Na terça desta semana aconteceu a premiação da Associação Paulista de Críticos de Arte no teatro Sérgio Cardoso, quando os agraciados de todas as categorias contempladas pela associação foram receber seus troféus em público. E durante a categoria música popular, da qual faço parte da comissão julgadora, tivemos a honra de reunir, num mesmo palco, Alaíde Costa (que recebeu o merecido primeiro aplauso de pé da noite), Amaro Freitas, os grupos Black Pantera e Boogarins, representantes dos Racionais MCs e de Hermeto Pascoal e os autores do disco Maria Esmeralda, que aproveitaram a oportunidade para apresentar uma das músicas do disco (a excelente “Todo o Tempo do Mundo”) ao vivo. Além de mim também participam da comissão de música popular Adriana de Barros (Mistura Cultural), Bruno Capelas (Programa de Indie), Camilo Rocha (Bate Estaca), Cleber Facchi (Música Instantânea), Felipe Machado (Times Brasil), Guilherme Werneck (Canal Meio), José Norberto Flesch (Canal do Flesch), Marcelo Costa (Scream & Yell), Pedro Antunes (Tem um Gato na Minha Vitrola) e Pérola Mathias (Poro Aberto).
Alaíde Costa, Hermeto Pascoal, Amaro Freitas, Maria Esmeralda, Boogarins, Racionais MCs e Black Pantera foram os vencedores de 2024 de acordo com a comissão de música popular do júri da Associação Paulista dos Críticos de Arte após assembleia geral realizada no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo nesta segunda-feira. Eis o resultado de cada categoria:
Nesta segunda-feira, a Associação Paulista de Críticos de Arte reúne-se mais uma vez para escolher os grandes nomes do ano que passou e esta relação abaixo lista os 50 discos mais importantes de 2024 de acordo com o júri de música popular da Associação, da qual faço parte ao lado de Adriana de Barros (Mistura Cultural), Bruno Capelas (Programa de Indie), Camilo Rocha (Bate Estaca), Cleber Facchi (Música Instantânea), Felipe Machado (Times Brasil), Guilherme Werneck (Canal Meio), José Norberto Flesch (Canal do Flesch), Marcelo Costa (Scream & Yell), Pedro Antunes (Tem um Gato na Minha Vitrola) e Pérola Mathias (Poro Aberto).
Adorável Clichê – Sonhos Que Nunca Morrem
Alaíde Costa – E o Tempo Agora Quer Voar
Amaro Freitas – Y’Y
Bebé – Salve-se!
Black Pantera – Perpétuo
Bonifrate – Dragão Volante
Boogarins – Bacuri
Cátia de França – No Rastro de Catarina
Caxtrinho – Queda Livre
Céu – Novela
Chico Bernardes – Outros Fios
Chico César e Zeca Baleiro – Ao Arrepio da Lei
Crizin da Z.O. – Acelero
Curumin – Pedra de Selva
Duda Beat – Tara e Tal
Exclusive Os Cabides – Coisas Estranhas
Febem – Abaixo do Radar
Fresno – Eu Nunca Fui Embora
Giovani Cidreira – Carnaval Eu Chego Lá
Gueersh – Interferências na Fazendinha
Hermeto Pascoal – Pra você, Ilza
Ilessi – Atlântico Negro
Josyara – Mandinga Multiplicação – Josyara Canta Timbalada
Junio Barreto – O Sol e o Sal do Suor
Kamau – Documentário
Lauiz – Perigo Imediato
Luiza Brina – Prece
Maria Beraldo – Colinho
Milton Nascimento & Esperanza Spalding – Milton + Esperanza
Ná Ozzetti e Luiz Tatit – De Lua
Nando Reis – Uma Estrela Misteriosa
Negro Leo – RELA
Nina Maia – Inteira
Nomade Orquestra – Terceiro Mundo
Oruã – Passe
Papangu – Lampião Rei
Paula Cavalciuk – Pangeia
Pluma – Não Leve a Mal
Pullovers – Vida Vale a Pena?
Samuel Rosa – Rosa
Selton – Gringo Vol. 1
Sergio Krakowski Trio e Jards Macalé – Mascarada: Zé Kéti
Silvia Machete – Invisible Woman
Sofia Freire – Ponta da Língua
Tássia Reis – Topo da Minha Cabeça
Taxidermia – Vera Cruz Island
Teto Preto – Fala
Thalin, Cravinhos, Pirlo, iloveyoulangelo & VCR Slim – Maria Esmeralda
Thiago França – Canhoto de Pé
Zé Manoel – Coral
Terça passada aconteceu mais uma premiação da Associação Paulista dos Críticos de Arte (desta vez transmitida online, dá pra conferir aqui) e esta semana a comissão de música popular da APCA, da qual faço parte ao lado de Adriana de Barros (TV Cultura), Bruno Capelas (Programa de Indie), Camilo Rocha (Bate Estaca), Cleber Facchi (Música Instantânea), Felipe Machado (Istoé), Guilherme Werneck (Meio e Ladrilho Hidráulico), José Norberto Flesch (Canal do Flesch), Marcelo Costa (Scream & Yell), Pedro Antunes (Estadão e Tem um Gato na Minha Vitrola) e Pérola Mathias (Poro Aberto), escolheu os 25 melhores discos do primeiro semestre deste ano. Uma boa e ampla seleção que não contou com alguns dos meus discos favoritos do ano (afinal, é uma democracia, todos têm voto), mas acaba sendo uma boa amostra do que foi lançado neste início de 2024. E pra você, qual ficou faltando?
