Porque deve ter uma galera que nunca nem sabia que “Christmas Time (Is Here Again)”, uma das poucas músicas composta pelos quatro Beatles, existia. Também pudera: nem no Anthology ela foi oficializada direito, fazendo número como música extra no single de “Free as a Bird”, sem entrar nos três discos oficiais.
E aí, já sabe onde vai terminar seu ano letivo? Sugiro, claro, na última Noite Trabalho Sujo, também conhecida como primeira Noite Trabalho Sujo de verão. A lógica da acabação em virada de temporada fez surgir um encontro de proporções cósmicas, quando reuni os mesmos Rafa e Danilo que me ajudaram a operar aquela máquina do tempo que foi a festa Lebowski (Ostra & Seismic em encarnações passadas) ao arauto do verão, o catarina Fábio Bianchimi, o Mutley, Mumu para todos os íntimos que ele conhece. Para batizar tal agremiação, Rafa voltou a São Gilbert Shelton e eu fiz questão de colocar em caixa alta o THE BAND do título. Juntos, entortaremos pescocinhos e chacoalharemos quadris como se fosse festa de réveillon. Abaixo tem uma pequeno aperitivo do encontro de hoje à noite, que acontece lá no Alberta (as coordenadas estão tanto no site do Alberta quanto na página do evento no Facebook. Tou recebendo nomes pra lista até às 21h no email noitestrabalhosujo@gmail.com. Rola uma pausa na sexta que vem, mas dia 6 tamos de volta…
Maroon 5 + Christina Aguillera – “Move Like Jagger”
Vampire Weekend – “The Kids Don’t Stand A Chance (Chromeo Remix)”
N*E*R*D + Nelly Furtado – “Hot-n-Fun”
Soledad Brothers – “Prodigal Stone Blues”
Lulu Santos – “Toda Forma de Amor”
Marina Lima – “Uma Noite e Meia”
Tim Maia – “Brother, Father, Sister And Mother”
Telekinesis – “I Cannot Love You”
Tame Impala – “Half Full Glass Of Wine (Canyons remix)”
Charlatans – “The Only One I Know”
Beatles – “She Loves You”
Myrth – “Gotta Find a Way”
Já é uma tradição: ao começar a primavera, Fabio “Mutley” Bianchini (o Mumu) começa sua expectativa para a chegada da mais bela estação. E este é o segundo ano em que sua espera diária se materializa no Tumblr Contagem Regressiva para o Verão, com links diários para vídeos ensolarados – como os dias que têm feito essa semana, a penúltima da primavera de 2011. Sabendo desse astral, a Dani pediu para ele fazer uma mixtape temática sobre a próxima temporada, e sua resposta foi em kobaïano, sua atual fixação progressivista, idioma que batiza a coleção de hits. A foto que embeleza a mixtape foi tirada pela Malg, em uma passagem pelo mítico Riozinho, uma das melhores praias de Florianópolis, de onde Mumu transmite.
Undertones – “Here Comes the Summer”
Katrina & the Waves – “Walking on Sunshine”
Amigos Invisibles – “Merengue Killa”
Verano – “Summerlove”
Eddy Grant – “I Don’t Wanna Dance”
Beatles – “Ob-La-Di, Ob-La-Da”
Bodysnatchers – “Let’s Do Rock Steady”
Erasmo Carlos – “Maria Joana”
Plastilina Mosh – “Pervert Pop Song”
Weezer – “Island in the Sun”
General Johnson + Joey Ramone – “Rockaway Beach”
Divine Comedy – “Pop Singer’s Fear of the Pollen Count”
Panda Bear – “Surfer’s Hymn”
Elf Power – “Stranger in the Window”
Jorge Ben – “Que Maravilha”
Teenage Fanclub – “Aint That Enough”
Lulu Santos – “Como uma Onda”
Fun Lovin’ Criminals + Ian McCulloch – “Summer Wind”
Fernanda dá a dica: que tal começar o dia com o Abbey Road instrumental, sem os vocais de John, Paul, George e Ringo? Não deixa de ser uma homenagem à lembrança do aniversário da morte de John Lennon, que aconteceu há 31 anos.
Muitos já devem ter se ligado que, nos próximos dez anos, vamos começar a rever toda a mítica década de 60 em forma de documentários definitivos edição 50 anos. Talvez seja a última grande chance de presença que os protagonistas daqueles dez anos mágicos tem de voltar ao imaginário coletivo. E puxando essa tendência, inevitavelmente, vêm os Beatles, cuja primeira gravação cinquentenária volta às prateleiras de disco – as gravações que o grupo fez em Hamburgo, como banda de apoio do ilustre desconhecido Tony Sheridan. O disquinho tem pérolas com essas:
E isso é só o começo… Os anos 60 começam pra valer a partir de “Love Me Do”, que é do final de 62 (embora alguns localizem esse começo também na Inglaterra, mas no Profumo Affair e outros ainda, claro, no assassinato de Kennedy) – e aí aguente uma saraivada de documentários e caixas de discos e shows e sites especiais e perfis no Facebook e coleções deluxe e capas de discos e peças de teatro e exposições sobre cada um dos discos – compactos inclusive – dos Beatles, só pra começar…
Talvez o cinquentenário dos anos 60 venha ser o último suspiro da mídia física, da cultura enquanto produto táctil à venda – ou pelo menos nos parâmetros dos últimos 50 anos.