“Comfortably Strange”

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Benedict Cumberbatch sobe ao palco de David Gimour para cantar um dos hinos do Pink Floyd – vê lá no meu blog no UOL.

É inevitável que um dos grandes momentos de qualquer show do guitarrista David Gilmour sejam as músicas que ele eternizou ao lado de sua banda original, o Pink Floyd – especificamente “Comfortably Numb”, um dos muitos épicos do clássico The Wall, palco para um de seus solos mais dramáticos. Mas imagine ir a um show do guitarrista e, logo depois dos acordes de introdução do hino, outro vocalista entra no palco, recitando uma letra mais falada que cantada. Apesar da silhueta esguia, não é Roger Waters, o outro cabeça do Pink Floyd durante seu auge nos anos 70 – e sim o ator inglês Benedict Cumberbatch. Foi isso que aconteceu na quarta passada, quando, durante um show de Gilmour no Royal Albert Hall em Londres, Gilmour abriu espaço, sem anunciar, para o intérprete mais famoso de Sherlock Holmes e futuro Doutor Estranho. E apesar da música não exigir muito do ator (o refrão ficou a cargo de Gilmour, como na música original), Cumberbatch segurou bem a onda – e o risinho entre os versos dava para perceber que ele estava realizando um sonho juvenil.

https://www.youtube.com/watch?v=FaaoTvEdKtA&feature=emb_title

Afinal, quem nunca…?

Sherlock 2015: A caráter

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Não teremos uma nova temporada do Sherlock da BBC em 2015 devido às agendas cinematográficas de seus protagonistas. Portanto, este ano, ficaremos com apenas um único episódio da série – e só para o ano não passar em branco. A quarta temporada foi adiada para 2016 e, por enquanto, o único indício visual de novas produções é essa caracterização completa feita em Benedict Cumberbatch, que parece pronto para ir a um festival de cosplay do personagem. Ou, como disse a Entertainment Weekly, “só falta a lupa“!

Bennedict Cumberbatch como Doutor Estranho

Ainda não é uma imagem oficial, é só uma imagem de fã – mas foi twittada pelo diretor do filme (Scott Derrickson) com a seguinte legenda: “Strange but not a stranger”, tirada de “Burning Down the House” dos Talking Heads.

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Ao mesmo tempo que dá pra ter uma idéia do jeito que o personagem será conduzido ainda acena para o espaço sideral, fazendo conexão com a atual fase “cósmica” da Marvel.

Benedict Cumberbatch será o Doutor Estranho

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Depois de viver Julian Assange, Sherlock Holmes, Khan de Jornada nas Estrelas, um dragão de Tolkien e Alan Turing, Benedict Cumberbatch pode encarnar outro personagem peculiar para sua lista de tipos – a Marvel anunciou que o ator inglês foi confirmado como sendo o protagonista da adaptação para o cinema de Doutor Estranho, felizmente ultrapassando nomes como Joaquin Phoenix, Ethan Hawke, Ewan McGregor, Jared Leto, Matthew McConaughey, Oscar Isaac e Jake Gyllenhaal. O filme só estréia daqui a dois anos, mas já faço a aposta que pode ser um dos grandes épicos do estúdio, já que, como Guardiões das Galáxias, o personagem criado por Stan Lee e Steve Ditko (mais Ditko que Lee, como sempre) não é tão popular a ponto de inspirar comparações com as versões do quadrinho – e o fato de ser um personagem essencialmente mágico pode atrair um público completamente novo, além de ter todo o potencial para ser o filme mais psicodélico da Marvel. Com Cumberbatch como protagonista então…

Alan Turing e a imitação da vida

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Além do filme novo do Jason Reitman, a Gi Ruaro também viu outro filme promissor no London Film Festival, The Imitation Game, em que o nosso querido Benedict “Sherlock” Cumberbatch vive o maior nome inglês da história da computação (desculpa, Tim Berners-Lee) – Alan Turing. Eis o trailer e, a seguir, o comentário da Gi sobre o filme:

Sabe o Turing? Morreu. Faz tempo, mas o mundo está redescobrindo o matemático e herói da Segunda Guerra no novo filme The Imitation Game. Benedict Cumberbatch é o jovem Alan Turing, contratado em 1939 para quebrar o código Enigma e salvar a humanidade. Parece coisa de filme de Hollywood.

