ao mundo no primeiro dia do mês que vem. O disco já está em pré-venda e estes são os títulos das faixas novas na ordem em que aparecem no álbum.
“Oh Baby”
“Other Voices”
“I Used To”
“Change Yr Mind”
“How Do You Sleep?”
“Tonite”
“Call the Police”
“American Dream”
“Emotional Haircut”
“Black Screen”