Ave Santa Sangre!

, por Alexandre Matias

Paulo Beto começou maravilhosamente sua temporada Selva de Pedra, em que comemora seu quarto de século em São Paulo, nesta segunda-feira no Centro da Terra, quando abriu sua safra de shows com um projeto ainda inédito, chamado Santa Sangre, em que, pilotando como sempre seus synths, cria camas sintéticas e instrumentais para solos de dois monstros em seus instrumentos: o guitarrista e violeiro Marco Nalesso, que fica num inusitado meio termo entre Adrian Belew e Ivan Vilela, que por vezes tocava sua viola caipira (ou caiçara, como corrigiu o próprio PB) com arco, e o saxofonista e flautista Paulo Casale, este conduzindo os outros dois a paragens aparentemente desérticas (mas com vida que se embrenha nos detalhes), primeiro com um pífano, depois com um sax. A noite foi encerrada com uma incursão que John Lennon fez ao Tibet com os Beatles quando o trio recebeu a mestra guitarrista Lucinha Turnbull como convidada do final da apresentação, visitando “Tomorrow Never Knows” num transe de mais de quinze minutos, com Mari Crestani fazendo luz pela primeira vez – e brilhando. Só sabe quem viveu.

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