Colocando em miúdos: os nazistas usavam a máquina Enigma para codificar todas as mensagens na Segunda Guerra. Era até então a máquina perfeita, capaz de encriptar comunicação e modificar o segredo a cada 24 horas com 150 trilhões de regulagens. Os ingleses conseguiam ver as mensagens, sem entender o sentido.

Turing, fã de palavras-cruzadas e desafios lógicos em geral, acreditava que para possamos entender uma máquina temos que criar uma outra máquina. Elas conversam melhor entre si do que conosco.

Depois de três anos construindo uma máquina automática, apelidada no filme carinhosamente de Christopher, Turing conseguiu desvendar o segredo em 1943. Mas, ainda em meio a guerra, este virou o maior segredo. Afinal, se os nazistas soubessem que os Aliados tinham a solução do Enigma, inventariam uma nova versão.

Ou seja, todos os movimentos de Hitler entre 1943 e 1945 estavam sendo interceptados pelos aliados e monitorados. Havia também um grande cuidado de inteligência para justificar ações que vinham das mensagens do Enigma. O Dia D não teria sido possível sem Turing. A Guerra teria se arrastado por mais alguns anos. A blitz poderia ter acabado com Londres. Hitler poderia ter vencido. 150 trilhões de possibilidades de um futuro bem diferente.

A Segunda Guerra acabou em 1945, então era hora de contar pro mundo como Turing salvou a pátria. Mas o medo de uma nova guerra mundial fez os ingleses destruírem todos os registros de guerra de Turing, para que os nazistas não soubessem que Enigma era kaput.

De maneira simplista como o meu texto, é essa a história que The Imitation Game quer contar. E conta de maneira bem Escola Weinstein de Oscar Garantido, tipo O Discurso do Rei. Ruim, não é. É breguinha. Fofinho. Bonitinho.

Mas vamos falar do que o filme quase não fala. Além de quebrar o Enigma, Turing era gay. Christopher era o nome do seu amor de adolescência e o apelido da máquina (será isso real ou invenção do filme?). Turing se encontrava com garotos de programa em Londres e em 1952, foi condenado a dois anos de prisão por sair com um garoto. A alternativa ao tempo em prisão era tratamento hormonal – ou castração química. Turing optou pela castração porque na prisão ele não poderia continuar seu trabalho, e depois de um ano de tratamento, os efeitos colaterais ficaram cada vez mais difíceis de aceitar. Tremores, dificuldade de concentração ou de raciocínio. Turing não aguentou e em 1954, se suicidou.

Nesta época, 49 MIL gays foram condenados a prisão ou castração química por serem homossexuais. Em 2013, a rainha finalmente o perdoou pelo seu crime. Em 2013, ano passado. Ser homossexual era ilegal na Inglaterra até 1967, na Escócia até 1980 e Irlanda do Norte, 1982.

É claro que os direitos LGBT evoluíram muito na última década, mas há ainda 76 países onde ser gay é ilegal. A Europa é o único continente em que nenhum país tem leis contra homossexualidade. O fato de ser ilegal ser gay destruiu a carreira de um dos grandes heróis ingleses e no fim acabou matando-o. Turing tinha 41 anos e muitos anos de estudos pela frente – num mundo que parece tão distante, mas na verdade está tão perto. Nossos pais cresceram neste mundo.

Uma máquina entende outra máquina e apenas uma pessoa pode entender outra pessoa (filosoficamente falando, tipo Samantha em Her). O grande jogo da imitação foi de Alan Turing, que usou seu autismo para criar uma nova maneira de entender o mundo. Imitando colegas, amigos e familiares, conseguiu se ver normal numa sociedade em que não era.

A máquina automática de Turing evoluiu e agora você está lendo este texto dentro dela. Com inúmeros uns e zeros, Turing criou o primeiro computador.

