Vida Fodona #616: As 75 melhores músicas de 2019

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Cinco horas de música – e feliz 2020!

Stormzy – “Vossi Bop”
Sophia Chablau + Uma Enorme Perda de Tempo – “Idas e Vindas do Amor”
Lucas Santtana + Duda Beat – “Meu Primeiro Amor”
Shawn Mendes + Camila Cabello – “Señorita”
Dua Lipa – “Don’t Start Now”
Lana Del Rey – “Fuck it I Love You”
Brockhampton – “Sugar”
Thiago Pethit – “Noite Vazia”
Sharon Van Etten – “Seventeen”
Chemical Brothers – “Got To Keep On”
Rakta – “Fim do Mundo”
Emicida + Dona Onete + Jé Santiago + Papilion – “Eminência Parda”
Clairo – “Bags”
O Terno – “Eu Vou”
Taylor Swift – “I Think He Knows”
Nill + Mano Will + Melk – “Jive”
James Blake + Rosalía – “Barefoot In The Park”
Beabadoobee – “I Wish I Was Stephen Malkmus”
Teago Oliveira – “Corações em Fúria (Meu Querido Belchior)”
Luisa e os Alquimistas – “Furtacor”
Yma + Lau – “Sun and Soul”
Wilco – “Before Us”
Saskia + Edgar – “Tô Duvidando”
Rakta – “Flor da Pele”
Mark Ronson + Lykke Li – “Late Night Feelings”
Jonnata Doll e os Garotos Solventes – “Edifício Joelma”
Lana Del Rey -“The Greatest”
Black Alien – “Take Ten”
Caribou – “You and I”
Guaxe – “Desafio do Guaxe”
Haim – “Summer Girl”
Deerhunter – “Timebends”
Lil Nas X + Billy Ray Cyrus – “Old Town Road”
BaianaSystem + Manu Chao – “Sulamericano”
Luedji Luna + Djonga – “Saudação Malungo (Nyack & Plim Remix)”
Chico Bernardes – “Sem Palavras”
Boogarins – “Sombra ou Dúvida”
Emicida + Majur + Pabllo Vittar – “AmarElo”
Weyes Blood – “Movies”
Jards Macalé – “Pacto de Sangue”
Ana Frango Elétrico – “Chocolate”
Tyler the Creator – “Earfquake”
Michael Kiwanuka – “Hero”
BaianaSystem + Antonio Carlos & Jocafi + Edgar + BNegão – “Salve”
Kaytranada + Kali Uchis – “10%”
Bárbara Eugenia – “Perdi”
Nill – “Mulher do Futuro Só Compra Online”
Toro y Moi – “Ordinary Pleasure”
Lulina – “N”
Metronomy – “The Light”
Siba – “Carcará de Gaiola”
Tyler the Creator – “I Think”
O Terno – “Pra Sempre Será”
Mateus Aleluia = “Confiança”
Weyes Blood – “Everyday”
Anderson .Paak + André 3000 – “Come Home”
Angel Olsen – “Lark”
Douglas Germano – “Tempo Velho”
Luiza Brina + César Lacerda – “De Cara”
Sessa – “Dez Total (Filhos de Gandhy)”
Lana Del Rey – “Hope Is A Dangerous Thing For A Woman Like Me To Have-But I Have It”
Juliana Perdigão – “Só o Sol”
Luisa e os Alquimistas + Catarina Dee Jah – “Sol em Câncer”
Jards Macalé – “Limite”
Def – “Alarmes de Incêndio”
Karina Buhr – “Amora”
Céu – “Make Sure Your Head is Above”
Alessandra Leão + Mateus Aleluia – “Ponto para Preto Velho”
Boogarins – “As Chances”
Lizzo – “Juice”
Billie Eilish – “Bad Guy”
Angel Olsen – “All Mirrors”
Ana Frango Elétrico – “Promessas e Previsões”
Douglas Germano – “Valhacouto”
Siba + Alessandra Leão + Mestre Anderson Miguel + Renata Rosa – “O Que Não Há”

As 75 melhores músicas de 2019: 30) Bárbara Eugenia – “Perdi”

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“Olhando para tudo quanto é lado na esperança de te ver mais uma vez”

