A cada dez programas, eu e André Graciotti comentamos os seus comentários nos Cines Ensaios anteriores, o que nos abre questões sobre a série House, o fim de WandaVision, Kelly Reitchard, Possessor Uncut, O Dilema das Redes, Estúdio Ghibli, o canal de streaming Mubi, Truffaut, o documentário da Bárbara Paz, Tennessee Williams x Edward Albee e vários outros assuntos sugeridos por vocês.
Em fevereiro de 1964, quatro lideranças negras em ascensão se reúnem em um quarto de hotel nos EUA num encontro que mudará o rumo da luta racial no resto do planeta. O magnífico Uma Noite em Miami, a estreia na direção da atriz Regina King, traça como os caminhos de Cassius Clay, Sam Cooke, Jim Brown e Malcolm X se cruzaram naquela noite, produzindo um filme irrepreensível, que se desvia de clichês e obviedades sobre o tema com graça e força.
O cinema de ação é tão antigo quanto a história do cinema e sua natureza dinâmica confunde-se com a própria ideia da sétima arte, mas neste Cine Ensaio eu e André Graciotti nos debruçamos sobre um controverso autor que mudou a história do gênero com apenas três filmes. Com Predador, Duro de Matar e O Último Grande Herói, John McTiermann desmontou o clichê dos heróis musculosos dos anos 80 para trazer a ação para a vida real.
Um encontro casual que pode mudar vidas. A lembrança de uma paixão intensa que ressurge de forma inesperada. Uma vida a dois que pode matar um romance. Eu e André Graciotti dedicamos mais uma edição do Cine Ensaio a um novo clássico – na verdade, três: a trilogia Antes, do diretor norte-americano Richard Linklater, estrelada por Ethan Hawke e Julie Delpy. Antes do Amanhecer, Antes do Por do Sol e Antes da Meia-Noite. Acompanhamos 27 anos na vida do casal Jesse e Celine, encontros e desencontros que nos fazem refletir sobre o amor, a vida e a vida a dois.
Matrix 4 está vindo aí e funcionou como gancho para que eu e André Graciotti voltássemos no tempo na edição desta semana do Cine Ensaio para rever como o filme dos irmãos – hoje irmãs – Wachowski parece mais importante hoje do que quando foi lançado há vinte anos. Na época, imaginávamos que iríamos entrar em um ambiente cibernético a partir de conexões neurológicas, mas o que vimos foi este mundo digital invadindo o que nos referimos como realidade, misturando conceitos e nos fazendo pensar ainda mais no tal deserto do real.
Começamos o ano sem saber como a indústria cinematográfica vai resistir a mais doze meses sem salas de cinemas abertas, acirrando a competição com o streaming, que deve nos obrigar a repensar a cadeia – e a natureza – do cinema a partir de agora. Eu e André Graciotti aproveitamos também para recapitular alguns filmes de 2020 que não havíamos comentados por aqui ainda e fazemos nossas apostas sobre os filmes mais esperados para este novo ano.
Imagine um ano em que nenhum filme blockbuster é lançado. Assim foi 2020 que, tirando o insistente Tenet de Christopher Nolan, nenhum outro grande filme comercial foi lançado, uma vez que os grandes filmes – e séries – fugiram da pompa industrial característica dos primeiros vinte anos da indústria cinematográfica neste século. E como eu mal conseguir ver filmes deste ano, muito menos fazer uma lista, deixei essa tarefa na mão do André Graciotti – e dissecamos esse estranho e frutífero ano para a sétima arte.
Eis a lista:
11 – Papicha
10 – First Cow
9 – Never Rarely Sometimes Always
8 – A Assistente
7 – Swallow
6 – Little Women
5 – O Homem Invisível
4 – Sound of Metal
3 – His House
2 – O Farol
1 – Retrato de Uma Jovem em Chamas
Uma nova fase de ouro do cinema de horror fez surgir uma percepção que só recentemente a produção destes filmes sempre usa o sobrenatural, o medo e a tensão como forma de fazer referências sócio-políticas à realidade que habitamos – e a isso deram o rótulo de “pós-horror”. Mas eu e André Graciotti discordamos deste rótulo e nesta edição do Cine Ensaio falamos sobre como o horror sempre fez isso desde o início do cinema e tentamos decifrar o que realmente há de novo nesta nova safra de filmes, puxando, como gancho, o ótimo O Que Ficou Para Trás, que estreou no Netflix no final do ano.
Por que finais de filmes e séries são tão difíceis de agradar o público? Por que nos agarramos tanto a personagens e sagas a ponto de nos incomodar com qualquer tipo de final que nos é apresentado? Por que encerramento de obras, quando contraria nossas expectativas, parece matar o legado de obras inteiras? Em mais este episódio do Cine Ensaio eu e André Graciotti discutimos o impacto que fins de filmes e séries têm em diferentes obras e tentamos explicar porque isso é uma questão tão delicada para espectadores em geral.
Maior conglomerado de entretenimento do mundo, a Disney também detém algumas das maiores propriedades intelectuais que conhecemos. Dona da Marvel, da Pixar e da Lucasfilm – além de todo o catálogo próprio que seu fundador Walt Disney forjou nos primeiros anos -, a empresa está lançando seu serviço de streaming, o Disney+, o que é mais um passo rumo à sua dominação do mercado do showbusiness. Mas essa história não aconteceu de uma hora pra outra e eu e André Graciotti aproveitamos esta edição do Cine Ensaio para dissecar um século sob a marca do rato.