The Imitation Game é um filme mais baunilha pra agradar uma audiência maior e este é o primeiro passo: conhecer Turing e reconhecer seu trabalho.

Benedict Cumberbatch é Alan Turing

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E o processo de reabilitação da reputação oficial de Alan Turing está começando bem. Ao escalar nosso amigo Benedict Cumberbatch (o Sherlock) para atuar como o pai da computação moderna, o filme The Imitation Game já marca pontos de saída rumo à canonização de um dos dois ingleses a importar na história do mundo digital (o outro é o Sir Tim Berners-Lee). Turing é mais conhecido pelo teste que leva seu nome, feito para reconhecer se um computador pode se passar por um ser humano em um diálogo), mas tornou-se um personagem histórico ao ajudar os aliados a ganhar a Segunda Guerra Mundial quando decifrou o Código Enigma, usado pela Alemanha nazista para comunicações secretas.

Seus feitos matemáticos e estudos sobre inteligência artificial serviram como base para a computação moderna (além de ter criado a primeira versão eletrônica para o jogo de xadrez), mas ele nunca foi reconhecido como tal em vida pois suas realizações foram classificadas como sigilosas. Em 1952 foi condenado por “grave indecência” nos anos 50 por um envolvimento com outro homem, mesma pena recebida por Oscar Wilde no fim do século 19. Como parte da pena, passou a ser submetido a um humilhante tratamento hormonal (para conter seu impulso sexual). Foi encontrado morto no dia 7 de junho de 1954 e alegação à época foi de suicídio, embora a hipótese de envenenamento ainda paire sobre o caso.

No ano passado, o governo inglês finalmente perdoou oficialmente o matemático e passou a celebrar sua importância, também reconhecida pelo público, que organizou um abaixo-assinado que sugeria inclui-lo como personagem da nota de 10 libras. O novo filme, mais um degrau rumo ao reconhecimento global da importância de Turing, está previsto para estrear em novembro deste ano e ainda conta com Keira Knightley, Matthew Goode e Mark Strong no elenco. Veja o trailer abaixo:

Ben Affleck é o novo Batman

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Uma notícia que desanda tudo – estraga o terceiro filme da nova safra do Super-Homem de saída, estraga a boa carreira que Affleck vinha fazendo atrás das câmeras e cogita a possibilidade de assistirmos a um Demolidor em escala Vingadores, o que pode fazer que o pior filme de super-heróis de todos os tempos (Lanterna Verde) seja superado – além de, claro, transformar o conceito “filme do Batman” em uma espécie de maldição (afinal, convenhamos, a trilogia de Christopher Nolan é boa, mas está bem aquém do peso dos personagens no quadrinho). Mas escolher um ator para este protagonista é complicado: o único nome que sempre me fez sentido seria Clint Eastwood, que quanto mais envelhece, mais fica parecido com o Batman do Cavaleiro das Trevas de Frank Miller (e do jeito que a realidade anda bizarra, não seria mal negócio se filmassem direto a continuação desse clássico – o controverso DK2 – direto no cinema).

Aí vem o Forastieri no Facebook e cogita um nome

…nada mal, hein. Fora ter no currículo os dois maiores detetives de todos os tempos.

O Henrique sugeriu o Jon Hamm, mas sempre acho que ele tá mais prum Duas Caras…

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Benedict Cumberbatch sinistro

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O melhor Sherlock em ação atualmente (desculpaê Robert Downey Jr.) já mostrou sua versatilidade quando comparamos seus trabalhos na série com o personagem no último Jornada nas Estrelas ou o espião em Tinker Taylor Soldier Spy. O apresentador inglês Graham Norton resolveu explorar mais a fundo sua atuação ao pedir que ele lesse um texto num tom mais… sinistro. Veja abaixo:

 

A volta do Sherlock de Benedict Cumberbatch

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E a BBC começa a revelar e terceira – e última? – temporada da melhor versão de Sherlock Holmes para a televisão nesse teaser de menos de meio minuto:

E aí, alguém já conseguiu matar a charada do último episódio da segunda temporada?

4:20

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