Vida Fodona #605: Estritamente 2019

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Recapitulando…

Ana Frango Elétrico – “Promessas e Previsões”
Juliana Perdigão – “Só o Sol”
Beabadoobee – “I Wish I Was Stephen Malkmus”
Erik Batista – “Nvvem (Canção pra Vida Adulta)”
Neiva – “Pra Si”
Metronomy – “The Light”
Bárbara Eugenia – “Perdi”
Céu – “Coreto”
Taylor Swift – “I Think He Knows”
Karina Buhr – “Nem Nada”
Siba – “O Que Não Há”
Lulina + Maurício Pereira- “O Que é o Que”
Tyler the Creator – “Are We Still Friends?”
Lana Del Rey – “Hope Is A Dangerous Thing For A Woman Like Me To Have-But I Have It”
Douglas Germano – “Tempo Velho”
Elza Soares – “Lírio Rosa”

Bárbara Eugenia no Centro Cultural São Paulo

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A cantora e compositora Bárbara Eugenia mostra seu novo álbum Tuda neste domingo, às 18h – e promete uma participação bem especial (mais informações aqui).

Tudo Tanto #63: Bárbara Eugenia

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A cantora carioca radicada em São Paulo Bárbara Eugenia lança seu quarto disco nesta sexta-feira no Sesc Bom Retiro e eu falei com ela sobre o papel deste Tuda em sua carreira e evolução musical na minha coluna Tudo Tanto dessa sexta no site Reverb – lê lá.

Bárbara Eugenia na pista

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A querida Bárbara Eugenia me chamou mais uma vez para escrever um release de seu disco, o dançante e apaixonado Tuda, que consolida a ascensão crescente da discografia da cantora compositora e agora produtora.

“Eu vim, eu vim saudar… Os seres da mata e os seres do mar…”, Bárbara Eugenia canta entre percussões e as vozes das mulheres de seu bloco Pagu – Soledad, Julia Valiengo, Mariana Bastos, Verônica Borges, Bruna Amaro, Thereza Menezes e Isadora Id. “Eu vim, eu vim saudar… Tudo que vem do fogo, da terra, da água e do ar” – o andamento rítmico e o canto circular remetem a uma celebração pagã na floresta, uma grande ciranda solta em meio à mãe natureza, celebrando as virtudes femininas da criação. Mas o ritual de entrada em Tuda, quarto disco da cantora nascida em Niterói que celebra mais de uma década de carreira e de São Paulo, faz o disco surgir no meio do mato para logo em seguida ir para o meio da rua, a pista de dança, a cidade grande, o século 21.

“Perdi” começa o disco propriamente depois de um piano à espreita e logo dá o rumo de Tuda: as programações e guitarra de Dustan Gallas e a bateria eletrônica de Clayton Martin, dois velhos cúmplices da cantora na produção do disco, determinam uma realidade musical sintética que conversa tanto com a moderna música eletrônica quanto com a disco music dos anos 70 e o tecnopop da década seguinte. A canção, composta pelos três, no entanto ecoa um cancioneiro popular brasileiro que é transmitido em rádios de pilha e programas de auditório, uma jovem guarda temporã, com glitter e cílios postiços. Tal musicalidade – retrô e popular ao mesmo tempo – é característica das canções de Bárbara, que encarna a vida noturna e um balanço boêmio em seu novo disco. Logo ela nos conduz para um outro universo, igualmente dançante, mas com pés de chinelo em piso de terra, percussão de samba-reggae (a cargo de Lenis Rino, Thereza Menezes, Zezinho Maracutaia aka Clayton Martin e Isadora Id), guitarras caribenhas (de Davi Bernardo) e calor tropical.