Ludmilla, Jards Macalé, Ana Frango Elétrico, Titãs, Luiza Lian, projeto Relicário e Mateus Fazeno Rock são os vencedores nas categorias de Música Popular da edição de 2023 do prêmio dado pela Associação Paulista dos Críticos de Arte, da qual faço parte. Eis os vencedores de cada categoria:
O querido Bruno Capelas me chamou para fazer a apresentação de seu livro sobre o Castelo Rá-Tim-Bum, Raios e Trovões (Ed. Summus) e é claro que escrevi mais do que precisava – portanto, abaixo, segue a íntegra do texto que foi parar editado na orelha do livro.
Mais do que um sucesso comercial ou um bom sucedido programa infantil para as massas, “Castelo Rá-Tim-Bum” é um fenômeno cultural. Nasceu da experimentações que a contracultura paulistana passou uma década curtindo, dos laboratório de TVs de baixo alcance à performance e à dança, passando pelo Lira Paulistano, pelo cinema da boca do lixo, pela literatura marginal e pelo Teatro Oficina, de onde buscaram inspiração, corações e mentes para compor um programa ao mesmo tempo acolhedor e transgressor, ousado e divertido, metalingüíistico e direto.
“Raios e trovões – A história do fenômeno Castelo Rá‑Tim‑Bum” é um microcosmo de algo que sempre presente na história da cultura brasileira: o momento em que experimentações artísticas provam-se populares, acertando o coração do espectador ao mesmo tempo em que fisga sua inteligência. Sem menosprezar nem ser condescendente com seu público, “Castelo Rá-Tim-Bum” traz sua audiência para a tela, propondo uma cumplicidade inédita que só poderia ser obtida através da metalinguagem que o programa transpirava.
Como Oz, o País das Maravilhas, a Terra do Nunca, o Sítio do Picapau Amarelo e Hogwarts, o Castelo teoricamente é um lugar fictício e fantasioso, em que apenas crianças conseguem entrar por portais mágicos. Este portal é justamente a imaginação e a criatividade, que são colocados em xeque a cada aparição de novo personagem, novo cenário, nova canção. Para isso, foi preciso que uma geração inteira de artistas experimentasse os receosos anos pós-ditadura militar, em que a censura, o autoritarismo e o conservadorismo brasileiro escondiam as garras para fingir que estava tudo bem.
Castelo Rá-Tim-Bum também é mais um dos ingredientes da paulistanização da cultura brasileira, ao lado de fenômenos tão diferentes quanto o futebol paulista, a ida de Fausto Silva para a TV Globo, a ascensão dos Racionais MCs e a criação da MTV – todos estes, diga-se de passagem, umbilicalmente ligados ao espaço de liberdade aberto pelas vanguardas paulistanas dos anos 80.
É essa história que o jornalista Bruno Capelas conta em seu trabalho de conclusão de curso que agora materializa-se livro. Percorre das origens da criação de um programa infantil em uma rede pública de televisão (um ato por si só heroico – e há toda uma tradição nisso) à consolidação de uma linguagem moderna e ousada em grande escala. É o equilíbrio entre ser família e ser vanguarda que tornou Castelo Rá-Tim-Bum tão central no inconsciente coletivo brasileiro no final do século passado e é essa história que Capelas, um dos caçulas da geração do jornalismo pop da internet brasileira, conta tão bem em “Raios e Trovões”.
Vamos lá para o último experimento deste turbulento 2018, encerrando as atividades do ano ao mesmo tempo em que celebramos o sétimo aniversário deste acondicionamento de boas vibrações que realizamos mensalmente no centro da maior cidade do hemisfério sul do lado ocidental do planeta. E para friccionar átomos e células subcutâneas, novamente chamamos o centro holístico de pesquisa musical Scream & Yell, capitaneado pelo novo-pai Marcelo Costa, que convida os suspeitos de sempre (Bruno Capelas, Bruno Dias e Renato Moikano), além de novos aliados (Mike, o inglês Kalli Ma e Renan Guerra), para mexer com corações, mentes e quadris ao mesmo tempo que desfilam pérolas de épocas e gêneros musicais diferentes no auditório preto de nosso simpósio. No lado azul, eu e – diz a lenda, caso sobreviva a uma discotecagem anterior – o mestre Danilo Cabral recebemos a maestra psicodélica Gabriela Deptulski, do My Magical Glowing Lens, e o garoto prodígio JP, ambos mostrando facetas menos indie na pista de dança. Não custa lembrar que só entra na festa quem enviar o nome para o email noitestrabalhosujo@gmail.com até às 21h desta sexta-feira.
