Lembra daquela comoção que o Black Eyed Peas causou quando a Oprah inaugurou o programa dela esse ano? Agora imagina se a música fosse boa:
Essa já saiu há um tempo, mas ainda vale: um sujeito inventou toda uma história de realidade alternativa para justificar a existência de um “álbum perdido” dos Beatles, que teria sido gravado depois de 1970 – que é a meio que a desculpa para fazer um mashup com faixas solo dos quatro beatles. Mas se a idéia do site The Beatles Never Broke Up tem alguma simpatia, ela perde-se ao ouvir as músicas – que são meras colagens de trechos de músicas conhecidas das carreiras solo de John, Paul, George e Ringo, mas não funcionam como novas versões – apenas como colagens. Valeu a intenção, mas…
Eis o trailer da estréia da artista conceitual inglesa Sam Taylor-Wood na direção de um filme – Nowhere Boy conta a história da adolescência de John Lennon e tem roteiro assinado pelo mesmo Matt Greenhalgh que transformou o Carícias Distantes, da Deborah Curtis, no filme Control, de Anton Corbijn. O livro-base agora é Imagine: Crescendo com meu Irmão John Lennon, da meia-irmã de Lennon, Julie Baird, e o filme estreou semana passada como a última sessão do London Film Festival. Nowhere Boy estréia de verdade no dia 26 de dezembro deste ano, primeiro na Inglaterra, para depois começar a correr o mundo. Mesmo que não seja um bom filme, já vale para as pessoas conhecerem uma saga que, na minha opinião, a história mais legal da história do rock – como os Beatles deixaram de ser uma banda de quermesse para se tornar os Beatles. O trailer é narrado pelo próprio John e Kristin Scott Thomas vive a mítica Tia Mimi.
Olhe atentamente para esta capa:
Notou alguma diferença? No lugar de vários personagens da capa de Sgt. Pepper’s (inclusive dos próprios Beatles) estão as carinhas de 40 executivos da Capitol Records, a gravadora que distribuía os Beatles nos EUA. Uma cópia lacrada desta edição foi encontrada pelo colecionador de vinil John Tefteller, que foi visitar a viúva de um executivo da gravadora que estava se desfazendo da extensa coleção de discos de jazz e easy listening do marido recém-falecido. Mais motivado pelo cargo do dono da coleção do que pelos gêneros anunciados, Tefteller comprou toda a coleção ao descobrir o disco com a capa acima. Levou a jóia para o colecionador especializado em Beatles Stan “the Beatleman” Panenka e remontaram a história: a edição, que teve apenas 100 exemplares, foi feita em homenagem aos executivos que fizeram 1967 um ano bem sucedido para a gravadora e entregue aos donos dos novos rostos da banda do Sargento Pimenta no natal daquele ano.
Ainda falando em Beatles, esse fluxograma foi inspirado na já clássica versão gráfica para “Total Eclipse of the Heart“.