Arte como ofício: Jerry Seinfeld e a anatomia de uma piada

, por Alexandre Matias

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O New York Times publicou um perfil com Jerry Seinfeld no fim do ano passado em que ele explica como se vê profissionalmente, mais como um atleta do que como um artista:

Estamos acostumados ao clichê do comediante visto como um palhaço triste: uma alma torturada num palco mal iluminado, curando feridas psicológicas à espera de aprovação. Quando o público grita “eu te amo” para Seinfeld, ele gosta de responder: “Eu também te amo e esse é o meu tipo favorito de relação íntima”. Ele me disse: “Este é o barato deste tipo de humor. É o melhor jeito em que funciono”. Ele se parece mais com um atleta exigente que um artista torturado. Ele se compara a jogadores de beisebol – que colocam efeito na bola logo que ela sai de seus dedos, deixando sua média alta – e a surfistas: “Para que eles fazem aquilo? É apenas puro. Você está só. A onda é muito maior e mais forte que você. Você sempre está em desvantagem. Você sempre pode ser esmagado. E ainda assim você aceita isso e transforma isso em uma pequena forma de arte sem sentido.” E diz: “Eu não estou preenchendo um vazio emocional em mim. Estou jogando um jogo bem difícil e se você gosta de ver alguém bom num jogo difícil, é isso que eu faço”.

E, de quebra, pediu para ele explicar, em vídeo, a mecânica de uma piada, abaixo:

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