Noites Trabalho Sujo @ Trackers
7 anos de Noites Trabalho Sujo!
Sexta-feira, 8 de dezembro de 2018
A partir das 23h45
No som: Alexandre Matias e Danilo Cabral (Noites Trabalho Sujo), Gabriela Depultski (My Magical Glowing Lens), JP (Live PA), Marcelo Costa, Kalli Ma, Renan Guerra, Bruno Dias, Bruno Capelas, Renato Moikano e Mike (Scream & Yell)
Trackers: R. Dom José de Barros, 337, Centro, São Paulo
Entrada: R$ 30, só com nome na lista pelo email noitestrabalhosujo@gmail.com. Aniversariantes da semana não pagam para entrar (avise quando enviar o nome no email, por favor), bem como os 20 primeiros a chegar na festa.
Enquanto o frio polar teima e se estender até o fim do inverno, a primavera surge no horizonte com esquentando nossa perspectiva de dias melhores – e as máquinas de boas vibrações das Noites Trabalho Sujo seguem quentes para espalhar alto astral usando frequências sonoras. Mais uma vez dividimos a noite com a equipe do laboratório de bons sons do Scream & Yell, liderada pelo doutor Marcelo Costa, que chamou Bruno Dias, Bruno Capelas, Janaína Azevedo, Tiago Trigo e Tiago Aguiar para mexer com corações e quadris na pista preta da Trackers. Já do outro lado, na pista azul, vamos de formação completa de Noites Trabalho Sujo, comigo, Danilo Cabral e Luiz Pattoli estremecendo pernas e mentes com canções tatuadas em nosso imaginário coletivo. Tudo para disseminar os bons ventos e espantar o frio da alma que assola o planeta. Vamos lá? Só não esqueça de que a entrada na festa só acontece mediante o envio dos nomes dos convivas para o email noitestrabalhosujo@gmail.com até às 20h deste sábado. Vai ser épico!
Noites Trabalho Sujo @ Trackers
Sábado, 8 de setembro de 2018
A partir das 23h45
No som: Alexandre Matias, Luiz Pattoli e Danilo Cabral (Noites Trabalho Sujo), Marcelo Costa, Bruno Dias, Bruno Capelas, Janaína Azevedo, Tiago Trigo e Tiago Aguiar (Scream & Yell)
Trackers: R. Dom José de Barros, 337, Centro, São Paulo
Entrada: R$ 30, só com nome na lista pelo email noitestrabalhosujo@gmail.com. Aniversariantes da semana não pagam para entrar (avise quando enviar o nome no email, por favor), bem como os 30 primeiros a chegar na festa.
Chega o outono e com ele a sensação de que tudo está em seu lugar – mas, como quase tudo em 2018, é uma sensação falsa. O frio mental e o desamparo físico do inverno astral que paira sobre o país segue fazendo os ossos doer e o fim do fraco verão deste ano veio apenas reforçar isso. De nossa parte, só existe uma alternativa: aquecer a psique e moldar um novo inconsciente coletivo através da emanação de energias positivas em forma de vibrações sonoras, um processo lento mas que requer periodicidade e firmeza. Por isso voltamos mais uma vez à antena de concreto localizada em frente ao Largo do Paysandu para espalhar bons fluidos em mais uma virada de dia. Dois integrantes do instituto Noites Trabalho Sujo de conservação do novo, seu idealizador, fundador e apaziguador Alexandre Matias e o explorador mental Danilo Cabral mantém a atmosfera aquecida no ambiente azul desta camada horizontal de boas sensações, deixando para os pesquisadores do centro de análise e reverberação Scream & Yell, que apresentará diferentes pontos de vista de sua pesquisa ao trazer a formação completa: Bruno Capelas, Bruno Dias, Tiago Agostini, Renato Moikano, Nat Júlio, Marco Tomazzoni, Tiago Trigo e seu sócio-proprietário Marcelo Costa. Para ingressar neste sessão de exorcismo contra as más sensações basta enviar seu nome para a lista de voluntários através do endereço de correio eletrônico noitestrabalhosujo@gmail.com até às 20h do dia do evento. Namasté!
Noites Trabalho Sujo @ Trackers
Sabado, 14 de abril de 2018
A partir das 23h45
No som: Alexandre Matias e Danilo Cabral (Noites Trabalho Sujo): Renato Moikano, Nat Julio, Bruno Dias, Tiago Agostini, Bruno Capelas, Marco Tomazzoni, Tiago Trigo e Marcelo Costa (Scream & Yell)
Trackers: R. Dom José de Barros, 337, Centro, São Paulo
Entrada: R$ 40, só com nome na lista pelo email noitestrabalhosujo@gmail.com. Aniversariantes da semana não pagam para entrar (avise quando enviar o nome no email, por favor). Os cem primeiros a chegar pagam R$ 25.