E assim Tuda vai se reinventando a cada faixa, sempre com os pés na pista de dança e o coração apaixonado. “As Maçãs Que Vêm” é o mais próximo que o disco tem de uma balada e parece mudar mais uma vez o percurso, mas o andamento latino logo chega, reúne os mesmos músicos (Davi, Dustan, Clayton e Lenis) aos synths de Cris Botarelli (do Far from Alaska) para deslizar em uma rumba apaixonante – e de tons psicodélicos. “Tantas luzes, cores, tudo brilha, pulsa, integra no ar / Era entrega e era tuda, eu era o todo e era nada”, canta enquanto move lentamente o quadril, “Na minha cabeça, seja lá o que for, faz todo sentido / Meu corpo está ardendo, será que é do sol? Ou será que ardo eu?” O ardor latino esquenta ainda mais na balada “Sol de Verano”, composição brasileira de Carlos Colla e Luís Alberto Ferri vertida para o espanhol Luis Gómez Escolar para o repertório do disco Reluz que a cantora anglo-
espanhola Jeanette lançou em 1983, uma balada dançante e caliente em que Bárbara recebe outros velhos amigos, o baixista Jesus Sanchez e o tecladista Astronauta Pinguim.

Em “Bagunça”, ela aproxima os extremos mostrados no disco: a latinidade bailante, a disco music retrô e quase robótica, as melodias do inerente pop oitentista – tudo se funde no dueto e parceria com Zeca Baleiro, que ainda conta com um solo de sax rasgadamente vintage por conta de Filipe Nader. Ela segue desconstruindo a própria fórmula numa faixa com três partes: “Querência” começa com os pés na pista do reggaeton para depois cair numa aldeia vodu (com vocalizes de Iara Rennó) e mais à frente deixar o grave cair pesado – para logo suspender a gravidade e voltar à pista retrô eletrônica. A expectativa mais uma vez dá uma volta quando o grupo argentino Onda Vaga surge no disco para cantar “Por La Luz y Por Tierra”, um número acústico. O bloco latino termina com a participação do guitarrista paraense Felipe Cordeiro, que trouxe o DJ Tide para temperar com bases eletrônicas o carimbó caribenho “Confusão”.

O disco vai chegando ao fim com a inquieta “Apaixonada Feito Gente Não”, que resume os sentimentos do disco ao se dividir em duas partes. “Foi além do que eu podia imaginar, você chegou e eu quase perdi os sentidos”, ela canta pensativa no início da canção, longe do calor da festa. “foi além do que eu podia esperar, eu nunca esperei por nada, não esperava você chegar e me tocar assim”. Logo depois cede à dança e vai direto ao assunto: “Você me viciou
na tua pele”, canta.

Tuda enfim termina com “Eu Vim Saudar”, faixa de despedida que, apesar de eletrônica (composta por Clayton, com ajuda de Bárbara e Dustan) mantém a mesma vibração de “Saudação” que abre o disco. Juntas, estas duas minicanções parecem ser exatamente opostas ao que Tudase propõe, mantras de introdução e encerramento que reforçam uma orientação pessoal recente de Bárbara, cada vez mais mística e espiritualmente centrada, e brincam com a expectativa do ouvinte. Mas a conversa entre as duas reforça o equilíbrio do disco, e dança apaixonada com uma sabedoria ancestral: “E eu só vou fazer, daqui pra frente, o que me faz bem”.

Bárbara Eugenia no comando de Tuda

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Começando a preparar seu quarto disco, batizado de Tuda, Bárbara Eugenia lança mais um single reforçando a vibe “Brasil Caribe Tropical Bahia Hippie Style” que determinou ao novo disco no início do ano, quando apresentou sua versão para “Sintonia”, de Moraes Moreira. “Confusão”, faixa em parceria com Felipe Cordeiro, e não só produziu a faixa, como fará durante seu próximo disco, como também dirigiu o clipe, reforçando a ideia que irá segurar ela mesma as rédeas do próximo trabalho, prometido para o segundo semestre. A faixa também mostra sua afeição em relação aos timbres eletrônicos, que devem dominar o disco, e que serão sublinhados pela nova aquisição de sua banda, a tecladista Cris Botarelli, que também toca e canta no Far from Alaska.

