Aê Bruno, aquela música – é o Ace of Base do futuro! Ana que me mandou essa.
Porque garotas só querem uma coisa (não dá pra embedar o vídeo, tem que ver no YouTube). Dica da Ana.
Gosto da carinha que ele faz depois que grita. Do blog da Ana lá no Link.
Quando eu entrevistei alguns fãs de Lost para a edição do Link sobre a série, houve um ponto em comum nos depoimentos. Todos eles disseram nunca nenhuma outra série foi capaz de fazer o que Lost fez. Deve ser por isso que quando você começa a falar de Lost nas rodinhas colam os tipos mais variados pra oferecer os palpites e as teorias.
Lost teve todas essas coisas que mudaram a maneira como a gente assiste TV, mudaram a maneira como o espectador interage com uma série. Mas acho que a maior conquista (há os que considerem desgraça) de Lost foi nerdificar gente que em outros tempos jamais se imaginaria assistindo uma série de ficção científica, discutindo bolsões de eletromagnetismo e Efeito Casimir. Dá até pra dizer que Lost foi um dos responsáveis por tornar o nerd cool, também, essa transição magnífica que aconteceu depois da interwebs.
Outro motivo de identificação: as “coincidências” em Lost, que devem ser das coisas mais inteligentes que alguém resolveu enfiar no roteiro de um seriado. A maneira como as pessoas se conectam, sempre sob o famoso more ‘Everything happens for a reason’, atrai as pessoas porque, no fundo, todo mundo gostaria de saber que suas coincidências não foram coincidências, que existe um motivo por trás delas.
Lost não vai ter uma explicação científica no final. É que a série é sobre fé e ciência, mesmo. Eu não tô falando só dos dramas do Locke e do Jack: a Dharma é a ciência, a Ilha é a fé. É a história do homem avançando a ciência até um ponto em que a religião e o misticismo se fundam com a tecnologia. É uma cerca sônica que pode manter afastado um monstro de fumaça claramente místico, cientificamente inexplicável. A luz deve ser protegida para impedir o homem de avançar a ciência até a fé.
É impossível agradar todo mundo com um final baseado nessa premissa – eu mesma não sei se vou gostar (provavelmente, a essa altura). Mas acho que a ideia de um roteiro baseado nisso é fazer as pessoas pensarem na possibilidade de que tudo seja uma coisa só, ciência e religião. Aliás, você já pensou nisso?
* Tenho maior orgulho de trabalhar com a Ana. Serião. Ela é o máximo.
Dica da Ana.
E não dá pra falar em música brasileira atual sem citar o Emicida. Leandro Roque de Oliveira já não é novidade faz tempo, mas só consegui ver um show do cara no mês passado, dentro da noite que o Rômulo e as meninas da Alavanca tão fazendo ali no CB, nas quintas-feiras. Venho acompanhando a ascensão do cara há um tempinho (até já tinha pautado a Ana para fazer um Vida Digital com ele) e é interessante perceber como ele é a síntese da mudança de ares que aconteceu na década passada com o hip hop brasileiro, ao mesmo tempo em que também é um reflexo do que também aconteceu com a MPB.
No lugar da marra e da cara de mau dos Racionais MCs e seus contemporâneos gangsta, surge um rapper quase sambista, quase malandro, quase manhoso, cantando sobre pobreza, miséria e violência sem separá-las da rotina, da felicidade e da família. Sem o pesar arrastado de beats de funk, ele prefere ancorar-se no samba e resume uma evolução que aconteceu no rap nacional. E mais especificamente no que diz respeito ao MC – e é possível ouvir enfileirados na voz de Leandro nomes tão diferentes quanto Sabotage, Marcelo D2, De Leve, Max B.O., Kamau, Marechal, Rappin’ Hood e todos aqueles que orbitaram entre o Instituto e o Quinto Andar, a Trama e o festival Indie Hip Hop, entre mixtapes e MP3s.
Ao mesmo tempo é estúpido mantê-lo apenas sob o rótulo do hip hop. Suas referências não são tão universais quanto as de seus compadres do microfone e das picapes – ele prefere samplear referências brasileiras e citar Cartola, enchentes em São Paulo e a novela das oito em vez de repetir a mesma ladainha de gangues e guerra urbana do rap do século passado. Como aconteceu antes com Sabotage, ele regula o equilíbrio entre o sambista, o rapper e o cronista com exatidão, assumindo o papel de trovador que nenhum outro cantor ou músico brasileiro atual – presos demais às egotrips, a conceitos abstratos e à correria para pagar as contas para assumir esse papel – se dispõe.
E ele também é bom de conversa: rendeu um ótimo papo com o PAS, uma boa matéria sobre samba com o Werneck e uma boa entrevista feita pela Stefanie, além do perfil feito pela Ana pro Link. Sai clicando e vai lendo – se você não o conhece ainda, está passando da hora.
Big Julgamento Brasiu, de Cris Dias
A ópera-sabão dos Nardoni é só a continuação em escala macro do novelismo brasileiro, uma das facetas mais tediosas e deprimentes do país, que faz milhões estacionarem no Big Brother ou na Caras e torcer para anônimos ou famosos se darem mal. Faço minhas (quase todas) as palavras da Ana:
VÃO ARRUMAR ALGO PRA FAZER. PELO AMOR DE DEUS. Vão trabalhar, vão ler pra ver se entra algo nesses espaços ocos que vocês chamam de cabeça, vão cuidar dos filhos de vocês para que eles não caiam da janela, vão cozinhar,
vão votar no BBB. Vocês são a CABEÇA VAZIA do CORPO que é a SOCIEDADE
Eu até entendo que ela quer dizer que votar no BBB é melhor do que participar desse circo (e é), mas não custa olhar um pouco mais de longe e perceber que, no fundo no fundo, dá no mesmo.
Mas a parte de cuidar dos próprios filhos eu fiz questão de negritar. Eis uma preocupação que, graças à rotina, parece apenas uma amolação. Toda a merda dos Nardoni não aconteceu por outro motivo.
Você já deve ter visto esse vídeo:
Ele foi tema da palestra do OK Go no SXSW, que conseguiu que a plateia o homenageasse.
Vi lá no LOL.
Que dó. A menina se esforça tanto que perde o fôlego. Aos 2:03, ela não aguenta e peida. Do blog da Ana.