Anthology volume… 4?
Ó os Beatles aí de novo… Já escancararam que vem um Anthology novo aí (aleluia irmãos!), mas e esse número 4, hein? Será que tem um quarto volume da versão em disco da compilaçao de raridades oficial do grupo (que originalmente foi lançada em três CDs duplos) pra deixar todo mundo de cara (o inconsciente coletivo de todos grita “Carnival of Light”)? Hein? Hein?
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Ainda não há nenhuma novidade oficial sobre o aparente relançamento da coletânea Anthology dos Beatles, que completa 30 anos neste 2025, e foi atiçado aos fãs nesta terça-feira como o grande lançamento do grupo no fim de ano. Diferentes contagens progressivas em diferentes mídias digitais – redes sociais, newsletters e site – contavam até quatro usaram referências explícitas à coletânea de 1995, cujo relançamento pode ser o encerramento do projeto “Now and Then”, alardeada como “a última canção dos Beatles”, lançada dois anos atrás. A faixa seria lançada três décadas atrás como último single do terceiro volume da coletânea, lançada como três CDs duplos entre 1995 e 1996, sendo que os dois primeiros trouxeram singles inéditos (“Free as a Bird” e “Real Love”) criados postumamente a partir de gravações caseiras de John Lennon, morto em 1980. Haviam dois possíveis singles para o último volume, como se especulava na época (“Now and Then” e “Grow Old with Me”), mas nenhuma delas viu a luz do dia no século passado e hoje sabemos que foi por conta da tecnologia de áudio da época, que não fez a faixa soar bem – o que foi corrigido um quarto de século depois.
Por isso a primeira especulação sobre o que haveria neste novo Anthology diz respeito a possíveis novos remixes para as duas faixas dos anos 90, melhorando sua qualidade sonora, o que poderia ser estendido para toda a coletânea, deixando gravações caseiras e de baixa fidelidade com mais nitidez, como os Beatles começaram a conseguir desde que se aliaram a Peter Jackson no projeto Get Back. O novo Anthology poderia reunir os melhores momentos das várias edições especiais dos discos da banda desde 1966 lançadas nos últimos dez anos, além de testar se os fãs se entusiasmariam com edições do tipo os discos lançados entre 1963 e 1965. O fiel desta balança, aguardado desde o fim da pandemia, é o último disco que o grupo lançou em 1965, Rubber Soul, cujas especulações sobre uma caixa própria pareciam coincidir com o aniversário de 60 anos do disco esse ano, mas parece que o relançamento do Anthology caiu como um balde de água fria na expectativa destes fãs.
Há, claro, a eterna promessa de mais material inédito, joias que podem ter sido descobertas nos últimos anos (gravações em Hamburgo? Shows no Cavern Club? Aparições em programas de TV fora da Inglaterra?) e que estão sendo guardadas para este momento, como as músicas que eles compuseram para outros artistas gravadas por eles mesmos, a versão de 27 minutos de “Helter Skelter” e até o extremo santo graal da beatlemania que é a experimental “Carnival of Light”, faixa de quinze minutos encomendada como trilha sonora para uma exposição londrina no auge da psicodelia (e do uso de psicodélicos) pelos quatro ingleses, que nunca viu a luz do dia talvez por parecer apenas o que poucos que a ouviram descreveram: quatro moleques de LSD fazendo barulho no estúdio. Não que isso seja necessariamente ruim…
O fato é que ao colocar o 4 na contagem deste novo Anthology, o grupo volta ao início de seu projeto de relançamentos, algo que nunca havia saído do papel nos anos 70 por desinteresse de John Lennon e George Harrison e que começou a ganhar corpo, ainda nos anos 80, justamente com o título de trabalho que também era uma contagem: 1 2 3 4. O projeto só começou a existir de fato em 1989, quando foi rebatizado com o título atual.
Além do material fonográfico, há também a confirmaçao da reedição do livro que acompanhava a coletânea, que foi anunciado no primeiro semestre e aparentemente não traz nenhuma novidade em relação à primeira edição, o que é um vacilo dada quantidade de informação sobre o grupo que aconteceu nos últimos 30 anos, incluindo a morte de George Harrison. E a especulação inevitavelmente cai sobre o seriado, que contava em episódios a história da banda, com entrevistas com todos ligados ao grupo e cenas raras e desconhecidas do público até então. A série foi lançada como um box de VHS e depois de DVD, mas nunca esteve em nenhum serviço de streaming – e não é de se estranhar caso apareça no mesmo Disney+ que serviu de casa para a minissérie Get Bacl e para o documentário Beatles ‘64, lançado no ano passado.
Mas saberemos mais sobre isso tudo em poucos dias. Talvez em poucas horas…
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