A carioca Ana Frango Elétrico, autora de um dos grandes discos do ano passado, Mormaço Queima, está prestes a lançar seu segundo álbum, Little Electric Chicken Heart (que ela chama pela sigla, LECH), nesta quinta-feira. O novo álbum é mais lapidado e arredondado que o seu pontiagudo e estridente disco de estreia, como dá para perceber a partir do primeiro single, “Tem Certeza?”, lançado na semana passada.
“É uma extensão do Mormaço, mas mais consciente dos sujeitos de fala e da narrativa sonora”, ela me explica na entrevista abaixo, “o Mormaço é o disco de uma anticantora e o Little Electric traz um pouco de mim como cantora e intérprete”. Ela mostra a capa do disco (acima) e o nome das músicas (abaixo) em primeira mão para o Trabalho Sujo e aproveitei para bater um papo sobre esta nova fase de sua carreira.
“Saudade”
“Promessas e Previsões”
“Se No Cinema”
“Tem Certeza?”
“Chocolate”
“Vinheta”
“Torturadores”
“Devia Ter Ficado Menos”
“Caspa”
“Que roupa é essa, menino?”
Sérgio Ricardo – “Bichos da Noite”
Spandau Ballet – “True”
Gal Costa – “Não Identificado”
David Bowie – “Life on Mars”
Gilberto Gil – “Futurível”
Tim Maia – “Sentimental”
Massive Attack – “Blue Lines”
Racionais MCs – “Capítulo 4, Versículo 3”
Beastie Boys – “Root Down”
Yo La Tengo – “Moby Octopad”
Warpaint – “Heads Up”
Cure – “Lovesong”
Cidadão Instigado – “Como as Luzes”
Gabriel Muzak – “Estética Terceiro Mundo”
Ana Frango Elétrico – “Tem Certeza?”
Siba – “Caracará de Gaiola”
Ana Frango Elétrico carioca, Sophia Chablau paulistana, as duas cantoras e compositoras indie se encontram na penúltima noite do Centro do Rock 2019 acompanhadas de Uma Enorme Perda de Tempo neste sábado, no CCSP, a partir das 19h (mais informações aqui).
Mais um julho, mais um mês com a programação dedicada ao rock numa tradição do Centro Cultural São Paulo que remonta ao século passado. Reinventada como Centro do Rock desde que assumi esta curadoria de música, o foco desta programação agora são bandas deste século, que já circulam bem pelo underground e pelo circuito independente reinventando um gênero que já foi contestador e subversivo e que luta para não se tornar datado. Bandas de todo o Brasil e que vem de diferentes desdobramentos do formato baixo, guitarra e bateria – do hardcore à psicodelia, passando pelo rock progressivo, noise, metal, gótico, surf, indie rock e outros desdobramentos, sempre com duas atrações por dia. A programação do Centro do Rock 2019 começa na próxima quinta-feira, dia 11 e vai até o último domingo do mês, dia 28 (mais informações aqui). Confira as atrações:
11/7 – Glue Trip + Ema Stoned
13/7 – The Mönic + Violet Soda
14/7 – Der Baum + Scarlet Leaves
18/7 – Camarones Orquestra Guitarrística + Huey
20/7 – Jadsa + Gumes
21/7 – Monstro Amigo + Applegate
25/7 – Polara + O Inimigo
27/7 – Ana Frango Elétrico + Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo
28/7 – Menores Atos + Brvnks
É um imenso prazer receber no Centro da Terra, nesta terça-feira, a autora de um dos discos mais instigantes do ano passado, o ótimo Mormaço Queima. A cantora, compositora e poeta carioca Ana Frango Elétrico apresenta-se uma única vez seu espetáculo Escoliose Experimento, a partir das 20h (mais informações aqui). “Escoliose Experimento é um improviso em cima de poemas meus – uns viraram letra, outros eu reúno em uma compilação que eu denomino Escoliose:Paralelismo Miúdo que nada mais é que um nome pra um certo raciocínio poético, de céu/chão acontecimentos relacionados com cheiros cores & circunstâncias”, ela me explica, “um exemplo numa canção: {trecho de roxo: se de noite cada vez que liga a luz é um novo dia pro seu peixe}”.
“Minha relação sinestésica com a música se dá pelo processo de comunicação, de lugares que eu quero chegar com o som que se dão na minha cabeça como cores, sensações etc. No caso desse show a música entra como condução de sensação improvisada onde o dispositivo são as poesias e palavras, onde se tem bastante cor cheiros e acontecimentos”, ela continua. No palco, ela recebe Vovô Bebê, Theo Ceccato, Xad, Let e Juliana Perdigão e explica a formação. “Juntei uma configuração de músicos de áreas completamentes diferentes. E cada um eu conheci de uma maneira diferente, quis justamente propor um encontro de universos inusitados pra interpretarmos juntos sem muitos lugares para nos apoiarmos de vícios de conjunto ensaiado.” Ela já fez esta apresentação com a Juliana Perdigão e uma formação mais tradicional, mas “dessa vez quis desvincular ainda mais do meu trabalhado de canção e abrir mais espaço para a música com trilha”, explica.
O show conversa tanto com seu disco mais recente quanto seu próprio trabalho, embora seja algo bem mais experimental do que formal. “O ponto de conversa é a poesia, que aliás já vem no título do álbum – Mormaço Queima é o sol que você não vê por trás da nuvem que vai dar na pele e vira ditado. Esses trajetos invisíveis e cinematográficos, se dão em partes das minhas canções”, continua. “E ele continua conversando com algumas canções do próximo álbum que também vieram antes no papel. Mas os dispositivo tem mais a ver com o Mormaço Queima. No sentido de dinâmicas mais soltas e pictóricas.”
A quarta edição do festival pernambucano Guaiamum Treloso Rural, que acontece no dia 9 de fevereiro do ano que vem, em Camaragibe (na região metropolitana do Recife) fechou sua escalação ao anunciar as presenças do rapper carioca BK (foto), da psicodelia capixaba do My Magical Glowing Lens, da novidade potiguar Luisa e Os Alquimistas e o músico pernambucano Escurinho, que se juntam aos artistas Cordel do Fogo Encantado, Jaloo, Carne Doce, MC Carol, Ana Frango Elétrico e Marrakesh – um bom apanhado na cena de midstream brasileira, já começando o ano temperando bem para todos os lados. O festival acontece na Fazenda Bem-Te-Vi e os ingressos já estão à venda (mais informações no site do festival).
A dupla carioca Marcelo Callado e Ana Frango Elétrico ataca na Sala Adoniran Barbosa em shows separados neste sábado, a partir das 19h (mais informações aqui).