Bárbara Eugenia: Dez Anos Por Aí

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“Parece que passou muito rápido mas ao mesmo tempo parece que foi há muito tempo, porque muita coisa aconteceu!” Bárbara Eugenia resume não apenas o sentimento de seus dez anos de carreira, mas de toda uma década que abalou a todos. No mesmo período em que se firmou como cantora e compositora houve uma mudança cultural e social violenta que, de uma forma ou de outra, está refletida em seu trabalho. É esta transformação que ela coloca em prática na primeira temporada do Segundamente deste ano, quando, nas quatro segundas-feiras de março, ela visita momentos diferentes da sua carreira, priorizando as parcerias. No dia 5, ela abre o mês ao lado de Tatá Aeroplano, mostrando o Vida Ventureira que gestaram na primeira temporada do Centro da Terra do ano passado, quando eles mostraram o disco em primeira mão na celebração dos quinze anos de carreira do músico paulista – que desta vez vem ao palco com a banda completa, com Dustan Gallas, Júnior Boca e Bruno Buarque. No dia 12 é a vez de ela voltar a se reunir com Fernando “Chankas” Cappi, guitarrista do Hurtmold, com quem ela compôs o disco Aurora, fortemente influenciado pela canção beatle. No dia 19 ela se reúne a Pedro Pastoriz para reeditar mais uma versão de seu projeto de intérprete Lovely Hula, recriando clássicos pop em versões luau. E a temporada termina no dia 26 com uma retrospectiva de seus quatro discos individuais, incluindo um que ainda não viu a luz do dia. Conversei com a Bárbara sobre este momento de sua carreira e como ele se reflete neste março no Centro da Terra.

Qual balanço que você faz sobre essa primeira década?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/barbara-eugenia-dez-anos-por-ai-qual-balanco-que-voce-faz-sobre-essa-primeira-decada

Quando você pensou na temporada já sabia que queria?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/barbara-eugenia-dez-anos-por-ai-quando-voce-pensou-na-temporada-ja-sabia-que-queria

O que ficou de fora e poderia ter entrado?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/barbara-eugenia-dez-anos-por-ai-o-que-ficou-de-fora-e-poderia-ter-entrado

Qual a expectativa de fazer esses shows no Centro da Terra?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/barbara-eugenia-dez-anos-por-ai-qual-a-expectativa-de-fazer-esses-shows-no-centro-da-terra

E sobre o último show, do disco novo, o que dá pra adiantar?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/barbara-eugenia-dez-anos-por-ai-e-sobre-o-ultimo-show-do-disco-novo-o-que-da-pra-adiantar

O primeiro semestre de 2018 no Centro da Terra

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É com imensa satisfação que anuncio os donos das temporadas no Centro da Terra neste primeiro semestre de 2018: em março temos a querida Bárbara Eugenia às segundas e o grande MdM Duo dos irmãos Fernando e Mario Cappi, guitarristas do Hurtmold; em abril às segundas temos o sagaz Rico Dalasam e às terças e a forte Luedji Luna; em maio as segundas são do mestre Edgar Scandurra e as terças do voraz Guizado; em junho as segundas são da deusa Cida Moreira e as terças dos ótimos Garotas Suecas e julho tem o sensacional Vitor Araújo nas segundas e o CORTE de Alzira Espindola nas terças. O Pedro Antunes conta mais em seu blog no Estadão.

Vida Fodona #563: Botando o programa nos trilhos

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Afinal, já são doze anos de Vida Fodona…

The Universal Mauricio Orchestra – “Embalando o Obalala´”
Bárbara Eugenia – “Te Atazanar”
Led Zeppelin – “Down by the Seaside”
Jupiter Apple – “Bridges of Redemption Park”
Lorde – “In the Air Tonight”
Yo La Tengo – “Paul is Dead”
Nação Zumbi + BaianaSystem – “Alfazema”
Otto – “Caminho do Sol”
Anelis Assumpção – “Gosto Serena”
Metá Metá – “Angoulême”
Sérgio Sampaio – “Não Tenha Medo Não! (Rua Moreira, 64)”
Tatá Aeroplano + Bárbara Eugenia – “As Asas São Escadas Pra Voar”
Stephen Malkmus + The Jicks – “Middle America”
Curumin – “Paris Vila Matilde”
Boogarins – “Lá Vem a Morte (Pt. 2)”
MGMT – “Hand it Over”
Unknown Mortal Orchestra – “American Guilt”
Franz Ferdinand – “Feel the Love Go”
Courtney Barnett – “Nameless, Faceless”
Ava Rocha – “Você Não Vai Passar”
Deerhunter – “Ad Astra”